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Uruará, Pará, Brazil
Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

E DEUS MANDASSE PARA VOCÊ UM RECADO ASSIM?


Oi, Como você acordou esta manhã?
Eu vi você e esperei pensando que falaria comigo, mesmo que fossem apenas umas poucas palavras, querendo saber minha opinião sobre alguma coisa ou mesmo Me agradecendo por algo bom que aconteceu em sua vida ontem.
Você mandou e-mails pra todos os seus amigos, mas não falou comigo... Tudo bem! Notei que você estava muito ocupado tentando encontrar uma roupa apropriada para o trabalho. Então, esperei outra vez... Quando você andou pela casa, de um lado para outro, já pronto, Eu estava lá. Seriam poucos minutos para você dizer-me "alô, Amigão!".
Mas você estava realmente muito ocupado. Como você ainda tinha 15 minutos antes de sair de casa, gastou esse tempo apenas sentado em uma cadeira, sem fazer nada! Então, Eu o vi se mexer, olhando para os seus pés que se movimentavam, e pensei que queria falar Comigo, mas você dirigiu-se ao telefone e ligou para um amigo para contar as últimas novidades. Na hora do almoço, esperei pacientemente outra vez enquanto você estava assistindo TV e comendo a sua comida.
Porém, mais uma vez você não falou Comigo!
Na hora de dormir você devia estar muito cansado, pois apenas disse boa noite para a sua família, pulou na sua cama, caiu no sono e dormiu rapidamente.
Tudo bem! Talvez você não saiba que Eu sempre estou ao seu lado, disponível.
Tenho muita paciência! Muito mais do que você possa imaginar.
Eu mesmo quero ensinar-lhe como ser paciente com as outras pessoas e como ser bom. Amo tanto você que espero todos os dias por um sinal seu, um simples inclinar de cabeça, uma oração, um pensamento ou um agradecimento. Sabe, é muito difícil uma conversa quando só existe um lado! Só um disposto a conversar.
Bem, você vai se levantar outra vez para um novo dia e mais uma vez e mais outra vez, e outra vez, sem falar comigo. E serão muitas vezes e Eu sempre estarei a esperar um oi, porque simplesmente sou seu Amigo fiel e amo você.

Eu sou Jesus de Nazaré!
Ed: do blog
Pe. Jeová de Jesus Morais
Paróco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu
No Coração da Amazônia

"BELO MONTE GUELA ABAIXO"

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) vem a público manifestar repúdio e indignação diante da emissão da "Licença de Instalação Específica” relativa à Usina Hidrelétrica Belo Monte. Fruto de inequívoco e sistemático processo de pressão política, do governo e de grupos econômicos envolvidos na construção da usina, sobre setores técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), este ato administrativo constitui-se num verdadeiro atentado à legislação brasileira.
A figura da "Licença Específica” simplesmente inexiste no aparato jurídico brasileiro. No entanto, a mesma vem sendo consumada "de fato” como uma prática recorrente do governo federal nestes últimos anos. O Cimi entende que o Poder Judiciário não deve manter-se alheio frente a essa prática do Executivo. Com a emissão dessa "Licença” sem amparo legal, aprofunda-se a necessidade e a urgência do julgamento de todas as ações judiciais que questionam a legalidade do procedimento administrativo estabelecido para "liberar” a construção da UHE Belo Monte.
Reafirmamos nossa confiança no Poder Judiciário brasileiro e entendemos que é urgente a sua manifestação e tomada de decisões no presente caso, considerando as arbitrariedades e ilegalidades perpetradas e implementadas pelo Poder Executivo do nosso país.
Depois de mais de duas décadas em que o governo militar impôs a absurda construção da hidrelétrica de Balbina, reconhecidamente um "monumento à insanidade”, o atual governo utiliza-se da mesma lógica destruidora e assassina no caso da UHE Belo Monte. Manifestamos solidariedade a todos os povos e comunidades que se contrapõe historicamente à construção de Belo Monte e reiteramos o compromisso e o apoio às suas lutas na defesa de seus direitos.
Conselho Indigenista Missionário
Brasília, 27 de janeiro de 2011

Ed: do Blog
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu
No Coração da Amzônia

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DEUS AMA VOCÊ!

Se Deus tivesse um porta retrato, seu retrato estaria nele. Se Deus tivesse uma carteira, levaria sua foto nela.
Ele te manda flores em toda a primavera! Ela te manda o nascer o sol a cada manhã!
A qualquer momento que você quiser conversar, Ele escuta. Ele pode morar em qualquer lugar do universo, mas Ele escolheu seu coração! Encare isso - Ele faz tudo por Você! Ele ama muito você!
Deus não prometeu dias sem dor, risos sem sofrimento, sol sem chuva, mas Ele prometeu força para o dia, conforto para as lágrimas e luz para o caminho. "Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro". (I João 4, 19). Mas agora precisamos amá-Lo também. Precisamos dar lugar a Jesus Cristo em nossas vidas. Precisamos acreditar nele porque Ele é a Salvação. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3,16). Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (João 3, 18).
Pe. Joevá de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu
No Coração da Amazônia

CONVERSÃO DE SÃO PAULO

Grande é o Senhor. Ele dirige os corações, como torrentes d’água. Se quer que pobres pastores sejam os primeiros a prestar homenagens ao Menino Deus, convida-os por vozes angélicas; se quer que reis de terras longínquas venham adorar o Menino em Belém, chama-os e guia-os por uma estrela; quando precisa de operários para a vinha, diz aos pobres pescadores do lago Tiberíades: “Segui-me”; se quer dar um grande Apóstolo aos gentios, despedaça o coração inquieto do jovem Saulo e transforma-o em dedicado apóstolo missionário a ponto de fazê-lo exclamar: “Vivo, porém, não eu, mas Cristo vive em mim!” E o Senhor o fez, um dos maiores santos da história do cristianismo e o chamou Paulo.

São Paulo, nos diz que era judeu, nascido na “ilustre” Tarso, na Cilícia, Ásia (At 21, 39), de pai cidadão romano (At 22, 26-28), de uma família na qual a pureza de consciência era hereditária (II Tim, 1, 3), muito apegada às tradições e observâncias dos fariseus (Fil. 3, 5-6). Como pertencia à tribo de Benjamim, foi-lhe dado o nome de Saul (Saulo), muito comum nessa tribo em memória do primeiro rei dos judeus. Ainda muito jovem foi enviado a Jerusalém para receber educação na escola do famoso mestre Gamaliel.
 De perseguidor a Apóstolo de Cristo.
Formado na tradição dos fariseus, que exageravam o cumprimento das exterioridades da lei, seu fanatismo abrasador, que nada podia moderar, iria bater de frente contra o Cristianismo nascente ou como o próprio Paulo os chamam, os seguidores do cominho. O Diante do crescimento rápido da Igreja de Jesus de Nazaré, o aumento espantoso do número dos discípulos de Cristo crucificado fez com que no coração de Saulo se abrasasse um ódio mortal aos cristãos. Apenas dois anos depois da morte de Jesus, estimulado constantemente pelo ódio dos fariseus e Respirando ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, Saulo apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com plenos poderes para trazer presos à Jerusalém todos os partidários de Jesus, homens e mulheres.
A isso comenta São João Crisóstomo: “Que males não havia feito? Havia enchido de sangue Jerusalém, matado os fiéis, afligido a Igreja, perseguido os Apóstolos, apedrejado Estêvão, e não perdoando a homem nem mulher, porque não se contentava com levá-los aos tribunais e acusá-los ante os juízes, senão que os buscava em suas casas, tirando-os delas; e, como uma fera, os arrebatava”. “Saulo, Saulo, por que me persegues?”
Entretanto, no caminho de Damasco o Senhor o esperava. “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Ele caiu diante da fulgurante luz. Um fato no mínimo curioso: é considerar que, toda a vida de Jesus foi marcada, por ameaças e perseguições, sem esquecer da sua paixão cheia de tantas inefáveis insultos, ultrajes e tormentos até a morte e morte de Cruz. Nunca o Senhor se queixou nem abriu a boca para dize: ‘Por que me persegues?’... E agora, com voz forte e estrondosa, diz a Saulo: ‘Por que me persegues?’. Como podia Saulo perseguir a Vós, Senhor, sendo ele um pobre morteal, e vós o Rei da glória, estando ele na Terra e vós no Céu? Mas, porque Saulo perseguia os eleitos de Cristo, Ele tomava por próprias as injúrias que contra seus se faziam. “Senhor, que quereis que eu faça?” Era a coerência falando. Se Aquele que lhe aparecia era o próprio Cristo, Filho de Deus, Saulo deveria, em vez de perseguir seus discípulos, entregar-se inteiramente ao seu serviço. A conversão é obra mais maravilhosa de Graça de Deus. Para Santo Agostinho, “se a ressurreição de um morto e a conversão de um pecador são obras de igual poder, a conversão é obra de maior misericórdia”. Realmente, vemos na conversão de São Paulo uma realidade absolutamente divina, pois é milagre na ordem da graça que uma pessoa impregnada de pecados, e com disposições completamente antagônicas, se converta de uma hora para a outra, sem ter sido preparada antes por ações contrárias a essas práticas e disposições tão maléficas. Levou o nome de Cristo por todas as nações da Terra. Durante sua vida apostólica, Paulo foi açoitado, acorrentado e preso sete vezes; três vezes sofreu o naufrágio, e numa delas só se salvou agarrado a um destroço do navio durante um dia e uma noite. Muitas vezes foi perseguido pelos judeus e teve que furgir para salvar a sua vida, sofreu fome e sede por amor de Cristo. Mas nunca desistiu de anunciar a fé em Jesus Cristo e em sua paixão morte e ressurreição. Ao final da vida São Paulo pôde afirmar: “Combati o bom combate, percorri a carreira inteira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça que me dará o Senhor, justo Juiz, naquele dia” (II Tim, 4, 7-8).
(Atos dos Apóstolos 22, 3-16)       
Naqueles dias, Paulo disse ao povo: «Eu sou judeu e nasci em Tarso da Cilícia.
Fui, porém, educado nesta cidade de Jerusalém e recebi na escola de Gamaliel uma formação estritamente fiel à Lei dos nossos pais. Era tão zeloso no serviço de Deus, como vós todo sois hoje.
Persegui até à morte esta nova religião, algemando e metendo na prisão homens e mulheres, como podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todo o Senado.
Recebi até, da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco e para lá me dirigi, com a missão de trazer algemados os que lá estivessem, a fim de serem castigados em Jerusalém.
Sucedeu, porém, que, no caminho, ao aproximar-me de Damasco, por volta do meio-dia, de repente brilhou ao redor de mim uma intensa luz vinda do Céu. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, porque Me persegues?’. Eu perguntei: ‘Quem és Tu, Senhor?’. E Ele respondeu-me: ‘Eu sou Jesus Nazareno, a quem tu persegues’.
Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz que me falava.
Então perguntei: ‘Que hei de fazer, Senhor?’. E o Senhor disse-me: ‘Levanta-te e vai a Damasco lá te dirão tudo o que deves fazer’.
Como eu deixei de ver, por causa do esplendor daquela luz, cheguei a Damasco guiado pelas mãos dos meus companheiros. Entretanto, veio procurar-me certo Ananias, homem piedoso segundo a Lei e de boa fama entre todos os judeus que ali viviam.
Ele veio ao meu encontro e, ao chegar junto de mim, disse-me: ‘Saulo, meu irmão, recupera a vista’. E, no mesmo instante, pude vê-lo. Ele acrescentou: ‘O Deus dos nossos pais destinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e ouvires a voz da sua boca.
Tu serás sua testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste.
Agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome’».
A conversão de São Paulo é celebrada dia 25 de janeiro.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu
No Coração da Amazônia

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

APENAS EMPURRE

Uma noite, um homem estava dormindo em sua cabana quando de repente Seu quarto ficou cheio de luz e Deus lhe apareceu. O Senhor disse ao homem o trabalho que ele deveria fazer para Ele e mostrou-lhe uma grande rocha na frente de sua cabana.  O Senhor explicou que o homem deveria empurrar a rocha com toda a sua força. O homem então o fez, dia após dia. Por muitos anos ele pelejou de sol a sol; com seus ombros escorados na fria e maciça superfície da rocha imóvel, empurrando-a com toda a sua força.  A cada noite o homem retornava à sua cabana aborrecido e sem roupa, sentindo que havia gasto todo o seu dia em vão. Desde que o homem mostrou-se desencorajado, o adversário (Satanás) decidiu entrar em cena colocando pensamentos em sua mente desgastada. - Você tem empurrado essa rocha por tanto tempo, e ela ainda nem sequer se moveu.
Isso dava ao homem a impressão de que sua tarefa era impossível e que ele era um fracasso. Esses pensamentos desencorajavam e desanimavam o homem. - Por que eu vou me matar tentando fazer isso? Ele pensou. Eu farei apenas o possível, colocando o mínimo esforço e isso será suficiente.
E era o que ele planejava fazer, até que um dia ele decidiu fazer disso um alvo de oração e levar os seus pensamentos atribulados ao Senhor.
- Senhor, ele disse, eu tenho trabalhado duro e por muito tempo em Teu serviço, colocando toda a minha força pra fazer aquilo que o Senhor me mandou.
Entretanto, após todo esse tempo eu não consegui mover essa rocha por nem um milímetro. O que está errado? Por que eu tenho falhado?. O Senhor respondeu com compaixão:
- Meu filho, quando eu lhe disse para me servir e você aceitou, eu disse que tua tarefa seria empurrar a rocha com toda a tua força, e é o que você tem feito.  Eu nunca sequer mencionei que eu esperava que você a movesse. Tua tarefa era empurrá-la. E agora você vem a mim após todo o teu esforço, pensando que você falhou. Mas será isso realmente verdade? Olhe para si mesmo. Teus braços estão fortes e musculosos, tuas costas estão enrijecidas e bronzeadas, tuas mãos estão calejadas pela pressão constante, tuas pernas se tornaram musculosas e firmes. Pela oposição você cresceu muito e agora tuas habilidades superam o que você era antes. Ainda assim, você não moveu a rocha, mas teu chamado foi para ser obediente e empurrar, exercitando tua fé e confiança na minha sabedoria. E isso foi o que você fez. Agora, meu amigo, Eu mesmo moverei a rocha.
Às vezes, quando ouvimos uma palavra de Deus, nós tendemos a usar nosso próprio intelecto pra decifrar o que Ele quer, quando na verdade o que Ele deseja é apenas nossa obediência e fé Nele. Em todos os sentidos, exercite a fé que remove montanhas, mas saiba que continua sendo
Deus quem as move.
Quando tudo parecer estar errado, apenas empurre e deixe Deus mover!
Quando o trabalho te deixar pra baixo, apenas confie em Deus!
Quando as pessoas não agirem da maneira que deveriam, apena entregue nas mãos de Deus!
Quando as pessoas não compreenderem você, apenas procure compreender as pessoas!
Autor desconhcido.
Pub. e Ed:
Pe.Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
No Coração Da Amazônia

CREIO

Creio em Deus-Paio, todo poderoso, criador do céu e da terra e em Jesus Cristo seu único filho, Nosso Senhor que foi concebido pelo poder do Espírito Santo nasceu da Virgem Maria Padeceu sob Poncio PilatosFoi crucificado, morto e sepultado desceu a mansão dos mortos ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus está sentado à direita de Deus Pai de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírioto Santo, na Santa Igreja Católica na comunhão dos Santos. Na remissão dos pecados na ressurreição da carne na vida eterna
Amem.
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
No Coração da Amazônia

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

QUESTÃO DE TEMPO

Questão de tempo Chuvas despencam em volume espantoso sobre áreas do Sudeste, fazendo mais de duas centenas de mortos só na Região Serrana do Rio. Na Austrália, vive-se a maior enxurrada em 120 anos. O Ibama passa por mais uma crise — a terceira — provocada pela exigência de licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte. Assuntos separados? Não, partes da mesma insensatez.
Os cientistas estão avisando há tempos que os fenômenos naturais, que sempre estiveram conosco, como tempestades e secas, vão acontecer com mais frequência e com mais intensidade.
No ano passado, o caudaloso, abundante e aparentemente infinito Rio Negro, na Amazônia, enfrentou uma seca que o transfigurou. As imagens que chegavam de seu leito seco em algumas áreas eram inacreditáveis para quem já o viu na cheia.
Como outros rios amazônicos, ele tem oscilações fortes de volume de água, mas o extremo a que chegou na seca do ano passado foi impressionante. Anos atrás, uma seca na Amazônia exibiu o solo da região mais úmida do Brasil rachada como se fosse o Nordeste. É nessa região que o governo pretende construir a maioria das 61 novas usinas hidrelétricas, que, segundo matéria publicada no GLOBO, vão provocar o desmatamento de 5.300 km de florestas só nas áreas dos reservatórios e das linhas de transmissão. Uma dessas usinas é a mais emblemática e mais polêmica: a hidrelétrica de Belo Monte.
Ontem, o presidente do Ibama, Abelardo Bayma, pediu demissão alegando motivos pessoais, mas a informação do Blog Político da “Época” é que ele saiu por discordar da licença de Belo Monte. Já houve outros episódios de desabamento no Ibama por causa da mesma hidrelétrica.As cidades brasileiras não estão preparadas para o momento atual, o que dirá do futuro que os climatologistas prenunciam e alertam. A arquiteta e urbanista da Unicamp Andrea Ferraz Young me disse ontem que tudo foi feito errado no passado na ocupação do espaço urbano: — Nunca foi considerado o funcionamento do sistema de margens dos rios e das várzeas, a vegetação foi suprimida sem planejamento. Toda a lógica das bacias e microbacias foram ignoradas. As margens dos rios que deveriam ter matas ciliares foram cimentadas e concretadas. Os rios que serpenteavam foram transformados em canais retos. As galerias foram mal dimensionadas. O lixo obstrui tudo. Aí, quando vem a chuva, o solo não consegue absorver a água, e aumenta o volume que cai nos canais, que eram rios. Por não ter obstáculos, a água corre com mais velocidade e se transforma em enxurrada. Ela acha que diante do aviso dos climatologistas de maior intensidade dos eventos extremos, é preciso repensar seriamente o espaço urbano. Uma das ideias mais óbvias e de mais difícil execução é a remoção de quem mora em área de risco: 
— É preciso criar dentro das cidades áreas verdes para que o solo possa absorver a água, reduzindo o impacto da chuva, e, nas secas, elevar a umidade dos centros urbanos.
Tudo parece simples e é adiado. Só que o país corre contra o tempo. 
A Austrália parece um espelho avançado dos riscos que corremos com as mudanças climáticas. Teve quatro anos de secas extremas, consideradas as piores da história do país. Agora tem uma enchente que provocou em algumas áreas fenômenos chamados de “tsunami interno”. Brisbane, a terceira maior cidade do país, ficou submersa. O prejuízo já se conta em bilhões de dólares e o governo alerta que a população se prepare para o pior. É neste contexto global de mudança do regime hidrológico que se pensa em construir às pressas e a manu militari hidrelétricas na nossa parte da maior floresta tropical do planeta. Belo Monte para ser construída terá que acabar com o que é hoje chamado de a Grande Volta do rio Xingu. Vai remover mais terra do que o necessário para fazer o Canal do Panamá. Terá uma instabilidade já prevista de geração de energia.
A capacidade instalada será de 11 mil megawatts, na média pode ser de 4.000, se tanto. Mas pode-se chegar a apenas mil megawatts em alguns períodos do ano. Não estão bem dimensionados os custos fiscais, o governo estatizou o risco econômico através das empresas, do financiamento e dos fundos de pensão. Já os riscos ambientais não podem ser devidamente avaliados porque cada vez que o Ibama tenta fazer isso rolam cabeças. Foi assim que aconteceu em dezembro de 2009 com o então diretor de licenciamento Sebastião Custódio Pires e com o coordenador de infraestrutura e energia Leonildo Tabaja. Logo depois, em janeiro de 2010, o Ibama foi chamado à Casa Civil e enquadrado. Que o licenciamento saísse. Publiquei aqui neste espaço no dia 17 de abril, na coluna “Ossos do Ofício”, a reprodução dos documentos em que o Ibama foi simplesmente atropelado para dar a licença prévia. Agora querem a licença de instalação da mesma forma. A construção de Belo Monte enfrenta oito ações do Ministério Público.
Que país é este, que mesmo diante dos alertas da Natureza de que todos os riscos ambientais precisam ser bem avaliados porque o clima está mudando de forma acelerada, acha que se deve soterrar as dúvidas com uma barragem de autoritarismo? Que país é este, que acha que pode continuar ocupando o espaço urbano sem planejamento, não corrigir os erros do passado e contratar a repetição de tragédias?  Ontem, o Bom Dia Brasil mostrou que moradores estão voltando a morar no Morro do Bumba, em Niterói, que desabou porque era uma favela feita sobre um lixão. Que país canta “Às margens do Ipiranga”, mas soterra o Ipiranga sobre concreto, como fez com inúmeros outros rios, córregos, riachos? Se você mora em tal país, está na hora de exigir que ele comece a mudar. É uma questão de tempo.
 Autores:
 Míriam Leitão e Alvaro Gribel - 13.01.2011 | 15h00m
Jornal o GLOBO- rio de janeiro 13 jan 11
http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/01/13/questao-de-tempo-356318.asp

Ed do Blog:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
No Coração da Amazônia

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

HISTÓRIA DA VIDA E MARTÍRIO DE SÃO SEBASTIÃO

Sebastião nasceu em Narbônia, na Gália, atual França, mas foi criado por sua mãe em Milão, na Itália, de acordo com os registros de Santo. Ambrósio,  pertencente a uma família cristã, foi batizado ainda pequenino. Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador Diocleciano, que até então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração convicto e protetor ativo dos cristãos. A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao Imperador, que este o nomeou comandante desua guarda pessoal. Nessa elevada posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma. Visitava com freqüência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras e dádiva, consolava e animava os cristãos perseguidos, presos e condenados à morte. Ele fazia tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio foram convertidos por ele. Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Enquanto o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiu-se traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos.
O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram para que sangrasse até a morte.  À noite, Irene, mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado.
Diocleciano ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma. Uma piedosa mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje. Naquela ocasião, uma terrível peste assolava Roma, vitimando muitas pessoas. Entretanto, tal epidemia simplesmente desapareceu a partir do momento da transladação dos restos mortais desse mártir, que passou a ser venerado como o padroeiro contra a peste, fome e guerra.
As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande santo. São Sebastião é também muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o têm como padroeiro, entre elas, o Rio de Janeiro, Altamira no Pará e várias comunidades na paróquia Nossa Senhora de Fátima em Uruará - Pa.
Protetor contra peste, fome e guerras. Data de comemoração dia  20 de Janeiro
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará

O CÂNTICO DE ANA

«Meu coração se alegra com Javé, em Deus me sinto cheia de força. Agora, que eu possa responder aos meus inimigos, pois me sinto feliz com tua salvação. Ninguém é santo como Javé, não existe Rocha como o nosso Deus. Não multipliquem palavras soberbas, nem saia arrogância da boca de vocês, porque Javé é um Deus que sabe, é ele quem pesa as ações. O arco dos poderosos é quebrado, e os fracos são fortalecidos. Os saciados se empregam por comida, enquanto os famintos engordam com despojos.
A mulher estéril dá à luz sete filhos, e a mãe de muitos filhos se esgota. Javé faz morrer e faz viver, faz descer ao abismo e dele subir. Javé torna pobre e torna rico, ele humilha e também levanta. Ele ergue da poeira o fraco e tira do lixo o indigente, fazendo-os sentar-se com os príncipes e herdar um trono glorioso; pois a Javé pertencem as colunas da terra, e sobre elas ele assentou o mundo. Ele guarda o passo de seus fiéis, enquanto os injustos perecem nas trevas - pois não é pela força que o homem triunfa. Javé derrota seus adversários, o Altíssimo troveja lá do céu. Javé julga os confins da terra. Ele dá força ao seu rei e aumenta o poder do seu ungido».
(Primeiro livro de Samuel 2, 1 – 10).
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
No Coração da Amazônia

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