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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

CONVERSÃO DE SÃO PAULO

Grande é o Senhor. Ele dirige os corações, como torrentes d’água. Se quer que pobres pastores sejam os primeiros a prestar homenagens ao Menino Deus, convida-os por vozes angélicas; se quer que reis de terras longínquas venham adorar o Menino em Belém, chama-os e guia-os por uma estrela; quando precisa de operários para a vinha, diz aos pobres pescadores do lago Tiberíades: “Segui-me”; se quer dar um grande Apóstolo aos gentios, despedaça o coração inquieto do jovem Saulo e transforma-o em dedicado apóstolo missionário a ponto de fazê-lo exclamar: “Vivo, porém, não eu, mas Cristo vive em mim!” E o Senhor o fez, um dos maiores santos da história do cristianismo e o chamou Paulo.

São Paulo, nos diz que era judeu, nascido na “ilustre” Tarso, na Cilícia, Ásia (At 21, 39), de pai cidadão romano (At 22, 26-28), de uma família na qual a pureza de consciência era hereditária (II Tim, 1, 3), muito apegada às tradições e observâncias dos fariseus (Fil. 3, 5-6). Como pertencia à tribo de Benjamim, foi-lhe dado o nome de Saul (Saulo), muito comum nessa tribo em memória do primeiro rei dos judeus. Ainda muito jovem foi enviado a Jerusalém para receber educação na escola do famoso mestre Gamaliel.
 De perseguidor a Apóstolo de Cristo.
Formado na tradição dos fariseus, que exageravam o cumprimento das exterioridades da lei, seu fanatismo abrasador, que nada podia moderar, iria bater de frente contra o Cristianismo nascente ou como o próprio Paulo os chamam, os seguidores do cominho. O Diante do crescimento rápido da Igreja de Jesus de Nazaré, o aumento espantoso do número dos discípulos de Cristo crucificado fez com que no coração de Saulo se abrasasse um ódio mortal aos cristãos. Apenas dois anos depois da morte de Jesus, estimulado constantemente pelo ódio dos fariseus e Respirando ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, Saulo apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com plenos poderes para trazer presos à Jerusalém todos os partidários de Jesus, homens e mulheres.
A isso comenta São João Crisóstomo: “Que males não havia feito? Havia enchido de sangue Jerusalém, matado os fiéis, afligido a Igreja, perseguido os Apóstolos, apedrejado Estêvão, e não perdoando a homem nem mulher, porque não se contentava com levá-los aos tribunais e acusá-los ante os juízes, senão que os buscava em suas casas, tirando-os delas; e, como uma fera, os arrebatava”. “Saulo, Saulo, por que me persegues?”
Entretanto, no caminho de Damasco o Senhor o esperava. “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Ele caiu diante da fulgurante luz. Um fato no mínimo curioso: é considerar que, toda a vida de Jesus foi marcada, por ameaças e perseguições, sem esquecer da sua paixão cheia de tantas inefáveis insultos, ultrajes e tormentos até a morte e morte de Cruz. Nunca o Senhor se queixou nem abriu a boca para dize: ‘Por que me persegues?’... E agora, com voz forte e estrondosa, diz a Saulo: ‘Por que me persegues?’. Como podia Saulo perseguir a Vós, Senhor, sendo ele um pobre morteal, e vós o Rei da glória, estando ele na Terra e vós no Céu? Mas, porque Saulo perseguia os eleitos de Cristo, Ele tomava por próprias as injúrias que contra seus se faziam. “Senhor, que quereis que eu faça?” Era a coerência falando. Se Aquele que lhe aparecia era o próprio Cristo, Filho de Deus, Saulo deveria, em vez de perseguir seus discípulos, entregar-se inteiramente ao seu serviço. A conversão é obra mais maravilhosa de Graça de Deus. Para Santo Agostinho, “se a ressurreição de um morto e a conversão de um pecador são obras de igual poder, a conversão é obra de maior misericórdia”. Realmente, vemos na conversão de São Paulo uma realidade absolutamente divina, pois é milagre na ordem da graça que uma pessoa impregnada de pecados, e com disposições completamente antagônicas, se converta de uma hora para a outra, sem ter sido preparada antes por ações contrárias a essas práticas e disposições tão maléficas. Levou o nome de Cristo por todas as nações da Terra. Durante sua vida apostólica, Paulo foi açoitado, acorrentado e preso sete vezes; três vezes sofreu o naufrágio, e numa delas só se salvou agarrado a um destroço do navio durante um dia e uma noite. Muitas vezes foi perseguido pelos judeus e teve que furgir para salvar a sua vida, sofreu fome e sede por amor de Cristo. Mas nunca desistiu de anunciar a fé em Jesus Cristo e em sua paixão morte e ressurreição. Ao final da vida São Paulo pôde afirmar: “Combati o bom combate, percorri a carreira inteira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça que me dará o Senhor, justo Juiz, naquele dia” (II Tim, 4, 7-8).
(Atos dos Apóstolos 22, 3-16)       
Naqueles dias, Paulo disse ao povo: «Eu sou judeu e nasci em Tarso da Cilícia.
Fui, porém, educado nesta cidade de Jerusalém e recebi na escola de Gamaliel uma formação estritamente fiel à Lei dos nossos pais. Era tão zeloso no serviço de Deus, como vós todo sois hoje.
Persegui até à morte esta nova religião, algemando e metendo na prisão homens e mulheres, como podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todo o Senado.
Recebi até, da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco e para lá me dirigi, com a missão de trazer algemados os que lá estivessem, a fim de serem castigados em Jerusalém.
Sucedeu, porém, que, no caminho, ao aproximar-me de Damasco, por volta do meio-dia, de repente brilhou ao redor de mim uma intensa luz vinda do Céu. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, porque Me persegues?’. Eu perguntei: ‘Quem és Tu, Senhor?’. E Ele respondeu-me: ‘Eu sou Jesus Nazareno, a quem tu persegues’.
Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz que me falava.
Então perguntei: ‘Que hei de fazer, Senhor?’. E o Senhor disse-me: ‘Levanta-te e vai a Damasco lá te dirão tudo o que deves fazer’.
Como eu deixei de ver, por causa do esplendor daquela luz, cheguei a Damasco guiado pelas mãos dos meus companheiros. Entretanto, veio procurar-me certo Ananias, homem piedoso segundo a Lei e de boa fama entre todos os judeus que ali viviam.
Ele veio ao meu encontro e, ao chegar junto de mim, disse-me: ‘Saulo, meu irmão, recupera a vista’. E, no mesmo instante, pude vê-lo. Ele acrescentou: ‘O Deus dos nossos pais destinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e ouvires a voz da sua boca.
Tu serás sua testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste.
Agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome’».
A conversão de São Paulo é celebrada dia 25 de janeiro.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu
No Coração da Amazônia

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