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Uruará, Pará, Brazil
Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

domingo, 30 de maio de 2010

SANTISSIMA TRINDADE: PAI E FILHO E ESPIRITO SANTO

A Trindade é o termo empregado para significar a doutrina central da religião Cristã: a verdade que na unidade do Altíssimo, há Três Pessoas, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo, estas Três Pessoas sendo verdadeiramente distintas uma da outra.
A VOZ DO PAPA
Cidade do Vaticano, 30 mai (RV)
Neste domingo celebramos o mistério da nossa fé, que nos distingue de todas as expressões de fé não cristãs do mundo. Quando afirmamos o mistério da Santíssima Trindade, tratamos da nossa própria identidade. Em nenhuma outra religião, Deus é entendido como Pai, Filho e Espírito Santo. É bem verdade, que todos os que vivem suas religiões expressam fé, devoção, amor e desejo de conversão do mundo, mas não a partir da revelação em Jesus Cristo, que é a revelação absoluta de Deus, e é Cabeça da fé revelada por vontade do Pai no Espírito Santo. Esta é a fé da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, a qual professamos no mundo e para salvação de todos.
As leituras de hoje nos colocam no contexto histórico da revelação trinitária de Deus. A primeira leitura diz-nos que Deus criou a sabedoria e, na presença dela, também criou o universo. A sabedoria era o seu encanto, era amável e sublime; diante dele, ela brincava e se deleitava e, ainda, manifestava seu desejo de permanecer junto aos filhos dos homens, participando de sua história. O texto quer nos dizer que Deus criou todas as coisas por meio de sua sabedoria e que tudo tem uma finalidade, um sentido e uma ordem.

                                       OLHANDO PARA O MUNDO
Diante dessa realidade, olhando para o mundo, percebemos uma tremenda diferença com relação ao plano de Deus. O mundo se encontra dividido, sem horizonte, envolvido em guerras e atrocidades. O mundo está banhado de soberba e individualismo; não valoriza mais o ser humano como tal, mas o interpreta como coisa e, portanto, algo descartável. Estamos numa época tremendamente relativista! O hedonismo e o consumismo dominam muitos homens e mulheres.
O resultado de tudo isso é percebido na sombra de morte que cobre a humanidade, na dor estampada nas lágrimas de tantos, nos desequilíbrios naturais e pessoais.

O mundo parece não entender a sabedoria de Deus, a única que pode tornar o homem conhecedor de sua própria realidade última e lançá-lo no horizonte de sua edificação.A sabedoria não faz parte do caos.

Ela nos faz perceber que o mundo é obra de Deus e que, por Ele, tudo pode ser transformado. Daí ser necessário o uso de duas importantes faculdades, que nos possibilitam enxergar a presença de Deus na criação: admiração e contemplação (cf. GS 56-59) e, ao lado delas, cultivarmos o senso religioso. Se bem que essa sabedoria é ainda uma figura, um sinal do Verbo feito carne, único capaz de nos conceder a plenitude de vida. É o Verbo feito carne a única condição de salvação para o homem; a Sabedoria do Pai por excelência.
O Catecismo da Igreja Católica, nos parágrafos de 456-460, diz-nos que a Palavra de Deus se fez carne "por causa de nós homens e para nossa salvação; para nos fazer conhecer o seu amor infinito; para ser nosso modelo de santidade; e para nos tornar 'participantes da natureza divina' (2Pd 1,4)". Assim, por meio do seu Filho feito carne, o Pai nos justifica, nos liberta, nos restaura e nos redime. A ação de Deus a nosso favor e para o bem de todo o cosmo se completa com o envio do Espírito Santo, que é Espírito do Pai e do Filho; Ele é "Senhor que dá vida; e procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, Ele que falou pelos profetas" (Credo Niceno-Constantinopolitano).

No Evangelho (Jô 16,12-15):
o Espírito Santo é aquele que vem do Pai e do Filho como verdadeiro intérprete dos ensinamentos de Jesus Cristo. Certamente não ensinará outra verdade, não vem com outra revelação. É sabido que somente Jesus Cristo é a Verdade (cf. Jô 14,6) e a revelação única do Pai (cf. Jô 14,6; At 4,12; Gl 4,4). A missão do Espírito não é outra senão iluminar os discípulos de Jesus Cristo na compreensão da fé, do amor e da verdade; edificá-los, animá-los e santificá-los. É o Espírito de Jesus Cristo que gera a unidade do Corpo Místico, que é a Igreja; que age em cada sacramento, configurando cada fiel a Cristo; que nos faz conquistar a semelhança com Deus, perdida com o pecado; e que lança a Igreja na novidade da história, a fim de que ela brilhe como instrumento de salvação. O Espírito Santo nos ajuda a entender a nossa vida na terra à semelhança da realidade de Deus, na comunhão das três Pessoas divinas.

O mistério da Santíssima Trindade é absoluto em nossa fé. Nele encontramos os ensinamentos legítimos para nossa vida na Igreja, na comunidade e na sociedade. Ele é o fundamento da nossa vida espiritual e familiar, vocacional, profissional e dialogal. A realidade de uma única natureza em três pessoas já nos chama a atenção para o fato da unidade e da comunhão.

Ora, se somos o povo do Deus Trindade, não pode agir de outra forma senão como sinais autênticos de unidade, que deve se manifestar na liturgia, na fé que professamos, na comunhão entre si e com os demais cristãos, na busca pela justiça e pela paz e no exercício do amor a todos, sem acepção de pessoas, raças ou nações, pois todos, mesmo que alguns desconheçam, pertencemos ao mesmo Criador.
Nós cristãos, batizados em nome da Trindade (cf. MT 28,19), somos os verdadeiros responsáveis, no Espírito Santo, a manifestar ao mundo o amor de Deus e a beleza da salvação por meio de Jesus Cristo Nosso Senhor.
Glória ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo / Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Amém.

A doutrina trinitária professa que o conceito da existência de um só Deus, onipotente, onisciente e onipresente, revelado em três pessoas distintas, pode-se depreender de muitos trechos da Bíblia.

 Um dos exemplos mais referidos é o relato sobre o batismo de Jesus, em que as chamadas "três pessoas da Trindade" se fazem presentes, com a descida do Espírito Santo sobre Jesus, sob a forma de uma pomba, e com a voz do Pai Celeste dizendo:
"Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazoe na fórmula tardia de Mateus: «Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo».
O termo "Trindade" não se encontra na Bíblia, pois é o nome dado pela igreja cristã à Doutrina que define a personalidade de Deus na Bíblia, onde Deus é: o Pai, e o Filho e o Espírito Santo. Por isso, aqueles que professam este dogma se referirem a Deus como Uno e Trino.
"Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo."

                                  CATECISMO DA IGREJA
232 Os cristãos são batizados "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). Antes disso eles respondem "Creio" à tríplice pergunta que os manda confessar sua fé no Pai, no Filho e no Espírito: "Fides omnium christianorum in Trinitate consistit" ("A fé de todos os cristãos consiste na Trindade") (S. Cesáreo de Arlés, symb.).
233 Os cristãos são batizados "em nome" do Pai e do Filho e do Espírito Santo e não "nos nomes" destes três (cf. Profissão de fé do Papa Vigilio em 552: DS 415), pois só existe um Deus, o Pai todo-poderoso, seu Filho único e o Espírito Santo: a Santíssima Trindade.

234 O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo, é, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na "hierarquia das verdades de fé" (DCG 43). "Toda a história da salvação não é senão a história da via e dos meios pelos quais Deus verdadeiro e único, Pai, Filho e Espírito Santo, se revela, reconcilia, consigo e une a si os homens que se afastam do pecado" (DCG 47).
O Pai revelado pelo Filho
238 A invocação de Deus como "Pai" é conhecida em muitas religiões. A divindade é muitas vezes considerada como "pai dos deuses e dos homens". Em Israel, Deus é chamado de Pai enquanto Criador do mundo (Cf. Dt 32,6; Ml 2,10). Deu é Pai, mais ainda, em razão da Aliança e do dom da Lei a Israel, seu "filho primogênito" (Ex 4,22). É também chamado de Pai do rei de Israel (cf. 2 S 7,14). Muito particularmente ele é "o Pai dos pobres", do órfão e da viúva, que estão sob sua proteção de amor (cf. Sal 68,6).
239 o designar a Deus com o nome de “Pai", a linguagem da fé indica principalmente dois aspectos: que Deus é origem primeira de tudo e autoridade transcendente, e que ao mesmo tempo é bondade e solicitude de amor para todos os seus filhos. Esta ternura paterna de Deus pode também ser expressa pela imagem da maternidade (cf. Is 66,13; Sl 131,2) que indica mais a imanência de Deus, a intimidade entre Deus e a sua criatura. A linguagem da fé inspira-se assim na experiência humana dos pais (genitores), que são de certo modo os primeiros representantes de Deus para o homem. Mas esta experiência humana ensina também que os pais humanos são falíveis e que podem desfigurar o rosto da paternidade e da maternidade. Convém então lembrar que Deus transcende a distinção humana dos sexos. Ele não é nem homem nem mulher, é Deus. Transcende também à paternidade e à maternidade humanas (cf. Sl 27,10), embora seja a sua origem e a medida (cf. Ef 3,14; Is 49,15): Ninguém é pai como Deus o é.
240 Jesus revelou que Deus é "Pai" num sentido inaudito: não o é somente enquanto Criador, mas é eternamente Pai em relação a seu Filho único, que reciprocamente só é Filho em relação a seu pai “Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11,27).
(241) - É por isso que os apóstolos confessam Jesus como "o Verbo” que no início estava junto de Deus “(e que “é Deus” (Jo 1,1), como “a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15), como “o resplendor de sua glória e a expressão do seu ser” Hb 1,3).
O Pai e o Filho revelados pelo Espírito
(243) - Antes da sua Páscoa, Jesus anuncia o envio de "outro Paráclito" (Defensor), o Espírito Santo. Em ação desde a criação (cf. Gn 1,2), depois de ter outrora "falado pelos profetas" (Credo de Nicéia-Constantinopla), ele estará agora junto dos discípulos e neles (cf. Jo 14,17), a fim de ensiná-los (cf. Jo 14,16) e conduzi-los “à verdade inteira” (Jo 16,13). O Espírito Santo é revelado assim como uma outra pessoa divina em relação a Jesus e ao Pai.
244 A origem eterna do Espírito revela-se na sua missão temporal. O Espírito Santo é enviado aos Apóstolos e à Igreja tanto pelo Pai em nome do Filho, como pelo Filho em pessoa, depois que este tiver voltado para junto do Pai (cf. Jo 14,26; 15,26; 16,14). O envio da pessoa do Espírito após a glorificação de Jesus (cf. Jo 7,39), revela em plenitude o mistério da Santíssima Trindade.
"O conto de Santo Agostinho"
Conta-se que certa feita Santo Agostinho estava a meditar na beira da praia sobre o Mistério da Santíssima Trindade, pois queria entender como Deus é Uno e Trino; mais que de repente ele encontra uma criança a brincar nessa mesma praia.
A criança corria com uma conchinha na mão e tirava a água do imenso mar e punha num buraquinho que havia feito na areia da praia; observando a criança fazer aquele trajeto várias vezes, curioso, pergunto-lhe o que estava a fazer, ao que a criança respondeu: quero por toda a água do mar neste buraquinho na areia. Admirado Santo Agostinho disse-lhe: menino, não vês que jamais conseguirás o teu intento?
Ao que obteve como resposta: sei que não conseguirei; tampouco o senhor conseguirá entender o Mistério da Santíssima Trindade; dito isto, mas que de repente sumiu aos seus olhos, ao que o santo entendeu que Deus lhe enviara um anjo para lhe revelar esse entendimento sobre o mais fundamental mistério da fé cristã.
O AMOR TRINITÁRIO
O Pai que se dá ao Filho, o Filho que se dá ao Pai. /O amor do Pai, do Filho é o Espírito de Paz. / Mistério da Trindade é Deus que nos amou.

/ Nos deu o próprio Filho e no Espírito nos selou. / Adotados como filhos no seu Filho que é Jesus. / Pra vivermos pelo Espírito como dons de sua luz. / Mistério é Mistério, nos é revelação. / Mistério, vida eterna, Jesus é a Salvação. / Veio a noite, veio o dia o Pai, do Cristo se valeu. / Revelando o seu plano em seu amor nos envolveu. / Mistério revelado, Deus em nós e nós em Deus. / Pra ser povo abençoado, nova vida Ele nos deu. / Vede à hora, vede o tempo, vede o mundo em seu viver. / Tem a morte no pecado todo que em Deus não crer. / Mistério desta vida tem na morte o seu valor. / Morre o rico, morre o pobre, ai do morto sem amor. / Sem fé, sem Deus, sem Mistério.

Pe. Jeová de Jesus Morais.
Pároco de Uruará.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

NOSSA SENHORA, MARIA A MÃE DE JESUS.

         PAROQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA DE URUAEÁ-PA. PRELAZIA DO XIGU
Vida de Maria a mãe de Jesus.
                                        Apresentação da Virgem Maria no templo, por Alfonso Boschi, Sec. XVII
Segundo a tradição estima-se que a Virgem Maria teria nascido a 8 de setembro, num sábado, data em que a Igreja festeja a sua Natividade. Também é da tradição pertencer à descendência de Davi - neste sentido existem relatos de Inácio de Antioquia, Santo Irineu, São Justino e de Tertuliano - consta ainda dos "apócrifos” Evangelho do nascimento de Maria e do Protoevangelion e é também de uma antiga tradição que remonta ao século II que seu pai seria São Joaquim, descendente de Davi, e sua mãe seria Santa Ana, da descendência do Sacerdote Aarão.
De acordo com o costume judaico aos três anos, Maria teria sido apresentada no Templo de Jerusalém, é também da tradição que ali teria permanecido até os doze anos no serviço do Senhor, quando então teria morrido seu pai, São Joaquim. Com a morte do pai teria se mudado para Nazaré, onde São José morava. Avisitação a Santa Isabel, Domenico Ghirlandaio, 1491, Museu do Louvre, Paris.
Nos Evangelhos
Os Evangelhos dizem-nos que era uma jovem donzela virgem, quando concebeu Jesus, o Filho de Deus. Era uma mulher verdadeiramente devota e corajosa. O Evangelho de João menciona que antes de Jesus morrer, Maria foi confiada aos cuidados do apóstolo João e a Igreja Católica viu aí que nele estava representada toda a humanidade.
                                                                         Ícone bizantino de Maria.
Confira algumas citações: «A virgem engravidará e dará à luz um filho... Mas José não teve relações com ela.... “E ele lhe pôs o nome de Jesus.» (Mateus 1,23-25), "Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. ... “Será chamado Filho do Altíssimo.” Maria pergunta ao anjo Gabriel: "Como acontecerá isso, se sou virgem [literalmente: se não conheço homem]?" O anjo respondeu: «O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer será chamado santo, Filho de Deus.» (Lucas 1:26-35)
As oito palavras dirigidas a Maria:
1. A saudação do anjo: Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo. (Lc.1,28).
2. O anúncio da Encarnação: Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho a quem porás o nome de Jesus. (Lc. 1,30-33).
3. Por obra e graça do Espírito Santo: O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o que nascer será chamado Santo, Filho de Deus. (Lc. 1,35-37).  4. Simeão Lhe fala da espada que trespassará o coração: ...e uma espada trespassará a tua própria alma a fim de que se descubram os pensamentos de muitos corações. (Lc. 2,34).
5. Isabel ao responder à sua saudação: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! (Lc.1, 42-45).
6. Jesus entre os doutores no templo: Por que me buscáveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai? (Lc. 2,49)
7. A festa de Caná: Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. . (Jo.2,4)
8. Ao pé da cruz: Jesus, vendo a sua Mãe e, junto dela, o discípulo que amava, disse à sua Mãe: "Mulher, eis aí o teu filho." Depois disse ao discípulo: "Eis aí a tua Mãe." E daquela hora em diante o discípulo a levou para sua casa. (Jo. 19,26-27).

     NOSSA SENHORA APARECIDA.
A Pescaria Milagrosa.

A de história Nosa Senhora Aparecida tem começo em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto-MG).

Querendo agradar o visitante ilustre com o melhor pescado que conseguissem os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio Paraíba do Sul.

Depois de muitas tentativas sem pecar nada e descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e pescou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram a imagem em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram com fartura para os três pescadores.
Início da Devoção.
Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar.A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que faziam suas preces diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa
  Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças.  A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo se mostrou pequeno. 
NOSSA SENHORA DE IMACULADA  CONCEIÇÃO.
A Imaculada Conceição é segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha ("mácula") do pecado original. O dogma diz que, desde a sua concepção, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.
A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal, em 1476 pelo Papa Sisto IV.
A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854.

 O dogma é apoiado pela Bíblia ( Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.

                        NOSSA SENHORA DE NAZARÉ.
A imagem da Virgem teve origem em Nazaré, na Galiléia, e representa a Virgem Maria sentada, de cor escura, tendo no seu colo o Menino Jesus, o qual amamenta. A estátua, entalhada em madeira e identificada como original dos primeiros séculos do Cristianismo, percorreu a cristandade desde Nazaré (Israel) até surgir em Nazaré (Portugal) quando, no século XII, se tornou símbolo de fé do cavaleiro D. Fuas Roupinho, o qual mandou erigir a Capela da Memória em agradecimento à Virgem (1182), após milagrosamente ter se salvo de um acidente fatal quando, montado a cavalo, perseguia um cervo, num episódio conhecido por Lenda da Nazaré.
 Em 1377 o rei D. Fernando (1367-1383) fundou um templo maior, o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, no Sítio da Nazaré. Desde então, a 8 de Setembro, anualmente, os portugueses se reúnem para reverenciar Nossa Senhora da Nazaré.
                        No Brasial
 A introdução da devoção à Nossa Senhora de Nazaré, no Pará, foi feita pelos padres jesuítas, no século XVII. Embora a devoção a Nossa Senhora de Nazaré tenha começado no povoado de Vigia, a tradição mais conhecida relata que, em 1700, Plácido, um caboclo descendente de portugueses, andava pelas adjacências do igarapé Murutucu (área correspondente, hoje, aos fundos da Basílica) quando encontrou uma pequena imagem de Nossa Senhora da Nazaré.
 Essa imagem, réplica de outra que se encontra em Portugal, entalhada em madeira com aproximadamente 28 cm de altura, encontrava-se entre pedras lodosas e bastante deteriorada pelo tempo e pelos elementos.
Plácido levou a imagem consigo para casa, onde tendo-a limpado, improvisou um altar. De acordo com a tradição local, a imagem voltou inexplicavelmente ao lugar de origem por diversas vezes. Interpretando a ocorrência como um sinal divino, o caboclo decidiu erguer às próprias custas uma pequena capela no local, como sinal de devoção.

 A divulgação do milagre da imagem atraiu a atenção dos habitantes da região, que passaram a acorrer à capela, para render-lhe homenagem. A atenção do então governador da Capitania, Francisco da Silva Coutinho, também foi atraída à época, tendo este determinado a remoção da imagem para a Capela do Palácio da Cidade, em Belém. Não obstante ser mantida sob a guarda do Palácio, a imagem novamente voltou para seu lugar de origem. Desse modo, a devoção adquiriu caráter oficial, erguendo-se, no lugar da capelinha, uma capela maior, onde hoje é a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.

                   NOSSA SENHORA DE GUADALUPE.
Segundo os relatos históricos e a tradição, no dia 09 de dezembro de 1531, pelas seis horas da manhã, quando o índio Juan Diego se dirigia de sua aldeia para a de Tolpetlac para assistir uma função religiosa na missão franciscana de Tratetolco, ao chegar ao monte Tepeyac, às margens do lago Texcoco, viu uma jovem de uns 15 anos, que lhe ordenou ir falar com o Bispo a fim de pedir-lhe que construísse um templo no vale próximo.
No mesmo dia a tarde por volta das 5 horas da tarde, Juan Diego vê novamente a jovem, lhe relata a incredulidade do bispo e pede que escolha outro mensageiro.Porém a jovem insiste em sua missão de ir ter novamente com o bispo e pedir a construção do templo.
No dia seguinte, Domingo 10 de dezembro, 3 horas da tarde, Juan Diego fala novamente com o bispo, que ainda não acredita e pede algum sinal. Pela terceira vez a jovem lhe "aparece" e ordena a Juan Diego que volte ao monte no dia seguinte para receber o sinal pedido pelo bispo.

No dia 11 segunda-feira, Juan Diego, não vai ao monte devido a doença de seu tio Juan Bernardino. Na madrugada do dia 12 de dezembro, terça-feira, devido a gravidade da doença de seu tio, Juan Diego sai de sua aldeia para buscar um sacerdote, e rodeia o monte para não encontrar a virgem. Porém, mesmo assim ela lhe "aparece", fala que seu tio ficará curado, e pede que vá ao monte buscar rosas que seria o sinal. A sua volta, a virgem diz: Estas diferentes flores são a prova, o sinal que levarás ao bispo.
Diga-lhe que veja nelas meu desejo, e com isso, execute minha vontade.
Ao mesmo tempo em que Juan Diego encontra a jovem, ela "aparece" também a seu tio doente, cura instantaneamente suas doenças e revela seu nome: "Sempre Virgem Santa Maria de Guadalupe".

No dia 12 de dezembro, depois da quarta "aparição", Juan Diego leva em seu poncho, como prova, rosas frescas de Toledo(e isto em pleno inverno mexicano). Já na casa do bispo, por volta do meio dia, na hora que abriu o poncho(ayate) onde estavam embrulhadas as flores, estava a imagem: "A Virgem de Tequatlaxopeuh". A mesma que hoje se venera na Basílica de Guadalupe.

                       NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título conferido a Maria, mãe de Jesus, representada em um ícone de estilo bizantino. Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão.
Um ícone célebre é venerado desde 1865 em Roma, na igreja de Santo Afonso, dos redentoristas, na Via Merulana.
A tipologia da Mãe de Deus da Paixão está presente no repertório da pintura bizantina desde, no mínimo, o século XII, apesar de rara. No século XV, esta composição que prefigura a paixão de Jesus, é difundida em um grande número de ícones.
Andreas Ritzos, pintor grego do século XV, realizou as mais belas pinturas neste tema. Por esta razão, muitos lhe atribuem este tipo iconográfico. Na verdade a tipologia é bizantina, e quase acadêmica a execução do rigoroso planejamento das vestes; mas é certamente novo o movimento oposto e assustado do menino, de cujo pé lhe cai a sandália, e ainda a comovente ternura do rosto da mãe.
O ícone é uma variante do tipo hodigítria cuja representação clássica é Maria em posição frontal, num braço ela porta Jesus que abençoa e, com o outro, o aponta para quem, olha para o quadro, aludindo no gesto à frase “é ele o caminho”.  Na representação da Virgem da Paixão, os arcanjos Gabriel e Miguel , na parte superior, de um lado e do outro de Maria, apresentam os instrumentos da paixão. Um dos arcanjos segura a cruz e o outro a lança e a cana com uma esponja na ponta ensopada de vinagre (Jo 19,29).
Ao ver estes instrumentos, o menino se assusta e agarra-se à mãe, enquanto uma sandália lhe cai do pé.
Sobre as figuras no retrato, estão algumas letras gregas. As letras “IC XC” são a abreviatura do nome “Jesus Cristo” e “MP ØY” são a abreviatura de “Mãe de Deus”. As letras que estão abaixo dos arcanjos correspondem à abreviatura de seus nomes.

                             NOSSA SENHORA ADS GRAÇAS.

Em uma tarde de sábado, no dia 27 de novembro de 1830, na capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Santa Catarina Labouré teve uma visão de Nossa Senhora. A Virgem Santíssima estava de pé sobre um globo, segurando com as duas mãos um outro globo menor, sobre o qual aparecia uma cruzinha de ouro. Dos dedos das suas mãos, que de repente encheram-se de anéis com pedras preciosas, partiam raios luminosos em todas as direções e, num gesto de súplica, Nossa Senhora oferecia o globo ao Senhor.
Santa Catarina Labouré relatou assim sua visão: "A Virgem Santíssima baixou para mim os olhos e me disse no íntimo de meu coração: 'Este globo que vês representa o mundo inteiro (...) e cada pessoa em particular. Eis o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que as pedem.' Desapareceu, então, o globo que tinha nas mãos e, como se estas não pudessem já com o peso das graças, inclinaram-se para a terra em atitude amorosa.

Formou-se em volta da Santíssima Virgem um quadro oval, no qual em letras de ouro se liam estas palavras que cercavam a mesma Senhora: Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Ouvi, então, uma voz que me dizia: 'Faça cunhar uma medalha por este modelo; todas as pessoas que a trouxerem receberão grandes graças, sobretudo se a trouxerem no pescoço; as graças serão abundantes, especialmente para aqueles que a usarem com confiança.' "
Então o quadro se virou, e no verso apareceu a letra M, monograma de Maria, com uma cruz em cima, tendo um terço na base; por baixo da letra M estavam os corações de Jesus e sua Mãe Santíssima.
O primeiro cercado por uma coroa de espinhos, e o segundo atravessado por uma espada. Contornando o quadro havia uma coroa de doze estrelas. A aparição se repetiu várias vezes, sobre o sacrário do altar; ali aparecia Nossa Senhora, sempre com as mãos cheias de graças, estendidas para a terra, e a invocação já referida a envolvê-la.

NOSSA SENHORA DA PAZ

Segundo a tradição, no ano de 1682, alguns mercadores encontraram na vila do Mar do Sul salvadorenho uma caixa abandonada; tão bem fechada que não conseguiram abri-la com ferramentas. Certos de que continha algum objeto valioso, levaram-na para a cidade de São Miguel, onde encontrariam recursos para abri-la. Puseram a caixa no lombo de um burro e iniciaram uma longa e perigosa viagem até chegarem à cidade no dia 21 de novembro.

Visando garantir a posse do provável tesouro, dirigiram-se primeiramente às autoridades do lugar para lhes comunicar o achado; ao passarem diante da igreja paroquial, hoje Catedral, o burro deitou-se por terra decidida a não mais se levantar. Sem nenhum esforço conseguiram abrir a caixa que continha uma formosa imagem de Nossa Senhora com o Menino nos braços.
A origem da imagem permanece misteriosa e envolta em lenda. Nunca se pôde descobrir qual seria o destino daquela caixa, nem como chegou ao território salvadorenho.
Conta-se que no momento em que retiravam a imagem ocorria uma violenta luta entre os habitantes da região. Ao terem notícia do milagroso achado, todos depuseram as armas e imediatamente cessaram as hostilidades; também se relata que nas lutas fratricidas de 1883, o lado vitorioso, em vez de promover represálias, como se esperava, fez colocar a abençoada imagem no átrio da paróquia e, aos pés de Maria, jurou solenemente não guardar rancores e extirpar o ódio dos corações para que a paz gerasse fraternidade e reconciliação.
Por isso deram à imagem o título de Nossa Senhora da Paz, cuja festa é celebrada no dia 21 de novembro, para recordar sua chegada a São Miguel.

                          NOSSA SNHORA DO CARMO

Nossa Senhora do Carmo é um título consagrado a Nossa Senhora, também conhecida por Nossa Senhora do Monte Carmelo.
Este título apareceu por propósito de relembrar o convento construído em honra à Virgem Maria, nos primeiros séculos do Cristianismo, no Monte Carmelo, na Samaria.
 
Sua principal característica é carregar consigo o escapulário, que representa estar a serviço do reino de Deus e traz benefícios a quem assume este sinal e esta proposta como seus.

A festa a dEla é comemorada em 16 de Julho.                    









Pe. Jeová de Jesus Morais
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre