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Uruará, Pará, Brazil
Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

UM NOVO MADAMENTO (SÃO JOÃO 14, 15-21)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor, para estar sempre convosco: o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós. Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós. Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver-me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis. Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós. Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-me-ei a ele». 
Neste texto acima deve-se ressalta o cuidado do evangelista em nos apontar os principais temas da revelação: o amor do Pai e de Jesus; os mandamentos de Jesus e o novo mandamento do amor; o crer em Deus e em Jesus, Caminho, Verdade e Vida; o conhecer Jesus e o Pai; permanecer em Jesus; o dom do Espírito de Amor e o dom da vida eterna na comunhão com Jesus e o Pai, no Espírito. «Outro Defensor», o Paráclito»: Paráclito significa aquele que é chamado para junto de alguém com o fim de defender, proteger, assistir, acompanhar, consolar; poderia traduzir-se tanto por advogado, como por assistente, protetor ou consolador.
O contexto deixa ver que se trata do Espírito Santo, sublinhando o seu papel de advogado (ver 15, 26; 16, 7-11).
 Seria preferível manter a designação tradicional de Paráclito, para assim englobar os diversos aspectos e pôr em evidência a sua realidade misteriosa e transcendente, não virá, porém, para O substituir, mas para continuar e aprofundar a missão de Jesus (v. 26), assim como Jesus, que também não fala por conta própria (v. 24) No evangelho em questão, em uma parte do trecho deste discurso, é retomado o tema dos mandamentos de Jesus e sua observância, e o dom do Espírito. Os mandamentos de Jesus se expressam em formas diversas: guardar a sua palavra, ter fé e praticar o que ele viveu, crer nele e ter a vida eterna, praticar a verdade, acolher seu testemunho, trabalhar pelo alimento que permanece para a vida eterna, servi-lo e seguir seu exemplo de serviço.
Todos seus mandamentos convergem para o seu novo mandamento: "Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros" ( vejam: Jo 13,34.35; 15,12
 «Não vos deixarei órfãos; voltarei para junto de vós». Esta volta de Jesus não é a das aparições depois da Ressurreição, nem a da parusia, mas um regresso duradoiro, permanente, que se dará «daqui a pouco» (v. 19), uma presença só perceptível pela fé – «o munido já não Me verá» –, que Jesus promete a todos os Seus depois da Ressurreição (Jo 16, 16-24).
A culminância dos mandamentos é o amor divino de Jesus a ser vivido pelos discípulos, em comunhão de vida eterna com o Pai. Associado a este amor está o dom do Paráclito, o Espírito da Verdade.
O Pai dará este Espírito, ele permanece junto de nós e está em nós.
Futuro e presente se unem, no dom do Espírito.
Importante frisar que: com a sentença: "Ainda um pouco de tempo e o mundo não mais me verá; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis", Jesus afirma sua permanência na vida divina e eterna e o dom desta vida àqueles que cumprem seu mandamento de amor.
Nesse sentido, o Espírito que nos é dado nos revela a presença de Jesus entre nós: "Não vos deixarei órfãos: eu voltarei a vós... Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai, e vós em mim, e eu em vós” – Jesus pré-anuncia o dia de Pentecostes que vivenciaremos cinqüenta dias após a páscoa. A volta de Jesus, ele no Pai, os discípulos nele e ele nos discípulos, significa a comunhão de vida eterna com Deus já neste mundo, a partir da comunhão de amor. Conforme nos diz o evangelho de São João: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele. E como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, assim, aquele que me receber como alimento viverá por mim (6, 56-57)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

SANTISSIMA TRINDADE

A Trindade é o termo empregado para significar a doutrina central da fé Cristã: a verdade que na unidade do Altíssimo, há Três Pessoas, o Pai e o Filho e o Espírito Santo, estas Três Pessoas sendo verdadeiramente distintas uma da outra, mas a mesma natureza. Nunca vamos compreender plenamente os mistérios da Santíssima Trindade, porque nós somos limitados e eles não; sem dúvida, temos de tentar conhece-los cada vez melhor, para que nossa fé seja firme e concreta.
O Mistério da Santíssima Trindade consiste em que, em Deus há uma ÚNICA ESSÊNCIA e TRES PESSOAS DISTINTAS: Pai e Filho e Espírito Santo, cada uma das quais é Deus, sem ser três deuses, mas um único e só Deus.
Podemos comparar este Mistério com o sol: o sol está no céu e produz luz e calor; a luz e o calor não são distintos do sol. A Trindade é algo parecido: o Filho e o Espírito Santo são iguais em natureza ao Pai, mas um só Deus. O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Três pessoas e um único Deus. As três pessoas da Santíssima Trindade estabelecem uma comunhão e união perfeita, formando um só Deus, e constituem um perfeito modelo transcendente para as relações interpessoais. Elas possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, sabedoria, poder, bondade e santidade, mas, em algumas vezes, certas atividades são mais reconhecidas em uma pessoa do que em outra.                      
  SANTO AGUSTINHO 
Santo Agostinho, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou e esforçou-se exaustivamente por compreender e desvendar este enigma. Após muito tempo de reflexão, esforço e trabalho, chegou à conclusão que nós, devido à nossa mente extremamente limitada, nunca poderíamos compreender e assimilar plenamente a dimensão infinita de Deus somente com as nossas próprias forças e o nosso raciocínio. Concluiu que a compreensão plena e definitiva deste grande enigma só é possível quando, na vida eterna, nos encontrarmos no Paraíso com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
O CATECISMO DA IGREJA.
O Catecismo da Igreja nos ensina que: Os cristãos são batizados "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). Antes disso eles respondem "Creio" à tríplice pergunta que os manda confessar sua fé no Pai, no Filho e no Espírito: "Fides omnium christianorum in Trinitate consistit" ("A fé de todos os cristãos consiste na Trindade") (S. Cesáreo de Arlés, symb.). Os cristãos são batizados "em nome" do Pai e do Filho e do Espírito Santo e não "nos nomes" destes três (cf. Profissão de fé do Papa Vigilio em 552: DS 415), pois só existe um Deus, o Pai todo-poderoso, seu Filho único e o Espírito Santo: a Santíssima Trindade.
O misterio da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo, é, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na "hierarquia das verdade de fé" (DCG 43). "Toda a história da salvação não é senão a história da via e dos meios pelos quais Deus verdadeiro e único, Pai, Filho e Espírito Santo, se revela, reconcilia, consigo e une a si os homens que se afastam do pecado" (DCG 47). (Cat. 232 – 234)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CELEBRAÇÃO DO SNTISSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO

Hoje a Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Uruará-Pará em comunhão com toda Igreja celebrou a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Somos felizes porque somos convidados para esta grande festa da nossa fé. Nesta solenidade toda a Igreja reúne-se em adoração, louvar e agradecimento público ao Senhor pelo dom da Sua presença no meio de nós por meio da Eucaristia. É um dia de gratidão porque experimentamos a presença do Cristo caminhando conosco e convidar-nos a sermos melhores e só assim somos também capazes de tornar o mundo em que vivemos um lugar melhor e mais humano onde a vida e a dignidade humana sejam respeitadas.  Caminhamos pelas ruas em uma demonstração visível que a fé não é algo de privado ou escondido, mas sim publica sendo luz que ilumina todas as realidades da nossa vida. E o Senhor permanece conosco, pão e vinho transformados no Seu Corpo e Sangue.
Não se trata apenas de comer, mas de comungar, participar da vida do Senhor. Fazer parte do seu projeto e da sua vida.Corpo e Sangue é vida, por isso Jesus disse:  Eu garanto a vocês: quem acredita possui a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os pais de vocês comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desceu do céu: quem dele comer nunca morrerá.» E Jesus continuou: «Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida.» As autoridades dos judeus começaram a discutir entre si: «Como pode esse homem dar-nos a sua carne para comer?» Jesus respondeu: «Eu garanto a vocês: se vocês não comem a carne do Filho do Homem e não bebem o seu sangue, não terão a vida em vocês. 
 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele. E como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, assim, aquele que me receber como alimento viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que os pais de vocês comeram e depois morreram. Quem come deste pão viverá para sempre.» Jo 6, 47-58
A vida definitiva se encontra justamente na condição humana de Jesus (carne): Jesus é o Filho de Deus que se encarnou para dar vida aos homens, isto é, para viver em favor dos homens. A vida definitiva começa quando os homens, comprometendo-se com Jesus, aceitam a própria condição humana e vivem em favor dos outros. E Jesus dá um passo além: ele vai oferecer sua própria vida (carne e sangue) em favor dos homens. Por isso, o compromisso com Jesus exige que também o fiel esteja disposto a dar a própria vida em favor dos outros.
Não se trata de assimilar em nós o que comemos, mas pelo contrário de ser assimilados e transformados n’Aquele que comungamos. E os nossos gestos devem ser cada vez mais os gestos de Cristo e as nossas palavras cada vez mais as palavras de Cristo. E respondemos "Amen", isto é, assim seja, sim, eu quero, eu acredito, eu quero que Tu, Senhor, entres na minha vida; eu aceito a tua vontade e acredito em Ti. Sim quero. Quero amar como Tu amas perdoar como Tu perdoas, viver como Tu vives. Só assim fazem sentido tanta alegria e os belíssimos tapetes, construídos com tanto amor e perfeição para que o Senhor percorra conosco as nossas ruas, as ruas da nossa vida.. Assim afirmamos que jamais caminhamos sós, nós vamos com Cristo e o Cristo vai conosco.
E dentro da igreja Matriz encerramos a procissão com a Santa missa presidida pelo nosso Pároco. 
Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Quem se inclina para Jesus não se prostra diante de nenhum falso ídolo ou poder humano ou vício e pecado. Prostramo-nos diante de um Deus que foi o primeiro a inclinar-se diante do homem, como Bom Samaritano, para o socorrer e dar a vida. Adorar o Corpo de Cristo significa crer que ali, naquele pão, está realmente Cristo, que dá sentido verdadeiro a nossa vida.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu
Pará-Brasil

sábado, 18 de junho de 2011

A SEGUNDA PALAVRA DE JESUS MA CRUZ

Um dos malfeitores suspensos à cruz o insultava, dizendo: "Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós." Mas o outro, tomando a palavra, o repreendia: "Nem sequer temes a Deus, estando na mesma condenação? Quanto a nós, é de justiça; pagamos por nossos atos; mas ele não fez nenhum mal". E acrescentou: "Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com teu reino". Ele respondeu: "Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23,39-43).
Para entendermos esta palavra, vamos começar pelo livro de Gênesis 3.6, 7, onde o homem acabou perdendo a sua maior herança: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Gênesis 3.23, 24: O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulsou o homem, e pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada, que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.
o pecado havia entrado no homem, e foram expulsos do paraíso, que Deus havia formado para o homem viver eternamente. O Senhor havia colocado anjos, vigiando o caminho da árvore da vida, que é o paraíso que Cristo prometeu ao homem que estava crucificado ao seu lado.
E hoje, pela aspersão do seu sangue, achamos lugar de arrependimento porque Cristo levou sobre si o pecado do mundo inteiro (Isaias capítulo 53), abriu a porta do paraíso e nós, sendo inimigos de Deus, fomos reconciliados pela morte do seu filho, e, pelo seu sangue restabeleceu a paz entre Deus e o homem.
Mateus 10.32: Disse Jesus: Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
Romanos 109: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus Cristo, e com teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Lucas 5.31 e 32, Ele disse: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento. E no livro de Lucas 19.10, Jesus ainda disse:
Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. Jesus morre na cruz como "Cristo", Jesus é condenado por "blasfêmia" porque se declara "Filho de Deus" (cf. Mt 27,62-66), reivindicando para si dignidade divina.
Como "Rei" é considerado subversivo e agitador. O Sumo Sacerdote Caifás adverte: "Não compreendeis que é do vosso interesse que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação toda" (Jo 11,50). "Se o soltas, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei, opõe-se a César!" (Jo 19,12) e ainda "Não temos outro rei a não ser César" (Jo 19,15). Foi este o argumento que convenceu a Pilatos: "Então Pilatos o entregou para ser crucificado" (Jo 19,16). Os chefes do povo conseguiram o que queriam: matar Jesus de Nazaré como perturbador da ordem pública e apresentar ao povo que ainda o tiver na conta de profeta como homem definitivamente derrotado, destruído, aniquilado.
Um dos malfeitores faz coro aos insultos dos chefes que zombeteiramente recomendam a Jesus: "que salve a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Eleito" (Lc 23,35). Também ele grita: "Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós". O outro, porém, reconhece a inocência de Jesus e descobre na sua derradeira hora a verdadeira identidade daquele que sofre ao seu lado o mesmo suplício. Entende que o Reino de Jesus não é deste mundo (cf. Jo 18,36), mas que Jesus é Rei e viera "ao mundo para dar testemunho da verdade" (Jo 18,37). A luz da verdade que ilumina o coração e a mente do "bom ladrão" gera de repente uma ilimitada confiança e o enche de certeza de que Jesus pode salvá-lo e perdoar-lhe os seus pecados, acolhendo-o no paraíso. Jesus, "desprezado e abandonado pelos homens, homem sujeito à dor" (Is 53,3), manifesta na cruz o seu divino poder de misericórdia e abre as portas do paraíso a mais este filho pródigo (cf. Lc 15,11-32) que retorna e, mesmo que seja no último momento da vida, se converte e crê (cf. Mc 1,15).
Fontes:
Bíblia sagrada;
 Dom Erwin Kräutler
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Prelazia do Xingu

 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

AS PALAVRAS DE JESUS NA CRUZ

Primeira Palavra: Chegando ao lugar chamado Caveira, lá o crucificaram, bem como os malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: "Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem" (Lc 23,33-34). Esta primeira frase foi dita em forma de prece para que Deus perdoasse a ignorância daqueles que o crucificavam: os soldados romanos e a multidão que o acusava. Esta prece reflete e confirma uma exortação anterior de Jesus, quando solicitava aos seus seguidores que amassem e perdoassem seus inimigos (Mateus 5:44).
No auge do sofrimento, Cristo não perde a dimensão da fragilidade do ser humano e implora o perdão para nossos pecados.
Seu sangue derramado na cruz nos torna limpos para voltar à casa paterna. Mas nós também somos capazes de perdoar a nós mesmos e aos outros? Quando rezamos no Pai Nosso: "Perdoai-nos, assim como perdoamos", temos consciência do que pedimos. Quem não é capaz de perdoa a si mesmo, também não será capaz de perdoa o outro. Jesus ao ser crucificado recorda o Profeta Isaías: " ... pois entregou à morte a própria vida, foi contado entre os criminosos. Ele, porém, estava carregando os pecados da multidão e intercedendo pelos criminosos" (Is 53,12).
De fato, a dimensão mais profunda do amor é o perdão. Jesus ama até a morte e perdoa. Tempos atrás, na cura do paralítico (Lc 5,17-26), disse primeiro: "Homem, teus pecados estão perdoados". Essas palavras causaram um alvoroço entre os escribas e fariseus: "Quem é este que diz blasfêmias? Não é só Deus que pode perdoar pecados?" Jesus opera o milagre para comprovar que Ele realmente tem o poder divino de perdoar. São muitos os eventos narrados nos Evangelhos em que Jesus perdoa. No entanto, o perdão exige sempre conversão: mudar de vida. A mulher que os escribas e fariseus queriam apedrejar após flagrá-la em adultério (Jo 8,1-11) é salva por Jesus da morte iminente: "Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?" - "Ninguém, Senhor". E Jesus: "Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais". Em outro momento, Jesus se hospeda na casa de um pecador e mais uma vez é alvo de críticas (Lc 19,1-10). Mas Zaqueu promete reparar as injustiças cometidas contra os pobres e Jesus exclama: "Hoje a salvação entrou nesta casa (...).
Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido".
"Perdoai a nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido" rezamos no Pai Nosso. Pedimos perdão a Deus, fazendo a solene promessa de perdoarmos aos que nos ofenderam. Não é fácil realizar o que prometemos. Existem chagas que custam cicatrizar. Há violências e injustiças que deixam como saldo um mar de sofrimentos. Há infidelidades e traições que ferem profundamente o coração. Há agressões e ódios que geram abismos quase intransponíveis entre as pessoas.  No entanto, não existe quem consiga resistir eternamente à bondade e ao amor. Não há ódio que um dia não sucumba ao poder do Amor. O primeiro passo para o perdão é desarmar-se interiormente. Quem perdoa é sempre mais forte do que quem ofendeu. O perdão é que gera vida, não o ódio e a vingança! Dizem que o ódio é como o fogo: arde, queima, se alastra, arrasa, reduz a cinzas. Se o ódio é como fogo, então o perdão é como a água! Quando o fogo e a água se encontram, quem vence? O fogo? É a água que extingue as labaredas, é a água que apaga as chamas, é a água que vence o incêndio. Assim é o perdão que extingue as vinganças, é o perdão que apaga as inimizades, é o perdão que afoga as mágoas, é o perdão que vence o ódio.(Fontes: Biblia Sagrada, Erwin Kräutler, Bispo do Xingu)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

quarta-feira, 15 de junho de 2011

TEMPO COMUM

O Tempo Comum é um período mais extenso do Ano litúrgico tem de 33 ou 34 semanas distribuídas entre a festa do Batismo de Jesus até o começo da Quaresma e as outras semanas entre a segunda-feira depois de Pentecostes e o início do Advento nas quais são celebrados os Mistérios de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos.
A COR:
A cor usada é o verde, que significa o verde da natureza, mas, sobretudo Simboliza na esperança da vida eterna.
DOMINGO: 
Este tempo existe não para celebrar algum aspecto particular do mistério de Cristo, mas para celebrá-lo em sua globalidade, especialmente em cada Domingo, durante este tempo se aprofunda e se assimila o mistério de Cristo inserido na vida do povo de Deus para torná-la plenamente pascal.
AS CELEBRAÇÕES PRÓPRIAS:
 Durante o Ano Litúrgico o culto à Nossa Senhora e aos Santos é integrado na Liturgia, enriquecendo a participação dos fiéis. É claro que toda ação litúrgica é dirigida ao Pai, por Cristo, que é o centro. É sempre o Mistério Pascal que se conta e evidencia. Deus fez maravilhas através dos Santos e de Maria que depois do Senhor ocupa um especial lugar na vida da Igreja e em seu culto; Maria revela o mistério de Cristo e da Igreja de maneira forte e eficaz. Seu culto não é algo paralelo e independente; está integrado ao Mistério Pascal; em Maria a Igreja vive o mistério de Cristo;
Algumas solenidades são celebradas no Domingo, por exemplo, a da Santíssima Trindade, e outras, como a Assunção de Nossa Senhora e Todos os Santos, quando transferidas do seu dia.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

terça-feira, 14 de junho de 2011

ORAÇÃO DA FAMÍLIA.

Senhor, nós vos louvamos pela nossa família e agradecemos a vossa presença em nosso lar. Iluminai-nos para que sejamos capazes de assumir nosso compromisso de fé na Igreja e de participar aitvamente da vida de nossa comunidade.
Ensinai-nos a viver a vossa palavra e o Vosso mandamento de Amor, a exemplo da SAGRADA FAMÍLIA DA DE NAZARÉ. Concedei-nos a capacidade de compreendermos nossas diferenças de idade, de pensamento, para nos ajudarmos mutuamente, perdoarmos nossos erros, enxergarmos nossos acertos e vivermos em harmonia.
Dai-nos, Senhor, saúde, trabalho e um lar onde possamos viver felizes.
Ensinai-nos a partilhar o que temos com os mais necessitados e empobrecidos, e dai-nos a graça de aceitar com fé e serenidade a doença e a morte quando se aproximem de nossa família, ensina-nos a perdoar.
Ajudai-nos a respeitar e incentivar a vocação de nossos filhos quando quiserdes chamar a Vosso serviço. Que em nossa família reine a confiança, a fidelidade, o respeito mútuo, para que o amor se fortifique e nos una cada vez mais. Permanecei em nossa família, Senhor, e abençoai nosso lar hoje e sempre. Amém!
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu