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terça-feira, 4 de outubro de 2011

PAZ NA TERRA AOS HOMENS, QUE DEUS AMA!


Este é o anúncio feito pelos Anjos quando, há 2000 anos, nasceu Jesus Cristo (cf. Lc 2,14) e que ouviremos ressoar jubilosamente na noite santa de Natal, noite da solene. Deus ama todos os homens e mulheres da terra e dá-lhes a esperança de um tempo novo, um tempo de paz. O seu amor, plenamente revelado no Filho encarnado, é o fundamento da paz universal. Acolhido no mais íntimo do coração, esse amor reconcilia cada um com Deus e consigo mesmo, renova as relações entre os homens e gera aquela sede de fraternidade que é capaz de afastar a tentação da violência e da guerra. 
A todos declaro que a paz é possível.
 Há-de ser implorada como um dom de Deus, mas também, com a sua ajuda, construída dia-a-dia através das obras da justiça e do amor. Certamente são muitos e complexos os problemas que tornam árduos e tantas vezes desalentador o caminho da paz, mas esta constitui uma exigência profundamente enraizada no coração de cada homem. Por isso, não deve esmorecer a vontade de procurá-la. Na base de tal busca, há-de estar a certeza de que a humanidade, apesar de ferida pelo pecado, pelo ódio e pela violência, é chamada por Deus a formar uma única família. Este desígnio divino deve ser reconhecido e secundado, promovendo a busca de relações harmoniosas entre as pessoas e os povos, numa cultura comum de abertura ao Transcendente, de promoção do homem e de respeito pela natureza.
Com a guerra, quem perde é a humanidade.
Dentro do processo histórico a humanidade foi duramente provada por uma sequência interminável e horrenda de guerras, conflitos, genocídios, « limpezas étnicas », que causaram sofrimentos indescritíveis: milhões e milhões de vítimas, famílias e países destruídos, vagas de refugiados, miséria, fome, doenças, subdesenvolvimento, enorme perda de recursos. Na raiz de tanto sofrimento, está uma lógica de prepotência, alimentada pelo desejo de dominar e explorar os outros, por ideologias de poder ou utopia totalitária, por nacionalismos insensatos ou antigos ódios tribais.
As guerras são frequentemente causa de outras guerras, porque alimentam ódios profundos, criam situações de injustiça e espezinham a dignidade e os direitos das pessoas. Em geral, não resolvem os problemas que as motivaram; e, por isso, além de terrivelmente devastadoras, são também inúteis. Com a guerra, quem perde é a humanidade. Só na paz e com a paz é que se pode garantir o respeito da dignidade da pessoa humana e dos seus direitos inalienáveis.
No nosso tempo, têm vindo a diminuir as guerras entre os Estados.
Este fato se deve do encontro entre fé e razão, entre sentido religioso e sentido moral, daí provém um contributo decisivo para o diálogo e a colaboração entre os povos, entre as culturas e as religiões.
          Jesus, Dom de Paz!
« Paz na terra aos homens, que Deus ama! » Ao ouvirem novamente o anúncio feito pelos Anjos no céu de Belém (cf. Lc 2, 14), os cristãos lembram a encarnação com a certeza de que Jesus « é a nossa paz » (Ef 2, 14), é O dom de paz para todos os homens. As primeiras palavras que Ele dirigiu aos discípulos depois da ressurreição foram: « A paz esteja convosco » (Jo 24, 19.21.26). Veio para unir o que estava dividido, para destruir o pecado e o ódio, despertando na humanidade a vocação à unidade e à fraternidade. Ele é, pois, « o princípio e o modelo da humanidade renovada e imbuída de amor fraterno, sinceridade e espírito de paz à qual todos aspiram ».
A paz é um edifício sempre em construção.
Neste contexto, a Igreja, movida pela ardente lembrança do seu Senhor, deseja confirmar a própria vocação e missão de ser, em Cristo, « sacramento », ou seja, sinal e instrumento de paz no mundo e para o mundo. Para ela, cumprir a sua missão evangelizadora é trabalhar pela paz. « “Assim a Igreja, a único rebanho de Deus, como um sinal levantado entre as nações, oferecendo o Evangelho da paz a todo o gênero humano, peregrina em esperança rumo à meta da pátria celeste». Assim, para os fiéis católicos, a obrigação de construir a paz e a justiça não é secundária, mas essencial, e há-de ser cumprida com um coração aberto aos irmãos das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, aos crentes de outras religiões e a todos os homens e mulheres de boa vontade, com quem partilham a mesma ânsia de paz e fraternidade.
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruara
Prelazia do Xingu
Fonte: Vaticano, 8 de Dezembro do ano 1999.
IOANNES PAULUS PP. II
(1 de Janeiro de 2000, Mensagem para o Dia Mundial da Paz)

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