Celebramos a Instituição do Sacramento da Eucaristia. Jesus, desejoso de deixar aos homens um sinal da sua presença antes de morrer, instituiu a eucaristia. Na Quinta-feira Santa, destacamos dois grandes acontecimentos: Bênção dos Santos Óleos e a Instituição da Eucaristia com a Cerimônia do Lava-pés
Bênção dos Santos Óleos!
O ungido por excelência é o Messias, o Cristo, que é o Rei, o Sumo Sacerdote e o Profeta. Símbolo da alegria e da beleza, sinal de consagração, o óleo é também o ungüento que alivia as dores e que fortalece os lutadores, tornando-os mais ágeis e menos vulneráveis.
Óleo do Crisma: Uma mistura de óleo e bálsamo, é um óleo perfumado utilizado nas unções dos seguintes sacramentos: depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte; na Confirmação ou Crisma é o símbolo principal da cerimônia, também na fronte; depois da ordenação sacerdotal, na palma das mãos do néo-sacerdote e na Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo. Também é usado em outros ritos consacratórios, como na dedicação de uma Igreja, na consagração de um altar, quando o Santo Crisma é espalhado sobre o altar e sobre as cruzes de consagração que são colocadas nas paredes laterais das igrejas dedicadas (consagradas). Em todos estes casos, o Santo Crisma recorda a vinda do Espírito Santo que penetra as pessoas como o óleo impregna a cada um deles que o toca. Ele faz com que pessoas sejam ungidas com a unção real, sacerdotal e profética de Jesus Cristo.
Óleo dos Catecúmenos:
Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no neófito, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito.
Óleo dos Enfermos:
É usado no sacramento dos enfermos. Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus
Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés. O lava-pés era muito usado no tempo de Jesus e até mesmo antes do seu nascimento. Era um trabalho humilde, feito por escravos, que consistia em lavar os pés dos patrões da casa e de daqueles que chegavam de viagem. Não raro, esse trabalho era considerado humilhante. Jesus, ao realizar este gesto, coloca-se como escravo, o que fez Pedro reagir diante de Jesus não querendo admitir, de modo algum, que o Mestre se rebaixasse como escravo diante dele. Olhando o conceito que as pessoas, do tempo de Jesus, tinham desse gesto do lava-pés, compreendemos o alcance e o significado do gesto de Jesus. Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores. Nesta missa faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa ocorre a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia. No final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento ao altar da igreja para uma capela, onde se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda a noite.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu
Nenhum comentário:
Postar um comentário