Um gato de nome Faro-Fino fez tais estragos na rataria de uma casa velha que os sobreviventes, sem coragem para saírem das tocas, estavam quase a morrer de fome.
Tornando-se muitíssimo séria a situação, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão.
Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava pelos telhados, fazendo versos à lua.
- Penso – disse um deles – que o melhor meio de nos defendermos de Faro-Fino é atando-lhe um chocalho ao pescoço. Assim, quando ele se aproximar, o chocalho denuncia-o e fugimos a tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado por unanimidade. Só votou contra um rato bastante casmurro, que pediu a palavra e disse:
- Está tudo muito certo. Mas quem vai amarrar o sininho ao pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nós. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu
Tornando-se muitíssimo séria a situação, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão.
Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava pelos telhados, fazendo versos à lua.
- Penso – disse um deles – que o melhor meio de nos defendermos de Faro-Fino é atando-lhe um chocalho ao pescoço. Assim, quando ele se aproximar, o chocalho denuncia-o e fugimos a tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado por unanimidade. Só votou contra um rato bastante casmurro, que pediu a palavra e disse:
- Está tudo muito certo. Mas quem vai amarrar o sininho ao pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nós. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.
Ed:
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu
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