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Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O ANJO DO SENHOR ANUNCIOU A MARIA!

No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava, e disse: «Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você!» Ouvindo isso, Maria ficou preocupada, e perguntava a si mesma o que a saudação queria dizer. O anjo disse: «Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus. Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. E o Senhor dará a ele o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó. E o seu reino não terá fim.» Maria perguntou ao anjo: «Como vai acontecer isso, se não vivo com nenhum homem?» O anjo respondeu: «O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus. Olhe a sua parenta Isabel: apesar da sua velhice, ela concebeu um filho. Aquela que era considerada estéril, já faz seis meses que está grávida. Para Deus nada é impossível.» Maria disse: «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo a deixou. Lc. 1,26-38.
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pa - Prelazia do Xingu

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

DEUS É AMOR

«Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim para que o mundo seja salvo por meio dele. Quem acredita nele, não está condenado; quem não acredita, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus. O julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal, tem ódio da luz, e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam desmascaradas.
Mas, quem age conforme à verdade, se aproxima da luz, para que suas ações sejam vistas, porque são feitas como Deus quer.» (Jo. 316-21).
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

SÚPLICA DE UM INOCENTE PERSEGUIDO (SALMO 22).

Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Apesar de meus gritos, minha prece não te alcança! De dia eu grito, meu Deus, e não me respondes. Grito de noite, e não fazes caso de mim! E tu habitas no santuário, onde Israel te louva! Nossos antepassados confiavam em ti; confiavam, e tu os salvavas; gritavam a ti, e ficavam livres, confiavam em ti, e não se desapontaram. Quanto a mim, eu sou verme, e não homem, riso dos homens e desprezo do povo. Todos os que me vêem zombam de mim, abrem a boca e balançam a cabeça:
«Ele recorreu a Javé... Pois que Javé o salve!Que o liberte, se é que o ama de fato!»
És tu quem me tirou do ventre e me confiou aos peitos da minha mãe. Fui entregue a ti desde o nascimento, desde o ventre materno tu és o meu Deus. Não fiques longe de mim, que a angústia está perto, e não há ninguém para me socorrer. Cercam-me touros numerosos, touros fortes de Basã me rodeiam. Contra mim escancaram a boca os leões que dilaceram e rugem. Estou como água derramada, e meus ossos todos se desconjuntam. Meu coração está como cera, derretendo-se dentro de mim. Minha força secou como argila, e minha língua colou-se ao maxilar. Tu me colocas na poeira da morte. Cães numerosos me rodeiam, e um bando de malfeitores me envolve, furando minhas mãos e meus pés. Posso contar todos os meus ossos. As pessoas me observam e me encaram, entre si repartem minhas vestes, e sorteiam a minha túnica.
Tu, porém, Javé, não fiques longe! Força minha, vem socorrer-me depressa! Salva meu pescoço da espada, e a minha pessoa, das patas do cão! Arranca-me da goela do leão, faze-me triunfar dos chifres do búfalo! Vou contar tua fama aos meus irmãos, vou louvar-te no meio da assembléia: «Vocês que temem a Javé, louvem a Javé! Glorifique-o, descendência toda de Jacó! Tema-o, descendência toda de Israel!» Sim, porque ele não desprezou, não desdenhou a desgraça do pobre, nem lhe ocultou a sua face: quando gritou por socorro, ele o escutou. De ti vem o meu louvor na grande assembléia. Cumprirei meus votos na presença dos que o temem. Os pobres comerão e ficarão saciados, louvarão a Javé aqueles que o buscam:  «Que o coração de vocês viva para sempre!» Todos os confins da terra se lembrarão, e voltarão para Javé. Todas as famílias das nações se prostrarão na presença dele. Pois a realeza pertence a Javé, é ele quem governa as nações. Diante dele se prostrarão as cinzas da tumba, diante dele se curvarão os que descem ao pó. Javé me fará viver para ele, minha descendência o servirá, falará do Senhor para a geração futura, contará a justiça dele ao povo que vai nascer: tudo o que o Senhor realizou!
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Paroco de Uruará-Prelazia do Xingu

terça-feira, 4 de outubro de 2011

CONHEÇA A HISTÓRIA DO PROFETA JONAS!

1 ...Com Deus não se brinca.
1 A palavra de Javé foi dirigida a Jonas, filho de Amati, ordenando: 2 «Levante-se e vá a Nínive, a grande cidade, e anuncie aí que a maldade dela chegou até mim». 3 Jonas partiu, então, com intenção de escapar da presença de Javé, fugindo para Társis. Desceu até Jope e aí encontrou um navio de saída para Társis. Pagou a passagem e embarcou, a fim de ir com eles até Társis, para escapar assim da presença de Javé.
4 Javé, porém, mandou sobre o mar um vento forte, que provocou uma grande tempestade e ondas violentas. E o navio estava a ponto de naufragar. 5 Os marinheiros começaram a ficar com medo e a rezar cada um ao seu próprio deus. Jogaram no mar a carga que estava no navio, a fim de diminuir-lhe o peso. Jonas, porém, tinha descido ao porão do navio e, deitado, dormia a sono solto. 6 O capitão, ao chegar aonde ele estava, disse-lhe: «O que você faz aí dormindo? Levante-se e invoque o seu Deus. Quem sabe ele se lembra de nós e não nos deixa morrer».
7 Depois disseram uns aos outros: «Vamos tirar sorte para ver quem é o culpado dessa desgraça que nos está acontecendo». Tiraram a sorte, e ela caiu em Jonas. 8 Então lhe perguntaram: «Conte para nós por que é que nos está acontecendo essa desgraça. Qual é a sua profissão? De onde você vem? Qual é a sua terra? De que povo é você?» 9 Jonas respondeu: «Eu sou hebreu. Eu adoro a Javé, Deus do céu, que fez o mar e a terra».
10 Os marinheiros ficaram com medo, e lhe perguntaram: «O que foi que você fez?» Eles tinham percebido que Jonas estava fugindo da presença de Javé, pois ele próprio lhes tinha contado tudo. 11 E perguntaram: «O que é que vamos fazer com você, para que o mar se acalme?» Pois o mar estava cada vez mais bravo. 12 Jonas respondeu: «É só vocês me pegarem e me atirarem ao mar, que ele se acalmará em volta de vocês; eu sei que foi por minha causa que lhes veio essa tempestade tão violenta».
13 Os homens tentavam remar, a fim de chegar mais perto da terra firme, mas não conseguiam, pois o mar ia ficando cada vez mais agitado, ventando contra eles. 14 Então invocaram a Javé, dizendo:
 «Ah! Javé! Não queremos morrer por causa deste homem. Não lances contra nós a culpa de um sangue inocente. Tu és Javé e fazes tudo o que desejas».
15 Pegaram Jonas e o jogaram ao mar. Imediatamente o mar acalmou a sua fúria. 16 Daí para frente aqueles homens começaram a temer muito a Javé, oferecendo-lhe sacrifícios e fazendo votos.
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* 1,1-16: Jonas recusa obedecer a Javé porque Nínive, capital da Assíria, representa um dos maiores e mais encarniçados inimigos de Israel. Ele foge exatamente para a direção contrária. A tempestade, porém, lhe impede a fuga, e no curso da tumultuada viagem, sem querer, Jonas torna-se instrumento das primeiras conversões: os marinheiros invocam a Javé.
2 ...pois de Deus vem a salvação.
1 Javé enviou um peixe bem grande para que engolisse Jonas. E Jonas ficou no ventre do peixe três dias e três noites. 2 E do ventre do peixe, Jonas dirigiu a Javé, seu Deus, a seguinte oração: 3 «Na minha angústia invoquei a Javé, e ele me atendeu. Do fundo do abismo pedi tua ajuda, e ouviste a minha voz. 4 Jogaste-me nas profundezas, no coração do mar, e a torrente me envolveu. Passaram sobre mim as tuas ondas e vagas. 5 Então pensei: ‘Eu fui expulso para longe dos teus olhos; nunca mais poderei admirar a beleza do teu santo Templo?’ 6 Eu estava cercado de água até o pescoço, o abismo me rodeava, um lodo se agarrava à minha cabeça. 7 Desci até as raízes das montanhas, a terra se fechava sobre mim para sempre. Mas tu retiraste da fossa a minha vida, Javé, meu Deus! 8 Quando minhas forças se acabavam, eu me lembrei de Javé. E minha oração pôde chegar a ti, no teu santo Templo. 9 Quem segue os ídolos, abandona o amor de Javé. 10 Mas eu, entre cânticos de louvor, é a ti que presto o meu culto e com ação de graças cumpro os meus votos. A salvação pertence a Javé». 11 Então Javé mandou que o peixe vomitasse Jonas em terra firme.
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* 2,1-11: Jonas não pode fugir. Pelo contrário, é forçado a encontrar-se consigo mesmo e com Deus; a experiência é feita dentro de uma angústia mortal, figurada pelo mar e pelo ventre do peixe. Desse modo, Jonas parece aprender a lição: a salvação pertence a Javé, que a concede a quem ele quiser. A oração de Jonas é uma verdadeira síntese de trechos, cujos paralelos podem ser encontrados em vários Salmos.

3 ....Conversão contra toda expectativa.
1 A palavra de Javé foi dirigida a Jonas pela segunda vez, ordenando: 2 «Levante-se e vá a Nínive, a grande cidade, e anuncie-lhe o que vou dizer a você». 3 Jonas se levantou e foi a Nínive, conforme Javé lhe tinha ordenado. Nínive era uma cidade fabulosamente grande: tinha o comprimento de uma caminhada de três dias. 4 Jonas entrou na cidade e começou a percorrê-la, caminhando um dia inteiro. Ele dizia: «Dentro de quarenta dias, Nínive será destruída!»
5 Os moradores de Nínive começaram a acreditar em Deus, e marcaram um dia de penitência, vestindo-se todos de pano de saco, desde os maiores até os menores. 6 O fato chegou também ao conhecimento do rei de Nínive. Ele se levantou do trono, tirou o manto, vestiu um pano de saco e sentou-se em cima da cinza. 7 Mandou também publicar e anunciar aos ninivitas um decreto do rei e de seus ministros, nestes termos: «Homens, animais, gado e ovelhas não poderão comer nada, nem pastar, nem beber água. 8 Deverão vestir pano de saco, tanto homens como animais; e todos clamarão a Deus com toda a força. Cada um deverá converter-se de sua má conduta e deixar de lado toda espécie de ações violentas. 9 Quem sabe, assim, Deus volte atrás, fique com pena, apague o ardor de sua ira, e a gente consiga escapar».
10 Deus viu o que eles fizeram e como se converteram de sua má conduta; então, desistiu do mal com que os tinha ameaçado, e não o executou.
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* 3,1-10: Uma nova ordem de Javé, e dessa vez Jonas obedece. Nínive é o símbolo do mundo pagão; por isso, é apresentada com dimensões incrivelmente vastas. O profeta ainda não mudou de idéia sobre os pagãos: sua pregação só apresenta ameaças. Todavia, vemos em Nínive aquilo que nenhum profeta conseguiu em Israel: os pagãos se arrependem e se convertem, participando da penitência inclusive os animais. Como é que Deus poderia negar o perdão a essa gente mais sensata que o povo de Israel?
4 ...Deus quer salvar todos os homens.
1 Jonas ficou muito desgostoso e despeitado. 2 E rezou a Javé: «Ah! Javé! Não era justamente isso que eu dizia quando estava na minha terra? Foi por isso que eu corri, tentando fugir para Társis, pois eu sabia que tu és um Deus compassivo e clemente, lento para a ira e cheio de amor, e que voltas atrás nas ameaças feitas. 3 Se é assim, Javé, tira a minha vida, pois eu acho melhor morrer do que ficar vivo».
4 Javé respondeu-lhe: «Está certo você ficar irritado desse jeito?»
5 Jonas saiu da cidade e ficou no lado do nascer do sol. Aí fez uma cabana e sentou-se na sombra, esperando para ver o que aconteceria com a cidade. 6 O Senhor Javé fez nascer uma mamoneira, que cresceu de modo a fazer sombra sobre a cabeça de Jonas e livrá-lo de uma insolação. E Jonas ficou muito contente com essa mamoneira. 7 Então, na madrugada seguinte, Deus enviou um verme que prejudicou a mamoneira, e ela secou. 8 Quando o sol nasceu, Javé mandou um vento quente e sufocante; e o sol abrasava a cabeça de Jonas, a ponto de fazê-lo desmaiar. E Jonas tornou a pedir a morte, dizendo: «Prefiro morrer do que ficar vivo!» 9 Deus perguntou a Jonas: «Está certo você ficar com tanta raiva por causa da mamoneira?» Ele respondeu: «Sim, está certo eu ficar com raiva, a ponto de pedir a morte». 10 Javé lhe disse: «Você está com dó de uma mamoneira, que não lhe custou trabalho, que não foi você quem a fez crescer, que brotou numa noite e na outra morreu? 11 E eu, será que não vou ter pena de Nínive, esta cidade enorme, onde moram mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem distinguir a direita da esquerda, além de tantos animais?» ___________________________________
* 4,1-11: Ao invés de se alegrar, Jonas fica profundamente despeitado com a conversão dos ninivitas e com o perdão concedido a eles por Javé. Jonas parece uma criança mimada, que quer tudo para si, sem ter que repartir nada com ninguém: seu coração está fechado, e ele não consegue aceitar que Deus seja bom para os outros. Com delicadeza e até humorismo, Deus lhe dá uma lição, para que se confronte e se questione diante do seu próprio egoísmo. Todo esse final relembra de perto Lc 15,25-32.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu
 (Texo da Bíblia Ed: Pastoral da Paulus).

PAZ NA TERRA AOS HOMENS, QUE DEUS AMA!


Este é o anúncio feito pelos Anjos quando, há 2000 anos, nasceu Jesus Cristo (cf. Lc 2,14) e que ouviremos ressoar jubilosamente na noite santa de Natal, noite da solene. Deus ama todos os homens e mulheres da terra e dá-lhes a esperança de um tempo novo, um tempo de paz. O seu amor, plenamente revelado no Filho encarnado, é o fundamento da paz universal. Acolhido no mais íntimo do coração, esse amor reconcilia cada um com Deus e consigo mesmo, renova as relações entre os homens e gera aquela sede de fraternidade que é capaz de afastar a tentação da violência e da guerra. 
A todos declaro que a paz é possível.
 Há-de ser implorada como um dom de Deus, mas também, com a sua ajuda, construída dia-a-dia através das obras da justiça e do amor. Certamente são muitos e complexos os problemas que tornam árduos e tantas vezes desalentador o caminho da paz, mas esta constitui uma exigência profundamente enraizada no coração de cada homem. Por isso, não deve esmorecer a vontade de procurá-la. Na base de tal busca, há-de estar a certeza de que a humanidade, apesar de ferida pelo pecado, pelo ódio e pela violência, é chamada por Deus a formar uma única família. Este desígnio divino deve ser reconhecido e secundado, promovendo a busca de relações harmoniosas entre as pessoas e os povos, numa cultura comum de abertura ao Transcendente, de promoção do homem e de respeito pela natureza.
Com a guerra, quem perde é a humanidade.
Dentro do processo histórico a humanidade foi duramente provada por uma sequência interminável e horrenda de guerras, conflitos, genocídios, « limpezas étnicas », que causaram sofrimentos indescritíveis: milhões e milhões de vítimas, famílias e países destruídos, vagas de refugiados, miséria, fome, doenças, subdesenvolvimento, enorme perda de recursos. Na raiz de tanto sofrimento, está uma lógica de prepotência, alimentada pelo desejo de dominar e explorar os outros, por ideologias de poder ou utopia totalitária, por nacionalismos insensatos ou antigos ódios tribais.
As guerras são frequentemente causa de outras guerras, porque alimentam ódios profundos, criam situações de injustiça e espezinham a dignidade e os direitos das pessoas. Em geral, não resolvem os problemas que as motivaram; e, por isso, além de terrivelmente devastadoras, são também inúteis. Com a guerra, quem perde é a humanidade. Só na paz e com a paz é que se pode garantir o respeito da dignidade da pessoa humana e dos seus direitos inalienáveis.
No nosso tempo, têm vindo a diminuir as guerras entre os Estados.
Este fato se deve do encontro entre fé e razão, entre sentido religioso e sentido moral, daí provém um contributo decisivo para o diálogo e a colaboração entre os povos, entre as culturas e as religiões.
          Jesus, Dom de Paz!
« Paz na terra aos homens, que Deus ama! » Ao ouvirem novamente o anúncio feito pelos Anjos no céu de Belém (cf. Lc 2, 14), os cristãos lembram a encarnação com a certeza de que Jesus « é a nossa paz » (Ef 2, 14), é O dom de paz para todos os homens. As primeiras palavras que Ele dirigiu aos discípulos depois da ressurreição foram: « A paz esteja convosco » (Jo 24, 19.21.26). Veio para unir o que estava dividido, para destruir o pecado e o ódio, despertando na humanidade a vocação à unidade e à fraternidade. Ele é, pois, « o princípio e o modelo da humanidade renovada e imbuída de amor fraterno, sinceridade e espírito de paz à qual todos aspiram ».
A paz é um edifício sempre em construção.
Neste contexto, a Igreja, movida pela ardente lembrança do seu Senhor, deseja confirmar a própria vocação e missão de ser, em Cristo, « sacramento », ou seja, sinal e instrumento de paz no mundo e para o mundo. Para ela, cumprir a sua missão evangelizadora é trabalhar pela paz. « “Assim a Igreja, a único rebanho de Deus, como um sinal levantado entre as nações, oferecendo o Evangelho da paz a todo o gênero humano, peregrina em esperança rumo à meta da pátria celeste». Assim, para os fiéis católicos, a obrigação de construir a paz e a justiça não é secundária, mas essencial, e há-de ser cumprida com um coração aberto aos irmãos das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, aos crentes de outras religiões e a todos os homens e mulheres de boa vontade, com quem partilham a mesma ânsia de paz e fraternidade.
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruara
Prelazia do Xingu
Fonte: Vaticano, 8 de Dezembro do ano 1999.
IOANNES PAULUS PP. II
(1 de Janeiro de 2000, Mensagem para o Dia Mundial da Paz)

domingo, 2 de outubro de 2011

DEUS NOS AMA E ESPERA DE NÓS BONS FRUTOS.

Ó Senhor, Deus Onipotente, tudo está sujeito ao vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós criastes o céu e a terra e todas as maravilhas que estão sob o firmamento. Vós sois o Senhor do universo.
Deus Pai misericordioso criou o céu e a terra e cumulou de bens todos os homens e todas as mulheres; chegando a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, concebido de Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, para libertar-nos do pecado e da morte; e para que a salvação chegasse a todos os povos, raças e nações por todas as gerações.
E Jesus fundou a sua Igreja sobre o alicerce dos Apóstolos e os enviou por toda a terra para anunciar a Boa Nova do Reino de Deus através da Palavra e dos Sacramentos. Esta Igreja é a nova Vinha do Senhor; Jesus é a vinha e nós somos os ramos. Deus espera de nós muitos frutos.
O cântico de amor à Vinha que o Profeta entoa em Isaías 5, 1-7, uma das mais belas passagem de todo Antigo Testamento e está em plena consonância com o Evangelho da parábola dos vinhateiros homicidas, (Mateus 21, 33-43).
É comum, na Sagrada Escritura, o uso da imagem da vinha para designar o povo de Deus: Cf. Jer 2, 21; Ez 15, 1-8; 17, 3-10; 19, 10-14; Jl 1, 7; Sl 79 (80), 9-17. Este texto põe em contraste a solicitude de Deus para com o seu povo e a estéril correspondência do povo para com Deus, o que lhe causará graves conseqüências: o amor de Deus, assim como o amor dos pais, não pode ser desprezado, pois é um amor criador de tudo o que somos e temos. «Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse produz muito fruto»  (Jo 15, 5). Com estas palavras, o evangelho de João explica-nos o último, o verdadeiro êxito da história da vinha de Deus. Deus não fracassa. No final Ele vence, vence o amor. O Evangelho de Mateus com a parábola dos vinhateiros homicidas nos põe em estado atenção (Cf. Mt 21,33-43). A morte do Filho não é o fim da história, embora não seja diretamente narrada. Mas Jesus evidencia esta morte em uma nova imagem tirada do Salmoque diz:
«A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular…» (Mt 21, 42; Sl 117, 22).
Aqueles lavradores tinham uma ambição desleal. Eles eram invejosos. Não estou falando mal deles, simplesmente tento interpretar o que eles mesmos disseram: “eis o herdeiro! Matemo-lo e teremos a sua herança” (Mt 21,38). É fato que os lavradores não suspeitavam duma coisa: o filho queria fazer deles participantes da sua herança. Mas, pobres coitados! Os lavradores, que poderiam ser uns ricos herdeiros por graça do seu senhor, acabariam sendo homicidas e exterminados sem piedade. Eram uns homens miseráveis porque eram egoístas e invejosos. 
Da morte do Filho nasce a vida, forma-se um novo edifício, uma nova vinha.
Ele, que em Caná da Galiléia transformou a água em vinho, modificou o seu sangue no vinho do verdadeiro amor e assim resume o vinho no seu sangue. No cenáculo, antecipou a sua morte e transformou-a no dom de si mesmo, num ato de amor radical. O seu sangue é dom, é amor e por isso é o verdadeiro vinho que o Criador esperava. Deste modo, o próprio Cristo tornou-se a videira, e esta videira produz sempre bons frutos: a presença do seu amor por nós, que é imperecível.
Deus espera de nós frutos saborosos de justiça e boas obras. Mas só os daremos na medida da nossa união a Cristo: «Eu sou a videira, vós os ramos. Aquele que permanece em Mim e em quem Eu permaneço é que dá muitos frutos, porque, sem Mim, nada podeis fazer» (Jo 15,5). Esta vida íntima com Cristo na Igreja é alimentada pelos auxílios espirituais comuns a todos os fiéis, de modo especial, pela participação ativa na sagrada Liturgia, na Eucaristia e pela oração contínua.

Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu
Fontes: Presbiteos.com, Bento XVI, Domingo, 2 de Outubro de 2005, Biblia sagrada.