Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas"(Apoc 7, 9).
Todos estão marcados na fronte, revestidos de vestes brancas, lavados no Sangue do Cordeiro (Ap 7, 4) A marca e as vestes são símbolo do Batismo, que imprime no homem, para sempre, o caráter da pertença a Cristo, e a graça renovada e aumentada pelos sacramentos e pelas boas obras.
O que se vê aí? Uma multidão. Primeiro cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos de Israel. Isto simboliza todo o Israel. Recordemos: 12 é o número do Povo do Antigo Testamento. Pois bem, 144/12=12 isto é, à o número das tribos de Israel. Deus não se cansou de chamar o povo da antiga aliança: Israel haverá de ser salvo pelo sangue de Cristo. Mas, há ainda mais:
“Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro”. Essa multidão são todos os povos da terra, chamados por Cristo, na Igreja, para a salvação, para a santificação que Deus nos oferece. Notemos bem: “uma multidão que ninguém podia contar”.
A salvação é para todos, a santidade não é para um grupinho de eleitos, para uma elite espiritual. Todos são chamados a essa vida divina que Deus quer partilhar conosco, todos são chamados à santidade! “Trajavam vestes brancas e traziam palmas nas mãos. São os que vieram da grande tribulação e lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro”.
Eis quem são os santos: aqueles que atravessaram as lutas desta vida, as tribulações desta nossa pobre existência, unidos a Cristo; são os que venceram em Cristo – por isso trazem a palma da vitória; são os que não tiveram medo de viver e, se caíram, se erraram, foram, humildemente, lavando e alvejando suas vestes no sangue precioso de Cristo: são santos não com sua própria santidade, mas com a santidade do Cristo-Deus.
Nunca esqueçamos: ninguém é santo com suas forças, ninguém é santo por sua própria santidade: só em Cristo somos santificados, pois somente Cristo derrama sobre nós o Espírito de santidade. O nosso único trabalho é lutar para acolher esse Espírito, deixando-nos guiar por ele e por ele sermos transfigurados em Cristo!
A nossa vocação é para a Santidade! É o que nos atesta São Paulo: “Foi assim que nEle nos escolheu antes da constituição do mundo, para sermos santos e imaculados diante dos seus olhos” (Ef 1, 4). “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” (1Tes. 4, 3). É essa grande multidão que ninguém poderia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que nos fala São João em Ap. 7, 2 -14. Hoje festejamos e pedimos ajuda à multidão incontável que alcançou o Céu depois de ter passado por este mundo semeando amor e alegria quase sem terem consciência disso; recordamos aqueles que, enquanto estiveram entre nós, se ocuparam talvez num trabalho semelhante ao nosso. Lutaram com dificuldades e tiveram que recomeçar muitas vezes: empregados, empregadas, comerciantes, operários, patrões, Sacerdotes, pobres mendigos, militares, professores, trabalhadores da cidade e do campo.
Pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, ou Religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que decide viver o seguimento do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para amar a Deus e servi-Lo, não é necessário fazer coisas estranhas. Cristo pede a todos os homens, sem exceção, que sejam perfeitos como o seu Pai celestial é perfeito (Mt. 5, 8). Para a grande maioria dos homens, ser santo significa santificar o seu trabalho, santificar-se no seu trabalho e santificar os outros com o seu trabalho, e assim encontrar a Deus no caminho da vida.
Portanto a vida destes acabou virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois "não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos Santos, sois da Família de Deus"(Ef 2,19).
Neste dia a Igreja faz este apelo a todos seus filhos e filhas: " O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos." "A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada" (CIC 2028).
No Céu espera-nos a Virgem Maria, para estender-nos a mão e levar-nos à presença do seu Filho e de tantos seres queridos que ali nos aguardam.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Paróquia Nossa Senhora de Fatima de Uruará, Prelazia do Xingu, Fundada em 1991 pelo Bispo D. Erwin Kräutler. Pároco: Pe. Jeová de Jesus Morais.
Quem sou eu
- Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Uruará-pa, Prelazia do Xingu
- Uruará, Pará, Brazil
- Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.
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Que santideda de vida!
ResponderExcluirQue homens devemos ser!
Pois tudo no céu e na terra o Senhor chamará.
Somos Senhor tua Igreja, que aguarda e espera sua vinda gloriosa.
Que o Senhor nos encontre em paz e santos.
Que eu seja santo, santo, santo
Pois o Senhor e santo,santo,santo.