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sábado, 3 de abril de 2010

MISTÉRIO PASCAL

Páscoa Judaica.

Pessach (Páscoa), palavra hebraica que significa passagem, transformação de vida, ou seja, sair de uma vida de escravidão para uma vida de libertação. Outra referência da Páscoa é a passagem de Deus sobre as casas dos hebreus, quando Ele exterminou os primogênitos dos egípcios, poupando e libertando seu povo. “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor”(Ex 12, 12). Nesta cerimônia os judeus atualizam os acontecimentos da noite em que Deus, através de Moisés, libertou o povo de Israel da escravidão no Egito, conduzindo-os à Terra Prometida.


Páscoa cristã.

Os cristãos celebram o mistério pascal:
da morte - ressurreição e glorificação de Jesus
Os evangelhos, principalmente os sinóticos, nos ajudam no caminho espiritual rumo a Páscoa. Mas o que diz concretamente o evangelista Marcos, no seu relato da Ressurreição? Par obtermos essa resposta buscaremos na fonte Mc 16, 1-8 e Mateus 28, 1-8 e Lc 24, 1-10. Jesus, após sua morte na cruz, foi sepultado em um túmulo novo. Ora, a lei romana dizia que um condenado à morte deveria ser devorado pelos corvos. Por sua vez, a lei judaica mandava que fosse sepultado numa fossa comum.

JESUS É REI.




O fato de Jesus ter sido sepultado num túmulo novo, talhado na rocha, e fechado com uma pedra (cf. Mc 15.42-47), é sinal de glória e honra. Sepultura digna dos nobre e reis, JESUS É REI. O sepultamento de Jesus foi às pressas, porque já era sábado, e as mulheres não puderam fazer as honras fúnebres a Jesus. Por isso, passado o sábado, no primeiro dia da semana, elas foram ao túmulo ao nascer do sol. Encontram o túmulo aberto..., alguém rolara a pedra... A pedra que era muito grande (Mc 16, 4) e já fora removida, não pelas mãos de homens, mas de outra maneira.
Ressuscitou!

Este túmulo, portanto, é sinal do triunfo da vida sobre o reino dos mortos. A vida triunfa sobre a morte. Com diz o refrão: “Ó morte onde está tua vitória Cristo ressurgiu honra e glória”.

O túmulo aberto é símbolo do triunfo da vida sobre a morte. A ausência do corpo de Cristo, portanto, não pode ser sinal nem critério da ressurreição. Não podemos basear a nossa fé em um sepulcro vazio. O simbolismo está no túmulo aberto (vida) e no túmulo fechado (morte).
Qual o comportamento das mulheres? O que fazem? Observam de longe e vêem quando rola a pedra para fechar o túmulo, feito por vários homens. Voltando para o lugar da sepultura se perguntam: “Quem rolará a pedra da entrada do túmulo para nós?” (Mc 16, 3). Elas se voltam para o passado e no passado tem um morto. Podemos procurar Jesus voltando-nos para o passado?

Está entre os vivos
O itinerário não é aquele de procurá-lo entre os mortos, mas de encontrá-lo entre os vivos, no momento presente. É o anjo de Deus que tira a preocupação das mulheres: “quem rolará a pedra?” Deus sempre providencia os seus anjos... Dentro do túmulo, as mulheres vêem um anjo à direita (vida), vestido de branco (pertence ao céu). O branco é a cor da vitória. A mensagem do anjo é no presente: “Ressuscitou, não está aqui” (Mc 16, 6). E as mulheres? As mulhres perguntam: Onde podemos encontrar Jesus? “Ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis” (Mc 7). A Galiléia é o lugar do encontro com Jesus. A presença do anjo no túmulo reforça o que as Escrituras falam: “Ressuscitou”! O que fazem as três mulheres? Tornam-se anunciadoras, missionárias do Ressuscitado. Por que três? Para que acreditassem, três testemunhas não uma só elas anunciaram aos apóstolos, mas eles não acreditaram. Para acreditar é preciso uma iluminação superior, iluminação divina: “Ele se manifestou aos onze, quando estavam à mesa e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não haviam dado crédito aos que o tinham visto ressuscitado” (Mc 16, 14).
Também nós, nesta páscoa do Senhor, somos convidados a procurá-lo entre os vivos e nos tornarmos discípulos missionários, anunciadores da Ressurreição, da vida. Nós não somos a Igreja do sepulcro vazio, mas do sepulcro aberto, que irradia a luz da ressurreição iluminando a vida nova do cristão e no Cristo, a sua fé, a sua esperança e caridade.
Devemos, sim, olhar, qual tipo de pedra está fechando o sepulcro, impedindo que a vida cristã se torne cada vez mais bonita e apaixonante, cada vez mais transparente e coerente, cada vez mais sólida e iluminada. Certo é que ainda hoje precisamos que o anjo nos diga: “Estais procurando Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou!” (Mc 16). Que a explosão do sepulcro, na noite da ressurreição, quebre em nós todas as pedras que impedem que a vida brote em plenitude e abundância.
A páscoa é a vitória do Ressuscitado sobre o antigo inimigo ( a serpente), sobre o pecado e a morte, é a antecipação daquilo que irá se manifestar na consumação dos tempos, conforme canta o livro do Apocalipse: “O império de nosso Senhor e de seu Cristo estabeleceu-se sobre o mundo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos. Graças te damos, Senhor, Deus Dominador, que és e que eras, porque assumiste a plenitude do teu poder real” (Ap 11,15.17). Portanto, louvemos ao Senhor, alegremo-nos e exultemos Nele, aleluia! Aleluia! Aleluia!
Feliz Páscoa.


É pelo Mistério Pascal que todos os homens e as mulheres são salvos e participam da vida divina. Logo, pode-se entender o Mistério Pascal o supremo sacrifí¬cio, de valor infinito, que Jesus ofereceu a Deus Pai a favor da salvação da humanidade.
Assim como a Páscoa, para os judeus, está ligada à passagem do Mar Vermelho, para os cristãos liga-se à passagem da Morte para a Vida, sentido último do Mistério Pasca.
É não mais ficar chorando pelo túmulo vazio, mas doar o tempo em testemunhar que Ele está vivo e caminha conosco.
Celebremos com alegria a verdadeira Vitória de Jesus Cristo que é a sentido último da nossa vida.
Uma FELIZ E ABENÇOADA PASCOA.
Pe. Jeová de Jesus Morais

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