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Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

domingo, 11 de julho de 2010

DÍZIMO: VIVER A PARTILHA COM AMOR E COM GENEROSIDADE.


A paróquia nossa senhora de Fátima de Uruará, Prelazia do Xingu, realizou no último final de sema dias 09 e 10, grande encontro de formação com suas lideranças.
  Tendo como objeto de estudo a pastoral do dizimo.
O encontro formativo teve 139 participantes e foi assessorado pelo professor Lídio e Ir. Terezinha Brito.
Dia 09 sexta-feira teve início ás 14hs com a oração, seguida da apresentação dos participantes e das boas vindas dada pelo pároco, que também acolheu os assessores. Às 15hs começou os estudos que estendeu por toda tarde e continuou nos sábado dia 10 até às 18hs.

A noite do dia 10 foi comemorada, com um delicioso churrasco seguido de um bom forro que foi até meia noite, os cinco anos da nova etapa da caminhada pastoral paroquial. 
Dízimo, o que é?:

A palavra “Dízimo” significa dez por cento. Ou seja, tirar um de cada dez, ou dez de cada cem, ou cem de cada mil, como gesto de graditão.
Na Bíblia, “Dízimo” tem, na maioria das vezes, um sentido religioso: se ofertar a Deus, livremente, uma parte dos bens que nós usufruímos e que gratuitamente recebemos dEle.
Por isso, para alguém poder ofertar o Dízimo primeiro precisa reconhecer que tudo que tem é dom de Deus.

 Deus libertou o povo da escravidão do Egito e lhe deu uma terra boa e espaçosa onde pode viver em liberdade e ter o seu sustento; a terra produziu suas colheitas e isto é um presente de Deus.                                                    Assim começou o Dízimo.
 A Bíblia fala dos patriarcas Abraão e Jacó os primeiros a fazer sua doação de maneira espontânea ainda não existiam preceitos nem orientações sobre dizimo. Saiu de maneira espontânea do coração deles o desejo de agradecer a Deus doando dez por cento de todos os bens.
Abraão: (Gênesis 14,18-20). Abraão foi roubado e tiraram dele tudo que possuía. Só que ele não se intimidou, reuniu seus parentes e amigos e foi atrás do que era seu. E conseguiu recuperar seus bens. Foi então que sentiu a necessidade de agradecer a Deus: Apareceu Melquisedec, chamado de “sacerdote do Deus Altíssimo”, que rezou junto com Abraão, e Abraão “lhe deu o dízimo de tudo o que possuía” como sinal de gratidão. Jacó: (Gênesis 28,20-22). Jacó teve que fugir às pressas da casa paterna, porque seu irmão Esaú prometeu que iria matá-lo. Saiu de casa sem nada e, aconselhado por sua mãe Rebeca, foi morar com seu tio Labão.
Durante a viagem parou para dormir, teve um sonho e ao acordar fez a Deus um voto ou promessa: prometeu ofertar a Deus o Dízimo de tudo que viesse a possuir durante a vida. Na hora em que prometeu não tinha nada, mas entendeu que, se tivesse alguma coisa, seria um dom de Deus e deveria agradecer e retribuir ofertando o Dízimo. Se tivesse pouco, a oferta seria pequena; se tivesse muito, a oferta seria maior.
  Para que o     dízimo?
Deuteronômio 26,12-13 diz que o Dízimo deve servir para:
a) Para sustentar a Comunidade.
b) Para ajudar os carentes.
A Bíblia fala isso com as palavras da época em que foi escrita: “Colocarás o dízimo a disposição do levita, do estrangeiro, do órfão e da viúva...” Levita era a pessoa escolhida para cuidar de todos os assuntos referentes ao culto e organização da Comunidade. Estrangeiros, órfãos e viúvas representam todos os carentes e aqueles que não têm condições de se sustentar. Um pouco antes desse texto, em Deuteronômio 26,1-11, a Bíblia nos mostra como aquele povo antigo fazia para entregar suas ofertas ou dízimos a Deus, e a oração que rezavam quando entregavam as ofertas.     
 E os primeiros cristãos.
Lendo o Novo Testamento, percebemos que a palavra “Dízimo” sumiu destes livros. Será que nas primeiras comunidades cristãs não estava implantado o Dízimo?
Os primeiros cristãos não falaram mais de Dízimo, porque eles praticavam uma partilha de bens que era muito superior ao Dízimo. Basta prestar atenção ao que nos diz o livro dos Atos dos Apóstolos:
“E todos que tinham fé viviam unidos, tendo todos os bens em comum. Vendiam as propriedades e os bens e dividiam com todos, segundo a necessidade de cada um” (Atos 2,44-45).
“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava sua propriedade o que possuía. Tudo entre eles era comum... Não havia entre eles indigentes. Os proprietários de campos ou casas vendiam e iam depositar o preço do vendido aos pés dos apóstolos. Repartia-se, então, a cada um segundo a sua necessidade” (Atos 4,32-36). Isto basta para perceber que a fé dos primeiros cristãos incluía uma partilha de bens que era muito mais do que ofertar o Dízimo. Consistia em partilhar todo o que fosse necessário para não haver indigentes ou necessitados, e parar sustentar a Comunidade. Eles acreditavam verdadeiramente que, com a Ressurreição de Jesus, tinha começado o mundo novo. E este mundo novo é viver na verdadeira fraternidade, partilha de bens e cuidado carinhoso pelos mais fracos e necessitados.
 E os cristão de hoje?
Nós, cristãos, sempre devemos encontrar na Palavra de Deus o modelo de nosso agir. Então, a Bíblia e as orientações da Igreja nos dizem:
Quem é verdadeiramente cristão é capaz de partilhar com os carentes e com a Comunidade muito mais do que o Dízimo.
Aqui queremos lembrar que “partilha” não significa apenas colaborar com dinheiro. Dinheiro é apenas uma parte dos bens que possuímos (e não é o mais importante).

Partilhar os bens significa, em primeiro lugar, ter uma grande disposição para doar ou partilhar nosso tempo, nossas qualidades, nossa inteligência, nossa vida..., a serviço do próximo e da Comunidade cristã, segundo a vocação. Se por acaso houver uma Comunidade onde todos contribuem com o Dízimo, mas não estão disponíveis para ajudar, para servir, para assumir responsabilidades, isto não serviria cristãos comprometidos com o projeto de reino:
A cooperação econômica é apenas uma parte (necessária e importante) da disponibilidade que cada membro da Igreja deve ter para colocar sua vida a serviço.
O segredo do Dízimo está em entender e em viver a partilha feita com amor e com generosidade, ter comunidades mais vivas, alegres e participativas, sermos testemunhas mais autênticas da presença do Reino de Deus entre nós. E, enfim, poder viver uma alegria semelhante à de Maria: “Feliz você que acreditou...”.

ORAÇÃO DO DIZIMISTA
Recebei, Senhor, minha oferta.
Não é uma esmola porque
não sois mendigo;
não é uma contribuição porque
não precisais;
não é o resto que me sobra
que vos ofereço.
Esta importância representa, Senhor,
meu reconhecimento, meu amor e
minha generosidade.
Pois, se tenho, é porque me deste.
Obrigado, Senhor!
AMÉM.

Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará

2 comentários:

  1. Muito legal o blog da paróquia. Bem rico em imagens e informação. Parabéns pela criatividade.

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  2. A homenagem a Dom Erwin, rica de conteúdos
    que fluem vida, gratidão e reconhecimento ao
    nosso querido pastor, muito bem colocada.
    O rico comentário do Dízimo completa o estudo feito no final de semana passado.
    Bom seria se todos pudessem ler e comentar.
    Padre Jeová, gostei muito. Parabens!

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