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Uruará, Pará, Brazil
Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

quinta-feira, 31 de março de 2011

EU SÓ PEÇO A DEUS.

Eu só peço a Deus que a dor não me seja indiferente. Que a morte não me encontre um dia solitário sem ter feito o qeu queria.  Eu só peço a Deus que a injustiça não me seja indiferente. Pois não posso dar a outra face se já fui machucada brutalmente. Eu só peço a Deus que a guerra não me seja indiferente.
É um monstro grande e pisa forte. Toda fome e inocência dessa gente. Eu só peço a Deus que a mentira não me seja indiferente. Se um só traidor tem mais poder que um povo que este povo não esqueça facilmente. Eu só peço a Deus, que o futuro não me seja indiferente. Sem ter que fugir desenganando. Pra viver uma cultura diferente
Beth Carvalho
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

COURO DE BOI

Conheço um velho ditado que é do tempo do zagais, diz que um pai trata dez filho, dez filho não trata um pai. Sentindo o tempo dos anos sem pode mais trabalhar, o velho pião estradeiro com seu filho foi morar, o rapaz era casado e a muie deu de imprica, ou se manda o veio embora se não quiser que eu vá, o rapaz coração duro, com o velhinho foi falar.
Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir, hoje aqui da minha casa, o senhor tem que sair.
Leve esse coro de boi, que eu acabei de curtir, pra lhe servir de coberta, adonde o senhor dormir.
O pobre veio calado, pegou ocoro e saiu, seu neto de 8 anos, que aquela cena assistiu, correu atras do avo, seu paleto sacudiu, metade daquele coro, chorando ele pediu. O velhinho comovido, pra não ve o neto chorando, partiu o coro no meio e pro netinho foi dando.
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe peguntando, pra que voce quer esse couro, que seu avo ia levando.Disse o menino ao pai, um dia vou me casar, o senhor vai ficar velho e comigo vem morar, pode ser que aconteça, de nois nao se combinar, essa metade de couro, vou da pro senhor levar.
Composição : Tedy Vieira / Palmeira
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelaxia do Xingu

quarta-feira, 30 de março de 2011

CIDADÃO

Tá vendo aquele edifício moço? Ajudei a levantar. Foi um tempo de aflição, eram quatro condução duas prá ir, duas prá voltar hoje depois dele pronto olho prá cima e fico tonto. Mas me vem um cidadão e me diz desconfiado: "Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?" Meu domingo tá perdido vou prá casa entristecido dá vontade de beber. E prá aumentar meu tédio, eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a fazer... Tá vendo aquele colégio moço? Eu também trabalhei lá lá eu quase me arrebento. Fiz a massa, pus cimento. Ajudei a rebocar.
Minha filha inocente vem prá mim toda contente "Pai vou me matricular." Mas me diz um cidadão: "Criança de pé no chão aqui não pode estudar" Essa dor doeu mais forte. Por que é que eu deixei o norte? Eu me pus a me dizer: Lá a seca castigava. Mas o pouco que eu plantava,tinha direito a comer... Tá vendo aquela igreja moço, onde o padre diz amém Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo. Lá eu trabalhei também. Lá foi que valeu a pena. Tem quermesse, tem novena e o padre me deixa entrar. Foi lá que Cristo me disse: "Rapaz deixe de tolice não se deixe amedrontar. Fui eu quem criou a terra enchi o rio, fiz a serra não deixei nada faltar, hoje o homem criou asa e na maioria das casas Eu também não posso entrar."
Zé Ramalho
Composição: Lucio Barbosa.


Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu

terça-feira, 29 de março de 2011

JESUS E A SAMARITANA

  Jesus tinha que atravessar a Samaria, chegou, então, a uma cidade chamada Sicar, perto do campo que Jacó tinha dado ao seu filho José. Aí ficava a fonte de Jacó. Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto à fonte. Era quase meio-dia. Então chegou uma mulher da Samaria para tirar água. Jesus lhe pediu: «Dê-me de beber.» (Os discípulos tinham ido à cidade para comprar mantimentos). A samaritana perguntou: «Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou samaritana?» (De fato, os judeus não se dão bem com os samaritanos).  Jesus respondeu: «Se você conhecesse o dom de Deus, e quem lhe está pedindo de beber, você é que lhe pediria. E ele daria a você água viva.» A mulher disse a Jesus: «Senhor, não tens um balde, e o poço é fundo. De onde vais tirar a água viva?  Certamente não pretendes ser maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu este poço, e do qual ele bebeu junto com seus filhos e animais!»  Jesus respondeu: «Quem bebe desta água vai ter sede de novo.  Mas aquele que beber a água que eu vou dar, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe darei, vai se tornar dentro dele uma fonte de água que jorra para a vida eterna.» A mulher disse a Jesus: «Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise vir aqui para tirar.»
A verdadeira religião sai de dentro do homem. Jesus disse à samaritana: «Vá chamar o seu marido e volte aqui.»  A mulher respondeu: «Eu não tenho marido.» Jesus disse: «Você tem razão ao dizer que não tem marido. De fato, você teve cinco maridos. E o homem que você tem agora, não é seu marido. Nisso você falou a verdade.» A mulher então disse a Jesus: «Senhor, vejo que és profeta! Os nossos pais adoraram a Deus nesta montanha. E vocês judeus dizem que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.»
 Jesus disse: «Mulher, acredite em mim. Está chegando a hora, em que não adorarão o Pai, nem sobre esta montanha nem em Jerusalém. Vocês adoram o que não conhecem, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e verdade. Porque são estes os adoradores que o Pai procura.
Deus é espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade.» A mulher disse a Jesus: «Eu sei que vai chegar um Messias (aquele que se chama Cristo); e quando chegar, ele nos vai mostrar todas as coisas.» Jesus disse: «Esse Messias sou eu, que estou falando com você.»
Os discípulos continuam a missão de Jesus. Nesse momento, os discípulos de Jesus chegaram. E ficaram admirados de ver Jesus falando com uma mulher, mas ninguém perguntou o que ele queria, ou por que ele estava conversando com a mulher. Então a mulher deixou o balde, foi para a cidade e disse para as pessoas: «Venham ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Será que ele não é o Messias?» O pessoal saiu da cidade e foi ao encontro de Jesus. Enquanto isso, os discípulos insistiam com Jesus, dizendo: «Mestre, come alguma coisa.» Jesus disse: «Eu tenho um alimento para comer, que vocês não conhecem.»  Os discípulos comentavam: «Será que alguém trouxe alguma coisa para ele comer?» Jesus disse: «O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra. Vocês não dizem que faltam quatro meses para a colheita? Pois eu digo a vocês: ergam os olhos e olhem os campos: já estão dourados para a colheita. Aquele que colhe, recebe desde já o salário, e recolhe fruto para a vida eterna; desse modo, aquele que semeia se alegra junto com aquele que colhe. Na verdade é como diz o provérbio: ‘Um semeia e outro colhe’. Eu enviei vocês para colher aquilo que vocês não trabalharam. Outros trabalharam, e vocês entraram no trabalho deles.» O encontro com a palavra de Jesus produz a verdadeira fé. Muitos samaritanos dessa cidade acreditaram em Jesus, por causa do testemunho que a mulher tinha dado. «Ele me disse tudo o que eu fiz.». Os samaritanos então foram ao encontro de Jesus e lhe pediram que ficasse com eles. E Jesus ficou aí dois dias. Muitas outras pessoas acreditaram em Jesus ao ouvir sua palavra. E diziam à mulher: «Já não acreditamos por causa daquilo que você disse. Agora, nós mesmos ouvimos e sabemos que este é, de fato, o salvador do mundo.» (João 4, 4-42)
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Transamazonica
Prelazia do Xingu

COMENTÁRIO

A leitura de João 4,5-42 contém uma das mais encantadoras cenas de todo o Evangelho (cf o texto acima). Um belíssimo diálogo pedagógico inicial conduz a uma proposta misteriosa de Jesus (v.10), que suscita o vivo interesse da mulher, a qual passa da incompreensão (vv. 11-12) ao acolhimento da auto-revelação de Jesus e a tornar-se por fim numa apóstola de Cristo. O diálogo atinge o ponto culminante, no v. 26: «(o Messias) sou Eu, que estou a falar contigo!» A samaritana era descriminada por ser mulher, por ser estrangeirapor e por ser pobre ela mesma foi buscar água no poço. Jesus: cansado, se senta na beira do poço de Jacó. Jesus rompe com o círculo vicioso marcado pela tradição e  as forças coletivas (v. 7-9).
“Você um judeu...eu, uma samaritana”.
Jesus disse: “Dá-me de beber!” A reação da mulher é de surpresa: “Como sendo judeu, tu me pedes de beber, a mim que sou samaritana”. A mulher está insegura porque Jesus rompe com o preconceito. A mulher estranha a atitude de Jesus porque ela já tinha incorporado a tradição: judeu e samaritano não se falam; Jesus rompe com a tradição judaica e leva a mulher a se questionar na sua situação de samaritana. Jesus não vê nela simplesmente uma “samaritana,” mas a hora da manifestação do dom de Deus: “água viva.” Oferta de uma nova vida (v.10). Jesus propõe uma água que corre, não mais uma água parada. É isso o dom de Deus. O dom de Deus revelado no próprio Jesus. A intervenção de Jesus marca um salto qualitativo. Jesus quer que a mulher descubra que ele não é simplesmente um judeu, mas o dom de Deus capaz de dar água viva.
Isso em primeiro momento a mulher não consegue entender. Porém em seguida ela rompeu com a tradição: “Você é maior que o nosso pai Jacó” (v.11-14 c 5-6). Jacó representa a tradição. O poço indica a origem religiosa. Por isso, a mulher pergunta se Jesus é maior do que o pai Jacó. Não é por acaso que o encontro se dar a beira do poço de Jacó que representa para a mulher a fonte dos valores que ela tinha até agora. Ela se questiona: “Será que este judeu é uma nova fonte da qual posso viver?” Os versículos 13-14 respondem: “Aquele que bebe desta água (Jacó) terá sede novamente; mas quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede. Pois a água que eu lhes der, tornar-se-á nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna”.
Desejo da nova fonte de vida (v. 15)
A samaritana começa a alimentar o desejo de uma água (de uma fé) nova capaz de satisfazer plenamente. A mulher não vê mais em Jesus um judeu, mas um profeta (v. 19) e mais tarde o messias (v.25) e finalmente o salvador (v.42).
O encontro com Deus (v. 20-26): A descoberta de Deus se faz a partir do conhecimento do seu ego mais profundo. A partir do v. 20, a mulher começa a ter iniciativa do diálogo. Pela primeira vez, ela faz uma pergunta e a resposta é no mesmo nível. Agora a mulher é capaz de se confrontar com sua própria tradição. No versículo 25, a mulher manifesta o desejo de encontrar Cristo, aquele que é capaz de revelar tudo. Quando Jesus diz: “Sou eu, que falo contigo”, isso significa, para a mulher samaritana, o encontro com Cristo na sua plenitude e a realização plena na sua personalidade.
Mensageira para o povo (v. 28-30 c 42)
A mulher abandona sua jarra, porque descobriu outra “água.” A água do poço (religião de Jacó) já não a satisfaz mais. Ela descobre a água viva: Jesus é o Messias. A volta para a cidade, mostra uma mulher bem diferente. Agora, não é mais uma mulher que segue um papel coletivo, mas alguém que tem sua própria personalidade.  Ao meio dia. Na metade de sua vida, uma mulher experimenta uma mudança radical na qual o seu passado se torna consciente e na qual seu futuro se orienta radicalmente para Cristo. O texto da samaritana é um texto de revelação (e não de moral), no qual Jesus vai se revelando. A conversão é o resultado concreto deste encontro leva a uma experiência íntima de Deus.
(Jo 4,5-42)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu

segunda-feira, 21 de março de 2011

JESUS HUMANO E DIVINO, TRANSFIGURAÇÃO

N o quarto capítulo do Evangelho de Mateus o evangelista relata a luta de Jesus com o tentador, no deserto. Essa página bíblica descreve que Jesus recusou aproveitar-se da sua condição divina. Jesus humilde, discreto, pobre, passando fome, tentado na sua humanidade como qualquer pessoa.
Já no capítulo 17 o evangelista Mateus nos convida a contemplar a glória da divindade oculta na humanidade do homem Jesus. Os Evangelhos apresentam esta passagem sempre aproxima do fim da sua missão de Jesus. No início da missão, grandes multidões O seguiam, porém Jesus começa apresentar qual o caminho a ser percorrido e exige dos seus seguidores uma fé comprometida com o projeto do Pai. Ele é o Messias, o ungido do Senhor. As obras que realiza revelam o seu poder divino, mas Ele não é o Libertador glorioso e triunfalista. Jesus identifica-se com Servo sofredor de que de Isaías. As autoridades judaicas recusam a aceitar o Messias como o servo sofredor, Por isso eles armam ciladas contra Jesus e querem condenar a morte. Jesus afasta-se da Judéia, dedica-se à formação dos Apóstolos. Depois da profissão de fé feita por Pedro, Jesus fala abertamente da sua morte em Jerusalém (Mt 16,21). Pedro rejeita este plano, mas Jesus está determinado e fala da Ressurreição e da glória, que virá após a morte de Cruz. «Vereis o Filho do Homem com os seus Anjos na Glória do Pai!» (Mat 16, 27-28). Seis dias depois dá-se este maravilhoso episódio da Transfiguração. A presença de Moisés e Elias, a nuvem luminosa, a voz do Pai, o rosto de Jesus transfigurado, todo este cenário de manifestação gloriosa ensinará os discípulos que é pelo trabalho que se chega ao descanso, pela luta que se chega à vitória, pela morte que se chega à ressurreição. É morrendo que se ressuscita para a vida eterna!
A vida e ação de Jesus não terminam na sua morte. A transfiguração é sinal da Ressurreição: a sociedade não conseguirá deter a pessoa e a atividade de Jesus, que irão continuar através de seus discípulos. A voz de Deus mostra que, daqui por diante, Jesus é a única autoridade. Todos os que ouvem o convite de Deus e seguem a Jesus até o fim, começam desde já a participar da sua vitória final, quando ressuscitarão com ele.

Fonte:
Presbiteros.com
Sagradas Escrituras
Bíblia Pastoral
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-pará
Prelazia do Xingu

domingo, 20 de março de 2011

2º DOMINGO DA QUARESMA - ANO A

É em função da Páscoa que devemos viver a Quaresma. Depois da luta vem a vitória. Depois do jejum e da tentação virá a glória da ressurreição. No mundo desfigurado em que vivemos, com muitos sinais de morte. Todos os anos a Liturgia deste 2º Domingo, nos lembra a luz e a esperança da glória. Depois da Cruz virá a Ressurreição.
Deus chama Abraão. Abraão imediatamente escuta e obedece. É admirável a fé deste homem que deixa a sua terra e a sua família para seguir a voz de Deus que o chama e o envia para um destino desconhecido!
Naqueles dias, o Senhor disse a Abraão: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que Eu te indicar. Farei de ti uma grande nação e te abençoarei; engrandecerei o teu nome e serás uma bênção. Abençoarei a quem te abençoar, amaldiçoarei a quem te amaldiçoar; por ti serão abençoadas todas as nações da terra». Abraão partiu, como o Senhor lhe tinha ordenado. (Génesis 12, 1-4ª)
 Estamos nas origens do antigo povo de Deus, como preparação do caminho do Evangelho: «no devido tempo Deus chamou Abraão para fazer dele um grande povo» (Dei Verbum, 3). A aliança com Deus implica uma série de exigências: deixar terra, família, casa e lançar-se para o desconhecido, «a terra que Eu te indicar…», fiando-se apenas na palavra de Deus. É assim que S. Paulo há-de insistir no exemplo de fé e de obediência ao Deus de Abraão: (Rom 4; cf. Hebr 11, 8-19).
Sermos santos é o projeto divino a nosso respeito. O caminho para chegarmos à santidade percorre-se, no plano da escuta e do seguimento a Jesus.
Caríssimo: Sofre comigo pelo Evangelho, apoiado na força de Deus. Ele salvou-nos e chamou-nos à santidade, não em virtude das nossas obras, mas do seu próprio desígnio e da sua graça. Esta graça, que nos foi dada em Cristo Jesus, desde toda a eternidade, manifestou-se agora pelo aparecimento de Cristo Jesus, nosso Salvador, que destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade, por meio do Evangelho.
Este texto é mais uma das esplêndidas súmulas paulinas da salvação, em forma de hino; esta salvação tem como ponto de partida, um desígnio divino gratuito e «chamou-nos com um chamamento santo», santo, não só por ser de Deus, mas por levar a Deus; na liturgia diz: «chamou-nos à santidade». (2 Timóteo 1, 8b-10)
A TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR.
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão e levou-os, em particular, a um alto monte e transfigurou-Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele. Pedro disse a Jesus: «Senhor, como é bom estarmos aqui! “Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia:
«Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito. Então Jesus aproximou-se e, tocando-os, disse: «Levantai-vos e não temais». Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus. Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».(São Mateus 17, 1-9)
Para Pedro, Tiago e João a Transfiguração de Jesus serviu de preparação para se confrontarem com a sua desfiguração na agonia do Getxemani, assim também nós somos convidados a nos preparar para a celebração do tríduo pascal.
Pedro, Tiago e João, são os três prediletos de Jesus, destinados a ser «colunas da Igreja» (Gál 2, 9). Individualmente firmes, ao mesmo tempo testemunhas da ressurreição da filha de Jairo (Mc 5, 37) e da agonia de Jesus no horto (Mt 26, 37), uma espécie de núcleo do grupo de Jesus. Jesus tinha consciência que a sua Paixão e Morte lhes iria provocar uma colisão, por isso a necessidade de preparar um núcleo para enfrentar com fé e coragem tamanha provação.
«Moisés e Elias». São os dois maiores expoentes de toda a revelação do Antigo Testamento: representam a Lei e os Profetas a afluírem em Cristo. Jesus passa e ser o legitimo representante da lei e dos profetas. «Não conteis a ninguém». Esta ordem enquadra-se na chamada «disciplina do segredo messiânico», que tinha por fim evitar uma exagerada exaltação do espírito dos Apóstolos; assim Jesus obviava a possíveis agitações populares que só viriam prejudicar e perturbar a sua missão. Em Marcos esta imposição do silêncio adquire um significado teológico muito particular.
Fote: Presbiteros.com
Segradas Escrituras
Bíblia Pastoral
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

O CRISTÃO E A TENTAÇÃO.

A luta do cristão contra o mal é cotidiana, o principal objetivo desta batalha é vencer o opositor da justiça, da vida e do respeito a dignidade da pessoa na sua totalidade.
Procurando cada dia construir o Reino de Deus superando as tentações. É importante saber que não estamos sós neste combate, Jesus está conosco (O Emanuel) Deus tornou-se humano, foi tentado como somos, mas manteu-se firme no projeto do pai e obteve a vitória, assim mostrando como nós também podemos triunfar sobre Satanás e suas astúcias (Cf. Hebreus 2:17-18; 4:15).
 Basta ler os evangelhos cuidadosamente para ver como Jesus foi tentado várias vezes e sempre venceu as armadilhas contra ele postas. Porém vamos destacar as tentações sofridas logo depois que foi batizado: "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome" (Mateus 4:1-2).
Pelo fato que foi o Espírito que levou Jesus para o deserto mostra que Deus pretendia que Jesus fosse totalmente humano e sofresse tentação.
 Note estas três tentativas de Satanás para seduzir Jesus. A afirmação do diabo: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães" (4,3). Assim como Deus, o diabo também conhece as nossas forças e as nossas fraquezas; e também sabem quais são as nossas necessidades. Além do mais o diabo é o mestre as astucias. A ação é bem lógica: Jesus estava com fome e tinha poder para transformar as pedras em pães. E agora o que fazer? O diabo sabe da necessidade humana de Jesus e também conhece seu poder divino de Cristo. Diante da situação satanás não pensa duas vezes antes de agir. Aproxima-se de Jesus e, assim como fez com Eva no Paraíso, simplesmente sugeriu que o Senhor tirasse vantagem de sua prerrogativa divina para prover sua necessidade humana. Na verdade Jesus estava com fome e necessitava de alimento. Mas o que estava em jogo era como ele iria suprir e sua necessidade. Não esqueça de que foi Deus quem o conduziu ao deserto. 
O diabo tenta induzir Jesus a agir independentemente e encontrar seus próprios meios para suprir sua necessidade.
E agora confiará Ele em Deus ou se alimentará a seu próprio modo?
A tentação era ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus era que Jesus enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente os meios que todos nós temos a nossa disposição. De fatos Jesus foi verdadeiramente homem, como nos diz Paulo: “semelhante a nós em tudo menos no pecado”.
A resposta de Jesus: "Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (4,4). Em cada provação, Jesus se voltava para as Sagradas Escrituras, usando um meio que nós também podemos usar para superar as tentações diárias.
O TENTADOR NA DESISTE.
"Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra" (4,5-6). Jesus tinha contestado e vencido à tentação anterior dizendo que confiava plenamente em Deus e na sua palavra. Logo Satanás arma outra cilada: "Bem, se confia plenamente em Deus, então prova e vê se ele realmente Ele ti salvará." O diabo mostra conhecer as escrituras.
Respondeu Jesus: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus" (4:7). Jesus confiança verdadeira no Pai e não necessita testá-la, para agradar ao diabo.
O DIABO DÁ SUA ÚLTIMA CARTADA.
“Novamente o diabo levou Jesus a um monte muito alto, mostrou- lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares" (4,8-9). Que tentação! O tentador fascinava com possibilidade de Jesus reinar sobre todos os reinos do mundo. Entretanto a questão aqui não era a de Jesus tornar-se um rei, mas sim de como e quando. O Senhor prometeu o reinado ao Filho depois de seu sofrimento (Hebreus 2,9). O diabo ofereceu um atalho: a coroa sem a cruz. (Esta também foi a tentação de Pedro quando Jesus o repreendeu, dizendo: “Afaste-te de mim satanás”). A resposta de Jesus: "Retira-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto"(4,10). Nada é bom se é errado, se viola a dignidade e o direto das pessoas, viola o próprio de e seus mandamentos.
Cuidado com as ciladas de Satanás ele paga o que for necessário. O diabo ofereceu tudo para "comprar" Jesus. Se houver um preço pelo qual você desobedecerá a Deus, pode esperar que o diabo virá pagá-lo. Nesta batalha entre os dois leões (1 Pedro 5:8; Apocalipse 5:5), Jesus ganhou uma vitória decisiva. E ele fez isso do mesmo modo que nós temos que fazer. Confiou em Deus (1 João 5:4; Efésios 6:16). Usou as Escrituras (1 João 2:14; Colossenses 3:16). Resistiu ao diabo (Tiago 4:7; 1 Pedro 5:9). O ponto crucial é este: Jesus nunca fez o que ele sabia que não era certo. Que Deus nos ajude a seguir seus passos (1 Pedro 2:21).
Mateus 4,1-11
Pe. Jeova de Jesus Morais
Pároco de Uruará-pará
Transamazônica
Prelazia do Xingu