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Uruará, Pará, Brazil
Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

A Igreja celebra no dia 1 de Novembro a solenidade de Todos os Santos. Este é um costume que vem desde os primeiros séculos, praticado pelos primeiros cristãos em memória e honra dos mártires, por isto hoje a Igreja convida-nos a fazermos memória destes grandes testemunhos e exemplos de fé, esperança e caridade.
Na verdade é um convite a olharmos para o Alto. Pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação." Esta festa fala-nos do mundo invisível que os olhos não alcançam mas que sabemos pela fé ser uma realidade. Cremos que as multidões dos santos que já estão reunidas ao redor de Jesus e de Maria, no Paraíso, formam a igreja do Céu, onde, na eternidade feliz, vêm a Deus como Ele é.
Todos os cristãos são chamados à santidade: 'Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito' "(Mt 5,48) (CIC 2013). É realmente uma festa de família para o Povo de Deus. "não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus" (Ef 2,19). Ao mesmo tempo que nos regozijamos com os nossos irmãos que já estão na glória sentimos o parentesco que nos une não apenas com todos quantos foram batizados em Cristo mas também com os nossos antepassados do A.T. que hoje gozam de Deus no céu. Apocalipse 7, 2-4.9-14 apresentar «uma multidão imensa que ninguém pode contar» dos fiéis «os santos» na posse da felicidade eterna. Depois da «grande tribulação» o Senhor os acolhe dando-lhe um grande prémio. É a festa da esperança. O pensamento do céu, nossa verdadeira pátria, (cfr. Heb 13, 14) dá mais seriedade aos nossos pensamentos e traz mais calma para as nossas vidas fazendo-nos viver na intimidade dos que vivem no além a quem rezamos e que por nós intercedem.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

SALMO 15 (14)

Javé, quem pode hospedar-se em teu santuário e habitar em teu monte santo? Quem age na integridade e pratica a justiça, quem fala sinceramente o que pensa e não usa a língua para caluniar; quem não prejudica seu próximo, e não difama seu vizinho; quem despreza o injusto, e honra os que temem a Javé; quem sustenta o que jurou, mesmo com prejuízo seu; quem não empresta dinheiro com juros, nem aceita suborno contra o inocente. Quem age desse modo, jamais será abalado!
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A LINGUAGEM DA CRUZ

Pois a linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem. Mas, para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus. Pois a Escritura diz: «Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes.» Onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o argumentador deste mundo? Por acaso, Deus não tornou louca a sabedoria deste mundo? De fato, quando Deus mostrou a sua sabedoria, o mundo não reconheceu a Deus através da sabedoria. Por isso através da loucura que pregamos, Deus quis salvar os que acreditam.
Os judeus pedem sinais e os gregos procuram a sabedoria; nós, porém, anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos. mas, para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, ele é o Messias, poder de Deus e sabedoria de Deus. A loucura de Deus é mais sábia do que os homens e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Portanto, irmãos, vocês que receberam o chamado de Deus, vejam bem quem são vocês: entre vocês não há muitos intelectuais, nem muitos poderosos, nem muitos de alta sociedade. Mas, Deus escolheu o que é loucura no mundo, para confundir os sábios; e Deus escolheu o que é fraqueza no mundo, para confundir o que é forte. E aquilo que o mundo despreza, acha vil e diz que não tem valor, isso Deus escolheu para destruir o que o mundo pensa que é importante. Desse modo, nenhuma criatura pode se orgulhar na presença de Deus. Ora, é por iniciativa de Deus que vocês existem em Jesus Cristo, o qual se tornou para nós sabedoria que vem de Deus, justiça, santificação e libertação, a fim de que, como diz a Escritura: «Aquele que se gloria, que se glorie no Senhor». (1Cor. 1,18-31)
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Prelazia do Xingu

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SALMO 25 (24)

A ti, Javé, elevo a minha alma. Em ti confio, meu Deus. Que eu não fique envergonhado, e meus inimigos não triunfem sobre mim! Os que em ti esperam não ficam envergonhados; ficam envergonhados todos os traidores. Mostra-me os teus caminhos, Javé, ensina-me as tuas veredas. Guia-me com tua verdade. Ensina-me, pois tu és o meu Deus salvador, e em ti espero o dia todo. Javé, lembra-te da tua compaixão e do teu amor, que existem desde sempre. Não te lembres de meus desvios, nem dos pecados da minha juventude.
 Lembra-te de mim, conforme o teu amor, por causa da tua bondade, Javé. Javé é bondade e retidão, e aponta o caminho aos pecadores. Ele encaminha os pobres conforme o direito, e ensina aos pobres o seu caminho. As veredas de Javé são todas amor e verdade, para os que guardam sua aliança e seus preceitos. Javé, por causa do teu nome, perdoa a minha falta, que é grande. Existe alguém que teme a Javé? Javé o instrui sobre o caminho a seguir: ele viverá feliz, e sua descendência possuirá a terra. O segredo de Javé se revela para aqueles que o temem, e lhes dá a conhecer a sua aliança. Meus olhos estão sempre voltados para Javé, pois ele tira da armadilha os meus pés.Volta-te para mim, tem piedade de mim, pois estou solitário e infeliz. Alivia as angústias do meu coração, tira-me das minhas aflições. Olha a minha fadiga e miséria, e perdoa os meus pecados todos. Vê meus inimigos que se multiplicam e me detestam com ódio mortal. Guarda-me a vida! Liberta-me! Que eu não fique envergonhado por abrigar-me em ti! Que a integridade e retidão me preservem, pois em ti espero, Javé! Ó Deus, resgata Israel de todas as suas angústias!
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

JESUS CONDENA A HIPOCRISIA.

Jesus critica e condena as atitudes dos líderes religiosos que sustentam um sistema formalista e hipócrita: “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós porém não entrais, nem deixais entrar aqueles que o desejam. Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós. Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo Templo, não vale; mas, se alguém jura pelo ouro do Templo, então vale!’ Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o Templo que santifica o ouro?Vós dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale!’ Cegos! O que vale mais: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. E quem jura pelo Templo, jura por ele e por Deus que habita no Templo. E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado”. (Mateus 23,13-22). Essa gente não consideram o Reino de Deus como dom, nem respeitam a liberdade dos filhos e filhas de Deus. Tal sistema impede de entrar no Reino, pois não leva à conversão, mas à perversão, e destrói o verdadeiro espírito das Escrituras, chegando a matar até mesmo os enviados de Deus. Jesus mostra que a religião formalista e legalista não é meio de salvação, mas produz prática escravizadora; portanto, é frontalmente oposta àquela que deve ser vivida pela comunidade cristã.
O Povo de Israel foi o primeiro povo escolhido por Deus para acolher o Seu Filho Primogênito.
No entanto, diante de Jesus de Nazaré, as autoridades e os lideres religiosos juntamente com os seus seguidores, o rejeitou! Um exemplo é o que nos relata o evangelho de São João em 7,14-24, Cf também Jo 9: "Quando a festa já estava pelo meio, Jesus foi ao Templo e começou a ensinar. As autoridades dos judeus ficaram admiradas e diziam: «Como é que esse homem tem tanta instrução, se nunca estudou?» Então Jesus respondeu: «Minha doutrina não vem de mim, mas daquele que me enviou. Se alguém está disposto a fazer a vontade de Deus, ficará sabendo se minha doutrina vem de Deus, ou se falo por mim mesmo. Quem fala por si mesmo, busca seu próprio prestígio. Mas quem busca o prestígio daquele que o enviou, é verdadeiro, e nele não há falsidade. Não foi Moisés quem deu a Lei para vocês? No entanto, nenhum de vocês obedece à Lei. Por que é que vocês me querem matar?» A multidão respondeu: «Estás louco! Quem é que está querendo te matar?» Jesus respondeu: «Eu fiz só uma coisa, e todos vocês ficam admirados. Moisés mandou fazer a circuncisão (na verdade, ela não vem de Moisés, mas dos patriarcas) e, no entanto, vocês a fazem em dia de sábado. Assim, uma pessoa pode receber a circuncisão em dia de sábado sem violar a Lei de Moisés. Então, por que é que vocês ficam irritados comigo, porque curei totalmente um homem no sábado? Não julguem pelas aparências, mas conforme a verdade.»"
No relato acima fica claro que os fariseus e Doutores da Lei eram os principais responsáveis por pregar uma doutrina de rejeição ao projeto do Reino. Eles tinham transformado a Palavra de Deus numa “Lei” por eles próprios aplicada, mas não cumprida. Tinham transformado a Aliança de Deus num conjunto de cultos e rituais vazios de significado. Parecia que tinham réguas nos olhos, mas no seu íntimo eram homens perversos e medíocres. Como o são todos os hipócritas!
Cristo não precisa que os seus discípulos sejam juízes uns dos outros!
Hoje, é importante não nos deixarmos cair também no farisaísmo, essa hipocrisia de dizer e não fazer, e andar sempre a espiar e julgar as ações dos outros.  Por isso Ele diz: «Não julguem, e vocês não serão julgados. De fato, vocês serão julgados com o mesmo julgamento com que vocês julgarem, e serão medidos com a mesma medida com que vocês medirem. Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção à trave que está no seu próprio olho? Ou, como você se atreve a dizer ao irmão: ‘deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando você mesmo tem uma trave no seu? Hipócrita, tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem para tirar o cisco do olho do seu irmão.» (Mateus 7,1-5).
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

EU E MINHA FAMILIA SERVIREMOS AO SENHOR!

Naqueles dias, Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou os anciãos de Israel, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus. Josué disse então a todo o povo: 15«Se não vos agrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se os deuses que os vossos pais serviram no outro lado do rio, se os deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha família serviremos o Senhor». Mas o povo respondeu: «Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses; porque o Senhor é o nosso Deus, que nos fez sair, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da escravidão. Foi Ele que, diante dos nossos olhos, realizou tão grandes prodígios e nos protegeu durante o caminho que percorremos entre os povos por onde passamos. Também nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus» (Js. 24, 1-2a.15-17.18b).
A leitura acima demonstra a fidelidade do amor de Deus para com o povo e ao mesmo tempo chama o povo para uma correspondência fiel na escolha gratuita do seu amor. E relata a Grande Assembléia de Siquém, para a ratificação da Aliança. Onde povo decidiu livremente escolher a Javé e não abandonar Josué, que com firme decisão, adianta-se com o seu exemplo: «eu e minha família serviremos o Senhor» (v. 15); o povo responde: «também nós queremos servir o Senhor, pois Ele é o nosso Deus» (v. 18b). Como lá em Siquém, ainda hoje a fidelidade e a santidade do povo depende muito da fidelidade dos seus lideres. Porque “ as palavras convencem, mas o exemplo arrasta multidão.” Josué propõe ao Povo de Israel a livre opção de querer ou não seguir a Javé. Depois da travessia do deserto, onde puderam sempre contar com a presença do Senhor, vão agora entrar no deserto a caminho da Terra prometida. E lá vão encontrar povos pagãos, e cada um com seus deuses, aos quais atribuem a proteção para os frutos dos campos, a saúde, a fertilidade dos animais...... É pois, necessário que o Povo de Israel, livremente, não se deixe enganar e faça a sua opção. Seguindo o bom exemplo de Josué e de sua família, o povo optou pelo Senhor Deus, que o tirou da casa da escravidão.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará.
Fonte: Presbiteros.com

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

NOSSA SENHORA RAINHA

A Celebração da memória de Nossa Senhora Rainha foi instituída pelo Papa Pio XII, celebramos dia 22 de agosto e visa louvar o Filho, pois já dizia o Cardeal Suenens: "Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal como o rio que se lança ao mar". Paralela ao reconhecimento do Cristo Rei encontramos a majestade da Virgem a qual foi Assunta ao Céu. Mãe da Cabeça, dos membros do Corpo místico e Mãe da Igreja; Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre seus filhos e filhas, a fim de que haja a salvação para todos: "É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher" (Santo Anselmo).
 Pio XII, em encíclica dirigida aos membros do episcopado afirma: 
A reverência da Realeza de Maria, lembra que o povo cristão sempre se dirigiu à Rainha do céu nas circunstâncias felizes e, sobretudo nos períodos graves da história da Igreja. Porém antes de anunciar a sua decisão de instituir a festa litúrgica da “Santa Virgem Maria Rainha”, o Papa assinalou bem claro: “Não queremos propor com isso ao povo cristão uma nova verdade e acreditar, porque o próprio título e os argumentos que justificam a excelência real de Maria já foram abundantemente formulados em todos os tempos e encontram-se nos documentos antigos da Igreja e nos livros da Sagrada Liturgia, que já invoca a Mãe de Deus com os títulos de Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos, Rainha Imaculada, Rainha do Santíssimo Rosário, Rainha da Paz e Rainha Assunta ao Céu. Desejamos apenas chamá-lo com esta encíclica a renovar os louvores à nossa Mãe do céu, para reanimar em todos uma devoção mais ardente e contribuir assim para o seu bem espiritual.”
Na última parte do documento o Papa declara que tendo adquirido, após longas e maduras reflexões, a convicção de que decorrerão para a Igreja grandes benefícios dessa verdade solidamente demonstrada, decreta e institui a festa de Maria Rainha, e ordena que nesse dia se renove a consagração do gênero humano do Coração Imaculado na Bem-Aventurada Virgem Maria “porque nessa consagração repousa uma viva esperança de ver surgir uma era de felicidade que a paz cristã e o triunfo da religião alegrarão Nossa Senhora é Rainha, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca renunciar sua maternidade divina, por isso São Lucas a identifica entre os primeiros cristãos: "Maria, a mãe de Jesus" (Atos 1,14).
Diante desta suave realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a terra, podemos com toda a Igreja saudá-la:
"Salve Rainha mãe misericordiosa, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degregados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eis, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Rogais por nós Santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém. " e repetir com o Papa Pio XII que instituiu e escreveu a Carta Encíclica Ad Caeli Reginam (à Rainha do Céu):
"Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!"
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pa

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O CAMINHO DO DISCIPULADO E SEGUIMENTO DE JESUS

Fazendo a caminhada do discípulado e do seguimento de Jesus Cristo  conforme o Evangelho de São Marcos, encontramo-nos na parte que se refere ao caminho do discipulado e do seguimento (Marcos 8,22-10,52). É o caminho em que Jesus vai abrindo os olhos e instruindo os seus discípulos sobre quais os critérios e as exigências do seguimento ao projeto do Reino. Por isso, começa narrando a cura da cegueira como um processo (Marcos 8,22-26) que somente será completo, depois de todas as orientações do Mestre, quando Bartimeu, curado da cegueira, decide seguir Jesus pelo caminho (Marcos 10,46-52). Nesse caminho, estão os três anúncios da paixão (Marcos 8,31-32; 9,30-31; 10,32-34). Cada anúncio vem seguido pela incompreensão ou cegueira dos discípulos e por instruções de Jesus sobre o seguimento.
ESTE É O MEU FILHO AMADO, ESCUTAI-O (MARCOS 9,2-10).
O relato da transfiguração no monte faz parte das instruções após o primeiro anúncio da paixão. Sua função é cooperar na cura da cegueira e na falta de entendimento dos discípulos caminho e do seguimento ao projeto do Reino. Além disso, este relato pretende narrar antecipadamente a vitória de Jesus sobre a morte na cruz, apresentando-o como o messias glorioso. É o que indica sua roupa brilhante (Marcos 9,3). A ressurreição, a vitória sobre a cruz, é a vida em toda a sua plenitude que vence os poderes de morte deste mundo.
O CAMINHO DE JESUS E DO DISCÍPULO!
Por um lado, apresentar Jesus vitorioso sobre a cruz anima as comunidades a resistirem com esperança contra a violência imperial. E a crucificação era o instrumento principal de condenação à morte para quem não se submetesse ao poder implacável do império romano. Por outro lado, esta narrativa quer ajudar a superar a dificuldade em aceitar Jesus como o messias, uma vez que fora crucificado como alguém que ameaçara o poder colonialista na região.
Acima dele, havia a inscrição do motivo:"O rei dos judeus" (Marcos 15,26). Para os judeus, ser pendurado numa árvore, ter o corpo exposto de forma humilhante como advertência às demais pessoas que não se sujeitavam à opressão era um escândalo (Deuteronômio 21,22-23; Josué 8,29; 10,26). Daí a resistência de muitas pessoas de origem judaica em aceitar Jesus como o messias. E para os gentios, também havia uma dificuldade para aderirem a Jesus como o enviado de Deus. Era o fato de ele ter sofrido a pena de morte. Era uma loucura, algo inaceitável e que impedia reconhecerem em Jesus o filho amado do Pai (1 Coríntios 1,23).
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Fonte: CEBI - Centro de Estudos Bíblicos

sábado, 18 de agosto de 2012

SALMO 50/51

Tem piedade de mim, ó Deus, por teu amor! Por tua grande compaixão, apaga a minha culpa! Lava-me da minha injustiça e purifica-me do meu pecado! Porque eu reconheço a minha culpa, e o meu pecado está sempre na minha frente; pequei contra ti, somente contra ti, praticando o que é mau aos teus olhos. Tu és justo, portanto, ao falar, e, no julgamento, serás o inocente. Eis que eu nasci no pecado, e minha mãe já me concebeu pecador. Tu amas o coração sincero, e, no íntimo, me ensinas a sabedoria. Purifica-me com o hissopo, e eu ficarei puro. Lava-me, e eu ficarei mais puro do que a neve. Faze-me ouvir o júbilo e a alegria, e que se alegrem os ossos que esmagaste. Esconde dos meus pecados a tua face, e apaga toda a minha culpa. Ó Deus, cria em mim um coração puro, e renova no meu peito um espírito firme. Não me rejeites para longe da tua face, não retires de mim teu santo espírito. Devolve-me o júbilo da tua salvação, e que um espírito generoso me sustente. Vou ensinar teus caminhos aos culpados, e os pecadores voltarão para ti. Livra-me do sangue, ó Deus, ó Deus, meu salvador! E a minha língua cantará a tua justiça. Senhor, abre os meus lábios, e minha boca anunciará o teu louvor. Pois tu não queres sacrifício, e nenhum holocausto te agrada. Meu sacrifício é um espírito contrito. Um coração contrito e esmagado tu não o desprezas. Favorece a Sião, por tua bondade, reconstrói as muralhas de Jerusalém. Então aceitarás os sacrifícios rituais, ofertas totais e holocaustos, e no teu altar se imolarão novilhos.
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

JESUS NOS ENSINA A PERDOAR!

Estando Jesus à mesa em casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e pecadores foram e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso, e perguntaram aos discípulos: «Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?» Jesus ouviu a pergunta e respondeu: «As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes. Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos, e sim pecadores.» (Mt 9,10-13). Somos humanos e essa humanidade é completamente compreendida por Deus que é Pai de misericórdia. No entanto, recebemos uma natureza nova em nós por meio da Fé em Jesus Cristo, que nos ensinou a amar e perdoar . Ele é Salvador e nosso modelo de humanidade. Esse Jesus conhece os pensamentos dos corações humanos e é lá no pensamentos, no intimo do coração que acontece o verdadeiro perdão. “Todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hebreus 4.13).
O PERDÃO VAI ALÉM DOS CÁLCULOS HUMANOS.
Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. (Mt. 18 21-22). Até sete vezes? Pedro quis ser generoso, pois as tradições dos rabinos, falavam em perdoar até três vezes. A resposta de Jesus, tomando-se em consideração o que Pedro disse, significa que o espírito de perdão no coração dos cristãos vai além dos cálculos humanos. Deus perdoou infinitamente ao nos conceder o dom gratuito da Salvação em Cristo, que qualquer ofensa que o irmão possa praticar contra nós, é irrisória, em comparação à Sua graça. Perdoar é o mínimo que podemos fazer, quando pensamos na infinita bondade divina derramada sobre nossas vidas. Jesus diz que não devemos perdoar sete vezes, mas sim setenta vezes sete, para nos ensinar que o perdão não deve ter limite, que não se pode medir o número de vezes que se perdoa.
O AMOR NÃO SE ESGOTA NAS POUCAS OU MUITAS VEZES QUE PERDOAMOS.
Como nos ensina o Senhor: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam.» Lc 6,27-28. No entanto, amar os nossos inimigos e amar aqueles que nos ofendem, não é a mesma coisa que amar os nossos familiares ou amigos. Amar aqueles que nos ofendem significa estar disponível para eles, ajudá-los se precisarem de nós, não guardar rancor, nem ressentimento em relação a eles. É o Espírito Santo que, à medida que vamos rezando pelos que nos ofendem, vai colocando a paz nas nossas vidas, e nos vai fazendo compreender que aqueles que nos ofenderam são nossos irmãos que fraquejaram naquele momento, como nós já fraquejamos em tantos momentos. Deus sabe que só o perdão traz paz, serenidade e felicidade aos corações dos seus filhos e filhas. Só perdoando podemos viver como Ele mesmo nos pede no Seu mandamento maior: «Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a te mesmos».
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará´Pa

NOSSA ALEGRIA (Canto das Comunidades)

Nossa alegria é saber que um dia todo esse povo se libertará, pois Jesus Cristo é o Senhor do mundo nossa esperança realizará. Jesus manda libertar os pobres e ser cristão é ser libertador. Nascemos livres pra crescer na vida, não pra ser pobres, nem viver na dor. Vendo no mundo tanta coisa errada a gente pensa em desanimar. Mas quem tem fé ele está com Cristo tem esperança e força pra lutar. Não diga nada que Deus é culpado quando na vida o sofrimento vem. Vamos lutar que o sofrimento passa, pois Jesus Cristo já sofreu também. Libertação se alcança no trabalho, mas há dois modos de se trabalhar. Há quem trabalha escravo do dinheiro, há quem procura o mundo melhorar. E pouco a pouco o tempo vai passando a gente espera a libertação, se a gente luta ela vai chegando se a gente pára ela não chega não.
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pá

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A SABEDORIA TRAZ DISCERNIMENTO PARA A VIDA.

Eu, a Sabedoria, sou vizinha da inteligência, e tenho o conhecimento e a reflexão. Por isso, eu detesto o orgulho e a soberba, o mau comportamento e a boca falsa. Eu possuo o conselho e o bom senso; a inteligência e a fortaleza me pertencem. É através de mim que os reis governam e os príncipes decretam leis justas. Através de mim, os chefes governam e os nobres dão sentenças justas.
 Eu, a Sabedoria, amo os que me amam, e os que me procuram me encontrarão.
Comigo estão a riqueza e a honra, a prosperidade e a justiça. O meu fruto vale mais do que ouro puro, e a minha renda vale mais do que prata. Eu caminho pela trilha da justiça, e ando pelas veredas do direito, para levar riquezas aos que me amam e encher os seus cofres. A coroa da sabedoria é temer ao Senhor, e ela faz florescer a paz e a saúde. Deus viu e enumerou a sabedoria, fazendo chover a ciência e a inteligência, e exaltando a honra daqueles que a possuem. A raiz da sabedoria é temer ao Senhor, e seus ramos são vida longa. (Ecle.1,16-18, Prov. 8,12-21)
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais.

domingo, 12 de agosto de 2012

DIA DOS PAIS

Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. «Honre seu pai e sua mãe» é o primeiro mandamento, e vem acompanhado de uma promessa: «para que você seja feliz e tenha vida longa sobre a terra.» Pais, não dêem aos filhos motivo de revolta contra vocês; criem os filhos, educando-os e corrigindo-os como quer o Senhor. (Efésios 6,1-4).
 Pai é aquele que está pronta a qualquer momento, para suprir as necessidades de um filho, trabalha durante o dia, para trazer o sustento ao lar, vibra a cada vitória do filho e acompanha o filho a cada degrau rumo à vitória. O pai quer ver seu filho melhor que ele mesmo, está sempre preocupado com o futuro dos filhos. Enfim participa da vida de seu filho.
“Escutem-me, filhos, porque eu sou o pai de vocês, façam o que lhes digo, e serão salvos. O Senhor quer que o pai seja honrado pelos filhos, e confirma a autoridade da mãe sobre os filhos. Quem honra o próprio pai alcança o perdão dos pecados, e quem respeita sua mãe é como quem ajunta um tesouro. Quem honra seu pai será respeitado pelos seus próprios filhos, e quando rezar será atendido. Quem honra o seu pai terá vida longa, e quem obedece ao Senhor dará alegria à sua mãe. Quem teme ao Senhor, honra seus pais, e serve a eles como se fossem seus patrões. Honre o seu pai em atos e palavras, para que a bênção dele venha sobre você.
A bênção do pai consolida a casa dos filhos, mas a maldição da mãe arranca os alicerces.
Não se vanglorie com a desonra de seu pai, porque você não conseguirá honra nenhuma com a desonra de seu pai. Pois a glória do homem está na honra do seu pai, e a desonra da mãe é vergonha para os filhos. Meu filho, cuide de seu pai na velhice, e não o abandone enquanto ele viver. Mesmo que ele fique caduco, seja compreensivo e não o despreze, enquanto você está em pleno vigor, pois a caridade feita ao pai não será esquecida, e valerá como reparação pelos pecados que você tiver cometido. No dia do perigo, o Senhor se lembrará de você, e seus pecados se derreterão como geada ao sol. Quem despreza seu pai é um blasfemador, e quem irrita sua mãe será amaldiçoado pelo Senhor”. (Eclesiástico 3,1-16)
Meu Velho Pai, preste atenção no que lhe digo meu pobre papai querido, enxugue as lágrimas do rosto porque papai que você chora tão sozinho me conta meu papaizinho o que lhe causa desgosto. Estou notando que você está cansado meu pobre, velho adorado é seu filho que está falando quero saber qual é a tristeza que existe não quero ver você triste porque é que está chorando. Quando lhe vejo, tão tristonho desse jeito sinto estremecer meu peito, ao pulsar meu coração meu pobre pai você sofreu pra me criar agora eu vou lhe cuidar esta é minha obrigação não tenha medo, meu velhinho adorado estarei sempre ao seu lado, não lhe deixarei jamais eu sou o sangue do seu sangue papaizinho não vou lhe deixar sozinho, não tenha medo meu pai você sofreu quando eu era ainda criança a sua grande esperança, era me ver homem formado eu fiquei grande estou seguindo o meu caminho e você ficou velhinho, mas estou sempre ao seu lado meu pobre pai, seus passos longos silenciaram Seus cabelos branquearam, seu olhar se escureceu a sua voz quase que não se ouve mais não tenha medo meu pai, quem cuida de você sou eu. Meu papaizinho não precisa mais chorar Saiba que não vou deixar você sozinho, abandonado eu sou seu guia, sou seu tempo, sou seus passos Sou sua luz, e sou seus braços sou seu filho idolatrado... (Léo Canhoto e Robertinho).
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais

sábado, 11 de agosto de 2012

SANTA CLARA

Santa Clara de Assis (em italiano, Santa Chiara de Assis) nascida como Chiara d'Offreducci em Assis (Itália), no dia 16 de Julho de 1194, e falecida em Assis, no dia 11 de Agosto de 1253, foi a fundadora do ramo feminino da Ordem Franciscana. Segundo a tradição, o seu nome vem de uma inspiração dada à sua religiosa mãe, de que haveria de ter uma filha que iluminaria o mundo. Pertencia a uma nobre família e era uma jovem muito bonita. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao descobrir a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pelo irresistível espírito religioso de segui-lo. Foi preciso encarar a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento lucrativo, aos dezoito anos, Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente.
Ela foi ao encontro de Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais rigorosa pobreza. O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!". Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.
Em outra ocasião, quando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara pegou o ostensório com a hóstia consagrada e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre Santa Clara é representada segurando o Ostensório na mão. Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito. Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão. Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem os Fioretti de São Francisco[1]. Escritos muitos anos após a morte de ambos, é difícil atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos quando da criação das Ordens Franciscanas.
Cantiga por Irmã Clara.  (Pe. Zezinho, scj).
Clara, Ô Clara me diga por que. Que foi que Francisco falou pra você ô Clara, ô Clara eu quero entender por que deste mundo te foste esconder, tu tinhas dinheiro, vivias feliz igual as meninas que havia em Assis, será que Francisco te enfeitiçou que tão de repente teu mundo mudou?
Eu tinha dinheiro, vivia feliz Igual as meninas que havia em Assis, mas foi Jesus Cristo quem me cativou Francisco somente o caminho mostrou.
Eras bonita de classe maior teu pai era nobre, patrão e senhor, será que esta vida não era viver que tão de repente te foste esconder?
Eu era bonita de classe maior, mas eu tinha sonhos de algo melhor será que esta vida é viver e morrer um dia por fim eu por ti fui viver.
Deixaste o dinheiro tranqüila e feliz e foste viver num mosteiro de Assis será que perdeste a razão de viver, tão jovem e tão bela não dá pra entender?
Deixei o dinheiro tranqüila e feliz e fui me trancar num mosteiro de Assis, deixei o que eu tinha passei a viver, que a vida é bem mais que a minha mania de ter Clara.
 Ô Clara já posso entender, porque deste mundo te foste esconder.
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Fonte: Wikipédia, aenciclopédia livre e Mússica do Pe. Zazinho

A ORIGEM DO MAL FOI ASSIM:

A serpente era o mais astuto de todos os animais do campo que Javé Deus havia feito. Ela disse para a mulher: «É verdade que Deus disse que vocês não devem comer de nenhuma árvore do jardim?»
A mulher respondeu para a serpente: «Nós podemos comer dos frutos das árvores do jardim. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Vocês não comerão dele, nem o tocarão, do contrário vocês vão morrer’ «. Então a serpente disse para a mulher: «De modo nenhum vocês morrerão. Mas Deus sabe que, no dia em que vocês comerem o fruto, os olhos de vocês vão se abrir, e vocês se tornarão como deuses, conhecedores do bem e do mal».
Então a mulher viu que a árvore tentava o apetite, era uma delícia para os olhos e desejável para adquirir discernimento. Pegou o fruto e o comeu; depois o deu também ao marido que estava com ela, e também ele comeu. Então abriram-se os olhos dos dois, e eles perceberam que estavam nus. Entrelaçaram folhas de figueira e fizeram tangas. Em seguida, eles ouviram Javé Deus passeando no jardim à brisa do dia. Então o homem e a mulher se esconderam da presença de Javé Deus, entre as árvores do jardim. 
Javé Deus chamou o homem: «Onde está você?»
O homem respondeu: «Ouvi teus passos no jardim: tive medo, porque estou nu, e me escondi».
 Javé Deus continuou: «E quem lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu da árvore da qual eu lhe tinha proibido comer?»
O homem respondeu: «A mulher que me deste por companheira deu-me o fruto, e eu comi».
Javé Deus disse para a mulher: «O que foi que você fez?»
A mulher respondeu: «A serpente me enganou, e eu comi».
 Então Javé Deus disse para a serpente: «Por ter feito isso, você é maldita entre todos os animais domésticos e entre todas as feras. Você se arrastará sobre o ventre e comerá pó todos os dias de sua vida. Eu porei inimizade entre você e a mulher, entre a descendência de você e os descendentes dela. Estes vão lhe esmagar a cabeça, e você ferirá o calcanhar deles».
Javé Deus disse então para a mulher: «Vou fazê-la sofrer muito em sua gravidez: entre dores, você dará à luz seus filhos; a paixão vai arrastar você para o marido, e ele a dominará».
Javé Deus disse para o homem: «Já que você deu ouvidos à sua mulher e comeu da árvore cujo fruto eu lhe tinha proibido comer, maldita seja a terra por sua causa. Enquanto você viver, você dela se alimentará com fadiga. A terra produzirá para você espinhos e ervas daninhas, e você comerá a erva dos campos. Você comerá seu pão com o suor do seu rosto, até que volte para a terra, pois dela foi tirado. Você é pó, e ao pó voltará».
 O homem deu à sua mulher o nome de Eva, por ser ela a mãe de todos os que vivem.
Javé Deus fez túnicas de pele para o homem e sua mulher, e os vestiu. Depois Javé Deus disse: «O homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal. Que ele, agora, não estenda a mão e colha também da árvore da vida, e coma, e viva para sempre». Então Javé Deus expulsou o homem do jardim de Éden para cultivar o solo de onde fora tirado. Ele expulsou o homem e colocou diante do jardim de Éden os querubins e a espada chamejante, para guardar o caminho da árvore da vida.
COMETÁRIO! O texto procura explicar a origem do mal. O centro dessa questão é a pretensão de ser como Deus (v. 5), usurpando o lugar do Deus verdadeiro para tornar-se auto-suficiente, isto é, um falso deus. A auto-suficiência é a mãe de todos os males, que são apenas conseqüência dela. Deus é o Senhor absoluto, e seu projeto é vida e liberdade para todos, no clima de fraternidade e partilha. Quando o homem se torna auto-suficiente, se rebela contra o projeto de Deus e faz o seu próprio projeto: liberdade e vida só para si mesmo. O homem sonha possuir liberdade e vida plenas; porém, na sua auto-suficiência, ele produz o contrário: escravidão e morte. As relações de fraternidade transformam-se em relações de poder e opressão; a relação de partilha transforma-se em exploração, e esta produz a riqueza de poucos e a pobreza de muitos. Desse modo, as relações ficam distorcidas e quebradas, tanto dos homens entre si como dos homens com a natureza. Nesse clima gerado pelo mal, que tende a se multiplicar, o caminho já não leva para a vida, mas para a morte (vv. 22-24). Tudo perdido? Não. Diante do mal gerado pelo homem, Deus promete uma descendência que estará comprometida com o projeto de Deus, projeto este que triunfará sobre todo o mal. O Novo Testamento vê nessa descendência o povo comprometido com Jesus Cristo, que é o supremo revelador e realizador do projeto de Deus.
Ed: Pe. Jrová de Jesus Morais
Cometário da Biblia Ed. Pastoral