A leitura de João 4,5-42 contém uma das mais encantadoras cenas de todo o Evangelho (cf o texto acima). Um belíssimo diálogo pedagógico inicial conduz a uma proposta misteriosa de Jesus (v.10), que suscita o vivo interesse da mulher, a qual passa da incompreensão (vv. 11-12) ao acolhimento da auto-revelação de Jesus e a tornar-se por fim numa apóstola de Cristo. O diálogo atinge o ponto culminante, no v. 26: «(o Messias) sou Eu, que estou a falar contigo!» A samaritana era descriminada por ser mulher, por ser estrangeirapor e por ser pobre ela mesma foi buscar água no poço. Jesus: cansado, se senta na beira do poço de Jacó. Jesus rompe com o círculo vicioso marcado pela tradição e as forças coletivas (v. 7-9).
“Você um judeu...eu, uma samaritana”.
Jesus disse: “Dá-me de beber!” A reação da mulher é de surpresa: “Como sendo judeu, tu me pedes de beber, a mim que sou samaritana”. A mulher está insegura porque Jesus rompe com o preconceito. A mulher estranha a atitude de Jesus porque ela já tinha incorporado a tradição: judeu e samaritano não se falam; Jesus rompe com a tradição judaica e leva a mulher a se questionar na sua situação de samaritana. Jesus não vê nela simplesmente uma “samaritana,” mas a hora da manifestação do dom de Deus: “água viva.” Oferta de uma nova vida (v.10). Jesus propõe uma água que corre, não mais uma água parada. É isso o dom de Deus. O dom de Deus revelado no próprio Jesus. A intervenção de Jesus marca um salto qualitativo. Jesus quer que a mulher descubra que ele não é simplesmente um judeu, mas o dom de Deus capaz de dar água viva.
Isso em primeiro momento a mulher não consegue entender. Porém em seguida ela rompeu com a tradição: “Você é maior que o nosso pai Jacó” (v.11-14 c 5-6). Jacó representa a tradição. O poço indica a origem religiosa. Por isso, a mulher pergunta se Jesus é maior do que o pai Jacó. Não é por acaso que o encontro se dar a beira do poço de Jacó que representa para a mulher a fonte dos valores que ela tinha até agora. Ela se questiona: “Será que este judeu é uma nova fonte da qual posso viver?” Os versículos 13-14 respondem: “Aquele que bebe desta água (Jacó) terá sede novamente; mas quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede. Pois a água que eu lhes der, tornar-se-á nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna”.
Desejo da nova fonte de vida (v. 15)
A samaritana começa a alimentar o desejo de uma água (de uma fé) nova capaz de satisfazer plenamente. A mulher não vê mais em Jesus um judeu, mas um profeta (v. 19) e mais tarde o messias (v.25) e finalmente o salvador (v.42).
O encontro com Deus (v. 20-26): A descoberta de Deus se faz a partir do conhecimento do seu ego mais profundo. A partir do v. 20, a mulher começa a ter iniciativa do diálogo. Pela primeira vez, ela faz uma pergunta e a resposta é no mesmo nível. Agora a mulher é capaz de se confrontar com sua própria tradição. No versículo 25, a mulher manifesta o desejo de encontrar Cristo, aquele que é capaz de revelar tudo. Quando Jesus diz: “Sou eu, que falo contigo”, isso significa, para a mulher samaritana, o encontro com Cristo na sua plenitude e a realização plena na sua personalidade.
Mensageira para o povo (v. 28-30 c 42)
A mulher abandona sua jarra, porque descobriu outra “água.” A água do poço (religião de Jacó) já não a satisfaz mais. Ela descobre a água viva: Jesus é o Messias. A volta para a cidade, mostra uma mulher bem diferente. Agora, não é mais uma mulher que segue um papel coletivo, mas alguém que tem sua própria personalidade. Ao meio dia. Na metade de sua vida, uma mulher experimenta uma mudança radical na qual o seu passado se torna consciente e na qual seu futuro se orienta radicalmente para Cristo. O texto da samaritana é um texto de revelação (e não de moral), no qual Jesus vai se revelando. A conversão é o resultado concreto deste encontro leva a uma experiência íntima de Deus.
(Jo 4,5-42)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu
“Você um judeu...eu, uma samaritana”.
Jesus disse: “Dá-me de beber!” A reação da mulher é de surpresa: “Como sendo judeu, tu me pedes de beber, a mim que sou samaritana”. A mulher está insegura porque Jesus rompe com o preconceito. A mulher estranha a atitude de Jesus porque ela já tinha incorporado a tradição: judeu e samaritano não se falam; Jesus rompe com a tradição judaica e leva a mulher a se questionar na sua situação de samaritana. Jesus não vê nela simplesmente uma “samaritana,” mas a hora da manifestação do dom de Deus: “água viva.” Oferta de uma nova vida (v.10). Jesus propõe uma água que corre, não mais uma água parada. É isso o dom de Deus. O dom de Deus revelado no próprio Jesus. A intervenção de Jesus marca um salto qualitativo. Jesus quer que a mulher descubra que ele não é simplesmente um judeu, mas o dom de Deus capaz de dar água viva.
Isso em primeiro momento a mulher não consegue entender. Porém em seguida ela rompeu com a tradição: “Você é maior que o nosso pai Jacó” (v.11-14 c 5-6). Jacó representa a tradição. O poço indica a origem religiosa. Por isso, a mulher pergunta se Jesus é maior do que o pai Jacó. Não é por acaso que o encontro se dar a beira do poço de Jacó que representa para a mulher a fonte dos valores que ela tinha até agora. Ela se questiona: “Será que este judeu é uma nova fonte da qual posso viver?” Os versículos 13-14 respondem: “Aquele que bebe desta água (Jacó) terá sede novamente; mas quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede. Pois a água que eu lhes der, tornar-se-á nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna”.
Desejo da nova fonte de vida (v. 15)
A samaritana começa a alimentar o desejo de uma água (de uma fé) nova capaz de satisfazer plenamente. A mulher não vê mais em Jesus um judeu, mas um profeta (v. 19) e mais tarde o messias (v.25) e finalmente o salvador (v.42).
O encontro com Deus (v. 20-26): A descoberta de Deus se faz a partir do conhecimento do seu ego mais profundo. A partir do v. 20, a mulher começa a ter iniciativa do diálogo. Pela primeira vez, ela faz uma pergunta e a resposta é no mesmo nível. Agora a mulher é capaz de se confrontar com sua própria tradição. No versículo 25, a mulher manifesta o desejo de encontrar Cristo, aquele que é capaz de revelar tudo. Quando Jesus diz: “Sou eu, que falo contigo”, isso significa, para a mulher samaritana, o encontro com Cristo na sua plenitude e a realização plena na sua personalidade.
Mensageira para o povo (v. 28-30 c 42)
A mulher abandona sua jarra, porque descobriu outra “água.” A água do poço (religião de Jacó) já não a satisfaz mais. Ela descobre a água viva: Jesus é o Messias. A volta para a cidade, mostra uma mulher bem diferente. Agora, não é mais uma mulher que segue um papel coletivo, mas alguém que tem sua própria personalidade. Ao meio dia. Na metade de sua vida, uma mulher experimenta uma mudança radical na qual o seu passado se torna consciente e na qual seu futuro se orienta radicalmente para Cristo. O texto da samaritana é um texto de revelação (e não de moral), no qual Jesus vai se revelando. A conversão é o resultado concreto deste encontro leva a uma experiência íntima de Deus.
(Jo 4,5-42)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu
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