Quem sou eu

Minha foto
Uruará, Pará, Brazil
Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

AS PALAVRAS DE JESUS NA CRUZ

Primeira Palavra: Chegando ao lugar chamado Caveira, lá o crucificaram, bem como os malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: "Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem" (Lc 23,33-34). Esta primeira frase foi dita em forma de prece para que Deus perdoasse a ignorância daqueles que o crucificavam: os soldados romanos e a multidão que o acusava. Esta prece reflete e confirma uma exortação anterior de Jesus, quando solicitava aos seus seguidores que amassem e perdoassem seus inimigos (Mateus 5:44).
No auge do sofrimento, Cristo não perde a dimensão da fragilidade do ser humano e implora o perdão para nossos pecados.
Seu sangue derramado na cruz nos torna limpos para voltar à casa paterna. Mas nós também somos capazes de perdoar a nós mesmos e aos outros? Quando rezamos no Pai Nosso: "Perdoai-nos, assim como perdoamos", temos consciência do que pedimos. Quem não é capaz de perdoa a si mesmo, também não será capaz de perdoa o outro. Jesus ao ser crucificado recorda o Profeta Isaías: " ... pois entregou à morte a própria vida, foi contado entre os criminosos. Ele, porém, estava carregando os pecados da multidão e intercedendo pelos criminosos" (Is 53,12).
De fato, a dimensão mais profunda do amor é o perdão. Jesus ama até a morte e perdoa. Tempos atrás, na cura do paralítico (Lc 5,17-26), disse primeiro: "Homem, teus pecados estão perdoados". Essas palavras causaram um alvoroço entre os escribas e fariseus: "Quem é este que diz blasfêmias? Não é só Deus que pode perdoar pecados?" Jesus opera o milagre para comprovar que Ele realmente tem o poder divino de perdoar. São muitos os eventos narrados nos Evangelhos em que Jesus perdoa. No entanto, o perdão exige sempre conversão: mudar de vida. A mulher que os escribas e fariseus queriam apedrejar após flagrá-la em adultério (Jo 8,1-11) é salva por Jesus da morte iminente: "Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?" - "Ninguém, Senhor". E Jesus: "Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais". Em outro momento, Jesus se hospeda na casa de um pecador e mais uma vez é alvo de críticas (Lc 19,1-10). Mas Zaqueu promete reparar as injustiças cometidas contra os pobres e Jesus exclama: "Hoje a salvação entrou nesta casa (...).
Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido".
"Perdoai a nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido" rezamos no Pai Nosso. Pedimos perdão a Deus, fazendo a solene promessa de perdoarmos aos que nos ofenderam. Não é fácil realizar o que prometemos. Existem chagas que custam cicatrizar. Há violências e injustiças que deixam como saldo um mar de sofrimentos. Há infidelidades e traições que ferem profundamente o coração. Há agressões e ódios que geram abismos quase intransponíveis entre as pessoas.  No entanto, não existe quem consiga resistir eternamente à bondade e ao amor. Não há ódio que um dia não sucumba ao poder do Amor. O primeiro passo para o perdão é desarmar-se interiormente. Quem perdoa é sempre mais forte do que quem ofendeu. O perdão é que gera vida, não o ódio e a vingança! Dizem que o ódio é como o fogo: arde, queima, se alastra, arrasa, reduz a cinzas. Se o ódio é como fogo, então o perdão é como a água! Quando o fogo e a água se encontram, quem vence? O fogo? É a água que extingue as labaredas, é a água que apaga as chamas, é a água que vence o incêndio. Assim é o perdão que extingue as vinganças, é o perdão que apaga as inimizades, é o perdão que afoga as mágoas, é o perdão que vence o ódio.(Fontes: Biblia Sagrada, Erwin Kräutler, Bispo do Xingu)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

Nenhum comentário:

Postar um comentário