

Temos aqui parte do relato da fuga do profeta Elias da perseguição do rei Acab, o 7º rei do reino do Norte, instigado pela sua mulher Jezabel, filha do rei de Tiro, que tinha jurado matá-lo, como desforra pelo extermínio dos sacerdotes do deus Baal (cf. 1 Re 18).
O profeta, perseguido pela sua absoluta fidelidade ao único Deus da aliança, aparece-nos numa atitude de regresso às fontes da fé, precisamente onde a aliança mosaica tinha sido firmada, «a montanha de Deus», assim chamada, pois ali Ele se revelara (cf. Ex 19).

8 «O Horeb»,
nome que é dado ao «Sinai»:
O profeta é perseguido quando desmascara as aparências que encobrem um artifício opressor. Ameaçado de morte, Elias foge. Sua fuga, porém, se transforma na busca da fonte original, que é a fé em Javé. O monte Horeb (Sinai), lugar da aliança com Deus, é o ponto de partida para se formar uma sociedade justa e fraterna. Nessa experiência do Deus libertador, o profeta descobre os próximos passos a dar: reunir as pessoas fiéis ao projeto de Javé, criar um novo quadro social, e providenciar um substituto para a sua missão. A missão profética é imperativa e supõe que a pessoa a coloque, em primeiro lugar, acima dos próprios bens, família, trabalho e interesses pessoais.

O profeta é perseguido quando desmascara as aparências que encobrem um artifício opressor. Ameaçado de morte, Elias foge. Sua fuga, porém, se transforma na busca da fonte original, que é a fé em Javé. O monte Horeb (Sinai), lugar da aliança com Deus, é o ponto de partida para se formar uma sociedade justa e fraterna. Nessa experiência do Deus libertador, o profeta descobre os próximos passos a dar: reunir as pessoas fiéis ao projeto de Javé, criar um novo quadro social, e providenciar um substituto para a sua missão. A missão profética é imperativa e supõe que a pessoa a coloque, em primeiro lugar, acima dos próprios bens, família, trabalho e interesses pessoais.
11-12 «Uma
ligeira brisa». Esta aparição divina tem certa semelhança com a que se relata em Ex 33, 21-23. Deste modo representa-se, por um lado, a imaterialidade divina, pois o Senhor não estava na «forte rajada de vento», nem no «terramoto» nem no «fogo», que não passam de sinais anunciadores da presença divina, aqual é algo que transcende estes fenómenos sensíveis tão violentos. Por outro lado, o relato pode dar a entender uma profunda lição:

A vitória de Deus sobre o mal não tem
de ser precipitada, de modo fulminante, repentina e espectacular, mas é preciso saber esperar a hora de Deus, da sua misericórdia; Elias terá de dominar o seu desespero e o seu zelo amargo, pois o Senhor diz-lhe: «desanda o teu caminho» (v. 15); Eliseu haveria de suceder-lhe para continuar e completar a sua obra

13 «Elias cobriu o rosto», numa atitude de respeito e de temor, não fosse ver a Deus e morrer (cf. Gen 16, 13; Is 6, 5).
Como procuramos o Senhor? E onde O procuramos? (1 Reis 19, 9a.11-13a)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu
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