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Uruará, Pará, Brazil
Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

terça-feira, 31 de maio de 2011

IPÊ AMARELO

"Naqueles tempos, o inverno estava nos seus últimos dias e todas as árvores da floresta
estavam começando a florescer. Somente os ipês continuavam sem flores.

Os ipês, cada vez mais se entristeciam com aquela situação. Eles eram os únicos que não tinham nem flores nem frutos. Então, os amarelos canários da terra, percebendo a tristeza dos ipês, resolveram fazer seus ninhos somente nos galhos de um dos ipês.
 E ninhos também foram feitos pelas araras vermelhas e azuis e os sanhaços em outro; as garças brancas em outro, as siaciras em outro, e num outro ipê menos imponente, foram os periquitos,
jandaias, maritacas e papagaios. Os ipês ficaram muito felizes e resolveram pedir à Providência Divina que lhes dessem flores,
como forma de agradecimento aos canários da terra, e a todos os outros pássaros da floresta, pela alegria que tinham levado a eles.
No dia seguinte, dizem; sob o mais belo céu azul que aqueles sertões já conheceram, os ipês floresceram, em várias cores. Cada um dos ipês se vestiram nas cores e matizes dos pássaros que os havia adotado. Quando tudo aconteceu, era agosto. E assim, desde então, os ipês têm florescidos.
 E a cada agosto, um vento frio sopra desde os sertões do Brasil, é a Providência divina anunciando que ainda mais uma vez os ipês florescerão cumprindo a aliança entre Deus e a Natureza.
As cores dos ipês são, portanto, expressão de um milagre do amor de Deus pela natureza
e pelos seres que vivem na Terra.
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

MATANDO UM LEÃO POR DIA.

Em vez de matar um leão por dia, aprenda a amar o seu.
Outro dia, tive o privilégio de fazer algo que adoro: fui almoçar com um amigo, hoje chegando perto de seus 70 anos. Gosto disso. São raras as chances que temos de escutar suas histórias e absorver um pouco de sabedoria das pessoas que já passaram por grandes experiências nesta vida. Depois de um almoço longo, no qual falamos bem pouco de negócios, mas muito sobre a vida, ele me perguntou sobre meus negócios. Contei um pouco do que estava fazendo e, meio sem querer, disse a ele:
-"Pois é. Para sobreviver, hoje, tem de matar um leão por dia".
Sua resposta, rápida e afiada, foi: 
 -"Não mate seu leão.  Você deveria mesmo era cuidar dele".
Fiquei surpreso com a resposta e ele provavelmente deve ter notado minha surpresa, pois me disse:
- "Deixe-me lhe contar uma história que quero compartilhar com você".
Segue, mais ou menos, o que consegui lembrar da conversa:
 - "Existe um ditado popular antigo que diz que temos de "matar um leão por dia".
E por muitos anos, eu acreditei nisso, e acordava todos os dias querendo encontrar o tal leão. A vida foi passando e muitas vezes me vi repetindo essa frase. Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios já tinham crescido e precisava trabalhar um pouco menos, mas sempre me lembrava do tal leão. Afinal, quem não se preocupa quando tem de matar um deles por dia? Pois bem. Cheguei aos meus 60 e decidi que era hora de meus filhos começarem a tocar os negócios da família. Mas qual não foi minha surpresa ao ver que nenhum dos três estava preparado! A cada desafio que enfrentavam, parecia que iam desmoronar emocionalmente. Para minha tristeza, tive de voltar à frente dos negócios, até conseguir contratar alguém, que hoje é nosso diretor-geral. Este "fracasso" me fez pensar muito. O que fiz de errado no meu plano de sucessão?
Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho uma suspeita: a culpa foi do leão”.
Novamente, eu fiz cara de surpreso. O que o leão tinha a ver com a história? Ele, olhando para o horizonte, como que tentando buscar um passado distante, me disse:
- "É. Pode ser que a culpa não seja cem por cento do leão, mas fica mais fácil justificar dessa forma. Porque, desde quando meus filhos eram pequenos, dei tudo para eles. Uma educação excelente, oportunidade de morar no exterior, estágio em empresas de amigos. Mas, ao dar tudo a eles, esqueci de dar um leão para cada um deles, que era o mais importante. Meu jovem, aprendi que somos o resultado de nossos desafios. Com grandes desafios, nos tornamos grandes. Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos. Aprendi que, quanto mais bravo o leão, mais gratos temos de ser. Por isso, aprendi a não só respeitar o leão, mas a admirá-lo e a gostar dele. Que a metáfora é importante, mas errônea: não devemos matar um leão por dia, mas sim cuidar do nosso. Porque o dia em que o leão, em nossas vidas morre, começamos a morrer junto com ele.” Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão. E o que eram desafios se tornaram oportunidades para crescer, ser mais forte, e "me virar" nesta selva em que vivemos. A capacidade de luta que há em você, precisa de adversidades para revelar-se.
"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço".
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

sexta-feira, 27 de maio de 2011

LENDA DO IPÊ

A muitos e muitos anos atrás, quando ainda o Brasil não era tão povoado.
Conta-se que nessa época uma tribo de índios Carajás habitava ao norte do rio Amazonas.
O seu chefe supremo era o cacique Iacan, ainda jovem, bonito, forte, valente um guerreiro respeitado pelas suas bravas façanhas na defesa de sua tribo e tradições; era casado com a bela índia Iaran, que não tinham sido agraciados ainda com filho apesar de estarem casados há vários anos.
A cada ano que passava Iaran ficava mais triste por ver seus sonhos de ser mãe não se realizarem. Iacan não desanimava e procurava animá-la e a tratava com todo o carinho, pois ele a amava muito e não queria outra esposa, e lembrava sempre o juramento que haviam feito embaixo da árvore pau-d’arco, que o amor deles seria eterno e ninguém os separaria.

Ele ficava triste também e procurava disfarçar o quanto sofria por ela e abraçando-a dizia que o amor deles bastaria e não se importava que não tivessem o filho tão desejado.
A árvore que tantas vezes viu o amor deles crescerem, e tantos planos por realizar.
Conta-se que a árvore era mágica, pois em noites de lua cheia ouvia-se choro e os seus galhos batiam uns contra aos outros como se quisessem que alguém ouvisse os seus lamentos.
Iaram quando ouvia essas histórias ria e não acreditava, pois lembrava quantas vezes ela e Iacan ficavam sentados embaixo dela e nunca ouvira nada, tudo o que diziam era uma grande tolice.
Passando pela oca onde os membros do conselho se reuniam, iam pressionar Iacan para que procurasse outra esposa. Ele se recusava e dizia que amava a esposa, ele preferia perder o posto de chefe e ser simplesmente um guerreiro comum, a se casar novamente.
Iaran a situação difícil de seu marido e como coração apertado, foi correndo até o rio, e sentando-se em baixa da árvore preferida em prantos pensando em tudo que ouvira, ela sentia que era um empecilho para o marido por não ser mãe.
Levantou-se e ia correr com firme propósito de se jogar no rio e deixar o seu amado livre, e para se despedir foi até a árvore onde tantas vezes fizeram juras de amor eterno.
Abraçando-a e sua lágrimas escorrendo pelo rosto Amiga de tantascaindo pelo tronco e indo até as raízes. Falava baixinho: alegrias e agora de tristezas profundas, venho me despedir, pois não consigo dar a alegria a meu marido de ser pai e estou atrapalhando-o, então vou dar-lhe a liberdade que ele merece, e o libertarei das promessas que você tantas vezes ouvia.
A árvore estremeceu, ela afastou-se assustada, quando viu saindo do tronco um vulto de uma belíssima mulher com um vestido verde como as folhas e ornamentados por arabescos brancos, amarelos, rosas, lilás, roxo em degrade. Iaran queria correr, mas estava petrificada e seus pés presos ao chão, não conseguia se locomover.
A bela mulher pedia para que se acalmasse e sorrindo dizia para não se assustar, que não lhe faria mal. Aos poucos foi se recuperando do susto e mais calma perguntou-lhe: - Como a senhora saiu de dentro da árvore?
Sou a fada espírito das árvores ornamentais, não tenha medo, eu conheço você e Iacan há muito tempo, ouvia suas juras de amor a minha sombra e me sentia feliz por ver esse amor tão lindo florescendo. Minha amiga eu fiquei presa por muitos anos aqui nessa árvore. O espírito do mal na figura de uma mulher muito má lá da parte escura da floresta e apontando para os lados daquelas montanhas bem longe onde só apareciam os picos; foi por despeito e inveja, não se conformava com a minha floresta de luz, onde o sol brilhava sempre e as flores vão se espalhando por toda a parte deixando suas sementes tornando a floresta bela com seu colorido, onde os pássaros e animais se sentiam felizes.
Essa malvada me enganou, transformando nessa árvore sem flores e estéril, deixando esse lugar triste. E que eu só ficaria livre do encanto quando uma mulher estéril me abraçasse e com suas lágrimas molhassem minhas raízes. Você desfez o encantamento e lhe devo aminha liberdade. É por isso que não há flores por aqui e parece que os pássaros cantam tristes. A alegria vai voltar, só vai depender de você e Iacan, terá que procurar árvores com flores, colher e trazê-las a cada lua cheia e colocá-las nas raízes desse pau-d’arco. Preste muita atenção nas cores do meu vestido, sendo uma cor a cada lua cheia e não voltem aqui senão na próxima lua cheia. Mas, não existem flores por aqui, onde vamos achá-las?
Se você quer realizar o seu sonho, tem que procurar onde estiver agora vá.
Iaran saiu correndo e ainda parou e voltou-se, jogando um beijo com as mãos para a bela mulher, que sorrindo gritou: Eu aceito esse afeto e desapareceu.
Chegando toda alvoroçada abraçou o marido pedindo que viesse até a oca, ele a seguiu preocupado, o que será que teria ocorrido.
Sentou na rede, ela contou com detalhes o que havia acontecido, ele ficou surpreso e abraçando-a, É isso mesmo que você quer? Você acredita ser verdade? perguntou:
 Eu acredito, é verdade eu juro. Iacan ficou pensativo, mas não acreditando muito, mas para não contrariá-la, esta bem, a lua cheia é amanhã.
E qual açor que vamos procurar em primeiro lugar?
Ela batia palmas, as amarelas.
Na manhã seguinte saíram logo cedo alegres, eles caminharam mata adentro hora e horas, olhando para todos por lados e quando as encontravam Iacan subia nas árvores ou as colhiam nas ramagens escolhia as mais belas e as colhiam com todo o cuidado e carinho fazendo buquês e as amarrava com cipó. Como duas crianças felizes e sorridentes chegaram e depositaram todos os buquês aos pés da árvore e iam e vinham do rio trazendo água para regá-las.
E num momento de muita alegria, abraçaram a árvore e ao mesmo tempo:- Nós te amamos, realize o nosso desejo, a cor é amarela e foram embora sem olhar para trás. A bela mulher que a tudo assistia olhou-os com muito amor e olhando para a copa da árvore que ficou toda amarela com flores formada por pequenos buquês deflores como eles haviam trazidos.
Nas próximas luas cheias lá estavam eles com a mesma alegria levando os buquês de flores, desta vez a cor brancas, e quando ao abraçá-la fazendo o mesmo pedido e dizendo a cor, quando olharam para cima, mas uma surpresa os esperavam, a árvore estava toda florida com buquês de flores amarelas tão lindas, ficaram de boca aberta. O entusiasmo tomou conta dos dois, depositando as flores regando as e saindo sem olham para trás. O mesmo aconteceu com as outras cores: rosas, lilás, roxa, iam vendo como se fossem milagre todas as cores de pau-d’arco sendo colorido a cada lua cheia, formando um bosque maravilhoso com seu colorido dando ao lugar um encanto nunca visto em lugar algum. E com o passar do tempo a aldeia ficou toda cercada deflores indo até a beira do rio. Então a bela mulher chamou-os embaixo da árvore que eles haviam feito o pedido e disse:- Agora quem lhes agradece sou eu, por ter dado nova vida e beleza a toda minha floresta e quebrou o meu encanto.
Vocês terão o desejo realizado, juntem suas mãos as minhas e aperto-as com carinho. Só lhe peço que a partir de hoje essas flores sejam batizadas de ipês, elas serão sempre um encanto para os olhos, a beleza que simboliza o amor e a vida que Deus criou para nos doar esse imenso amor que nos dedica, e esse presente tão belo para que possamos nos alegrar e lembrar que tudo é criação de nosso Pai Eterno e que devemos preservá-la.  Depois de alguns meses nasceram os filhos do cacique para completar a sua felicidade. O pai todo orgulhoso apertou-os em seus braços, os mais belos do mundo e anunciando que os filhos seriam chamados de Iaacan e a bela e risonha menina de Floripes que quer dizer “flor de ipê”. A felicidade foi morar novamente naquela aldeia rodeada de ipês coloridos por todas as partes.
É por isso que os ipês quando florescem caem as folhas e só ficam os buquês que cobrem todas as copas dos ipês de pau-d’arco. Os ipês são flores ornamentais de grande beleza que passaram a enfeitar e embelezar as matas, ruas, jardins para dar alegria e beleza a nossa vida.
Ed:
Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A BATALHA ENTRE O LOBO BOM E O LOBO MAU

A batalha entre os dois lobos. Uma noite, um velho índio falava ao seu neto sobre o combate que acontece dentro de todas as pessoas:
- Dentro de todos nós há uma batalha permanente entre dois lobos. Um deles é mau, representando a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho falso, superioridade e ego.
O outro é bom.É a alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.
O neto pensou e perguntou então ao avô:
- E qual lobo vencerá a batalha?
O velho índio respondeu:
- Aquele que você alimentar!
Qual o lobo você está alimentando 
o bom ou o mau?
Autor desconhecido

Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu.

terça-feira, 24 de maio de 2011

JAVÉ AMA A JUSTIÇA

Por que as nações se rebelam, e os povos planejam em vão? Os reis da terra se revoltam e, unidos, os príncipes conspiram contra Javé e contra o seu Messias: «Rebentemos seus grilhões, sacudamos seu jugo!» Aquele que habita no céu ri, Javé se diverte à custa deles. E depois lhes fala com ira, confundindo-os com furor: «Fui eu que consagrei o meu rei em Sião, minha sagrada montanha!» Vou proclamar o decreto de Javé! Ele me disse: «Você é o meu filho, eu hoje o gerei. Peça-me, e eu lhe darei as nações como herança, os confins da terra como propriedade. Você as governará com cetro de ferro, e as quebrará como vaso de oleiro». E agora, ó reis, sejam prudentes! Deixem-se corrigir, juízes da terra. Sirvam a Javé com temor, prestem-lhe homenagem tremendo, para que ele não se irrite, e vocês pereçam no caminho, pois a ira dele se inflama depressa. Felizes aqueles que nele se abrigam! (Salmo 2)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

sábado, 21 de maio de 2011

JESUS É A PORTA, O CAMINHO A VERDADE E A VIDA.

JESUS É A PORTA (Jo 10, 7-10). “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10; 8-10). Jesus diz que Ele é a porta, e a porta é o lugar que nos dá acesso a uma casa; portanto, se a porta está fechada nos impossibilita a entrada. E Jesus nos diz que Ele é porta, e a única entrada para casa do pai, é preciso passar por Ele para não ficar fora do rebanho do pai. Ele é o nosso ingresso para voltar ao eterno convívio do banquete nupcial. Jesus, com sua morte na cruz, se tornou nossa passagem para a vida eterna. Não existe alegria e paz verdadeira onde falta Deus. Para ter paz e vida em abundância é preciso passar pela porta que é Jesus, se não passar por Ele, corremos o risco de cair nas armadilhas do ladrão [maligno]. O inimigo de Deus, que está no lado de fora nos enganando com suas astúcias, não está interessado nas ovelhas, mas em si mesmo. Precisamos estar atentos, porque só Jesus é a Porta, o Caminho, a Verdade e a Vida.
                                                                  JESUS É O CAMINHO. ( Jo 14,6-7).
É o caminho para a vida através de sua morte-ressurreição. Por meio delas ele chega ao Pai. Através dele o Pai mora na comunidade. Seguindo o caminho que é Jesus, a comunidade realizará integralmente o projeto de Deus e continuará as suas obras. Para o povo da Antiga Aliança o caminho de acesso a Deus era o cumprimento da Lei. A Lei era o caminho. Jesus afirma o contrário:
Ele, o humano, é o Caminho para chegar a Deus. E todo aquele que se torna humano pode ter certeza de estar no caminho certo, o caminho que conduz ao Pai.
Caminho em mão, vem do Pai e volta para o Pai (Jo 13,3): vindo do Pai mostra com suas obras o rosto do Pai; voltando ao Pai abre o caminho de acesso a todos os homens e mulheres. O tema do caminho está bem próximo do tema da porta. É missão de Jesus se dar como meio caminho e porta para se chegar ao Pai, pois ele é a revelação autêntica do projeto do Pai, que é a verdade, do qual participam em coesa sintonia, através de suas obras que geram vida aqueles que crêem.
JESUS É A VERDADE. ( Jo 14,6-7).
A verdade na Bíblia significa fidelidade plena, estabilidade. Proclamando-se a Verdade, Jesus nos diz que é a revelação autêntica do projeto de Deus, a manifestação visível e encarnada do amor do Pai. (Cf. Prólogo do Evangelho de João). Viver Jesus Verdade é estar em sintonia profunda com o projeto de Deus. É fazer a Verdade a fidelidade que Jesus manifestou em relação ao projeto do Reino de Deus. Anteriormente ele afirmara: “se vocês guardarem a minha palavra conhecerão a Verdade e a Verdade libertará vocês!.” Jesus é a plena revelação de tudo o que Deus quis comunicar à humanidade. Acolhendo o ilho é acolher o projeto do Pai e entrar na esfera da liberdade dos filhos de Deus.
                                                                   JESUS É A VIDA. ( Jo 14,6-7).
O Prólogo já havia apresentado Jesus como Palavra de Deus na qual “estava a vida e a vida era a luz dos homens” ( Jo 1,4). A comunidade recebe de Jesus essa vida em plenitude (Jo 10,10) e a missão da comunidade não é só indicar onde está esta vida, mas vivê-la profundamente, mediante o mandamento do amor a Deus e ao próximo, resumo do projeto de Deus. Como vimos acima, o povo da antiga aliança afirmava que a Lei era a Vida. Bastava cumprir a Lei para possuir a Vida. Agora, Jesus garante que Ele próprio é a Vida em plenitude para todos. E aqueles que aderem e se engajam na difusão da Vida, podem ter certeza de que estão no caminho certo.
Conhecer Jesus como CAMINHO, VERDADE E VIDA é conhecer o Pai. Mais ainda, é ver o próprio Pai (Jo, 14, 7). A afirmação de Jesus é estranha aos discípulos, pois Filipe pediu “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!”. A resposta de Jesus revela que a convivência com Ele, ouvindo suas palavras (que são as próprias palavras do Pai) e a experiência do seu amor já é experimentar, ver e viver no ciclo do amor do Pai pois, Jesus está no Pai e o Pai está no Filho (Jo 14, .9-10).

Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Um gato de nome Faro-Fino fez tais estragos na rataria de uma casa velha que os sobreviventes, sem coragem para saírem das tocas, estavam quase a morrer de fome.
Tornando-se muitíssimo séria a situação, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão.
Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava pelos telhados, fazendo versos à lua.
- Penso – disse um deles – que o melhor meio de nos defendermos de Faro-Fino é atando-lhe um chocalho ao pescoço. Assim, quando ele se aproximar, o chocalho denuncia-o e fugimos a tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado por unanimidade. Só votou contra um rato bastante casmurro, que pediu a palavra e disse:
- Está tudo muito certo. Mas quem vai amarrar o sininho ao pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nós. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu


quinta-feira, 19 de maio de 2011

"Os nossos inimigos não são aqueles que nos odeiam, mas aqueles que nos os odiamos".

Era uma vez uma jovem chamada Eva que se casou e foi viver com o marido na casa da sogra chamada Joana. Depois de algum tempo, a jovem começou a ver que não se adaptava a sogra, pois os temperamentos eram muito diferentes e Eva se irritava com os hábitos e costumes da sogra, que criticava cada vez mais com insistência. Com o passar do tempo as coisas foram piorando, a ponto de a vida se tornar insuportável. No entanto, a tradições daquela antiga cultura mandava que a nora tivesse sempre ao serviço da sogra e obedece-lhe em tudo, mas Eva não suportando por mais tempo esta idéia, tomou a decisão de ir consultar um velho sábio, amigo do seu pai. Depois de ouvir a jovem o Mestre Baltazar pegou num ramalhete de ervas medicinal e disse-lhe: "Para te livrares da tua sogra não as deves usar de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas, vai misturá-las com a comida pouco a pouco, dia apos dia e assim ela vai-se envenenando lentamente. Mas para teres a certeza de que,quando ela morrer,ninguém suspeitará de ti, deveras ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade, não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas". A jovem respondeu; muito obrigada Mestre, farei tudo o que me recomenda. A jovem regressou a casa muito contente e entusiasmada com o projeto. Durante varias semanas Eva serviu dia sim, dia não, uma refeição especialmente preparada para a sogra, e tinha sempre presente a recomendação do velho sábio, Mestre Baltazar para evitar suspeitas. Controlava o comportamento, obedecia a sogra em tudo e tratava-a com muito carinho e cuidado como se fosse sua própria mãe.
Passado seis meses toda a família estava mudada, Eva controlava-se bem, e quase nunca se aborrecia. A D. Joana mostrava-se também muito mais amável e fácil de tratar, ao ponto de ambas serem como mãe e filha. Certo dia Eva foi procurar o Mestre Baltazar para lhe pedir ajuda novamente e disse-lhe: "Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno mate a minha sogra, pois ela transformou-se numa mulher agradável, meiga e gosto dela como se fosse minha mãe e não quero agora que ela morra”. O velho Baltazar sorriu abanou a cabeça e disse: "Filha não te preocupes, a tua sogra não mudou quem mudou foste tu. As ervas que eu te dei são medicinas para melhorar a saúde, o veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que lhe começaste a dedicar".
Existe um provérbio que diz: "A pessoa que ama os outros também será amada". Tem outro que diz: "Os nossos inimigos não são aqueles que nos os odeiam, mas aqueles que nos odiamos". Jesus resume a essência e o espírito da vida humana num ato único com duas faces inseparáveis: «O primeiro mandamento é este: Ouça, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor! E ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento e com toda a sua força. O segundo mandamento é este: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.» (Mc.12, 28-34).
 E em Mateus 7,12 Jesus declara: «Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles. Pois nisso consistem a Lei e os Profetas.»
O texto original é uma lenda de um autor desconhecido.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

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