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sexta-feira, 15 de julho de 2011

AS PRAGAS DO EGITO

São dez as pragas que, Javé Deus enviou pelas mãos de Moisés e Arão sobre o Faraó do Egito e seu povo, narradas no livro de Êxodo, capítulos 7—12. Esta narrativa é um fragmento que, sem dúvida, chama a atenção dos cristãos e até mesmo dos incrédulos. Porém, poucos se preocupam com toda a finalidade desse plano de Deus para aquele povo e para os nossos dias.
Além da principal finalidade relatada na Bíblia, que é libertação do povo de Israel da casa da escravidão no Egito. Cada praga era direcionada a um ou mais deuses, conforme a crença do povo egípcio, as pragas tiveram grande importância sobre os habitantes do Egito. Deus estava desafiando os deuses egípcios para a batalha. O certo é que Deus queria falar algo mais, alguma coisa além do que podemos ver, na verdade era uma grande manifestação de Javé Deus ao povo de Israel e ao Império Egípcio.
 Começa o confronto de um lado Javé, o Deus libertador e do outro, o Faraó, rei opressor.
Javé disse a Moisés e Aarão: «Se o Faraó pedir que vocês façam algum prodígio, você dirá a Aarão que pegue a vara de você e a jogue diante do Faraó; e ela se transformará em cobra». Moisés e Aarão se apresentaram diante do Faraó e fizeram o que Javé lhes havia mandado. Aarão jogou a vara diante do Faraó e seus ministros, e ela se transformou em cobra. O Faraó, porém, mandou chamar os sábios e os encantadores de cobras, e também eles, os magos do Egito, fizeram o mesmo com suas ciências ocultas: cada um jogou a sua vara e elas se transformaram em cobras. No entanto, a vara de Aarão devorou as varas deles. Apesar disso, o coração do Faraó se endureceu e ele não fez caso de Moisés e Aarão, exatamente como Javé havia predito. . 7, 1-1
Moisés e Aarão são os mediadores de Deus para liderar o processo de libertação. Os magos são aqueles que sustentam e defendem o poder do Faraó. Já nesse primeiro confronto, Deus sai vitorioso: «a vara de Aarão devorou a vara dos magos».
Quando Javé falou a Moisés no Egito, Javé lhe disse: «Eu sou Javé. Diga ao Faraó, rei do Egito, tudo o que estou dizendo a você». Moisés respondeu a Javé: «Não sei falar com facilidade. Como é que o Faraó vai me ouvir?» 6,28-30
Javé disse a Moisés: «Veja! Eu faço você como um deus para o Faraó, e seu irmão Aarão será seu profeta. Você falará tudo o que eu mandar, e seu irmão Aarão falará ao Faraó, para que este deixe os filhos de Israel partir de sua terra. Eu, porém, vou endurecer o coração do Faraó, e multiplicarei sinais e prodígios no país do Egito. O Faraó não vai ouvir vocês; e então, eu colocarei a minha mão em cima do Egito e tirarei do Egito os meus exércitos, o meu povo, os filhos de Israel, fazendo solene justiça. Desse modo, os egípcios saberão que eu sou Javé, quando eu estender a minha mão em cima do Egito e fizer os filhos de Israel sair do meio deles». Moisés e Aarão fizeram exatamente o que Javé tinha ordenado. Quando falaram ao Faraó, Moisés tinha oitenta anos, e Aarão oitenta e três.
As pragas foram enviadas para que Israel fosse libertado da terra do Egito.
A primeira praga atinge as águas do rio Nilo, que é o centro da vida egípcia. O propósito das pragas, porém, não é atingir o povo, mas o Faraó. Este, no entanto, não se sente ameaçado em seu poder político, pois os magos que o sustentam e defendem (poder ideológico) são capazes de agir da mesma forma, neutralizando assim a reivindicação dos oprimidos.
A segunda praga já atinge a casa do Faraó. Os magos realizam o mesmo prodígio, mas são incapazes de conter os efeitos da praga, porque os hebreus estão aliados a Javé, o Senhor da libertação e da vida. Começam as negociações entre o Faraó e Moisés. O pedido do Faraó, porém, é apenas uma tática para normalizar a situação, e não disposição para atender às reivindicações.
A terceira praga, que mostra a impotência dos magos, obriga-os a reconhecer que, no momento, são incapazes de conter o processo de libertação. 
 A quarta praga, o Faraó tem que reconhecer: Javé está no país como aliado dos hebreus, dando eficácia ao projeto deles. As negociações continuam. Moisés obriga o Faraó a ser mais concreto, e consegue contra-argumentar e cobrar o prometido.
A quinta praga ameaça atingir os animais usados como transporte, produção e alimentação. Javé continua ao lado do seu povo, e o Faraó se vê obrigado a reconhecer o fato.
A sexta praga continua a terceira e atinge diretamente os magos, que sustentam e defendem o poder político do Faraó. Todo o aparelho ideológico do Faraó está em frangalhos: ele não consegue neutralizar a ação de Moisés e não tem como se sustentar.
A sétima praga atinge em parte a produção de alimentos e vestuário (linho). Além disso, provoca divisão na classe dirigente (vv. 20-21): alguns ministros procuram obedecer à palavra de Javé, o Deus dos hebreus, não para se unirem ao projeto dele, mas porque vêem seus próprios interesses ameaçados e não encontram outra saída.
A oitava praga acelera as negociações:
agora, até os ministros pressionam o Faraó. E Moisés não cede um passo sequer. A proposta do Faraó (vv. 10-11) é de manter reféns, para garantir o retorno dos homens.
A nona praga leva o Faraó a ceder mais um pouco (cf. 10,11); Moisés, porém, continua sem fazer concessões. As negociações são interrompidas, e Moisés é ameaçado de morte.
O anúncio da décima praga marca o ponto mais alto do confronto entre Javé e o Faraó: atingido o herdeiro, a dinastia fica ameaçada, e com ela todo o sistema político egípcio. Além disso, os hebreus ganham a simpatia do povo (cf. 3,21-22), inclusive de uma parte dos ministros. Assim, o Faraó está a ponto de perder completamente o domínio da situação.
 REFERÊNCIA:
1ª Águas se formaram em sangue - Êxodo 7.14-25;  2ª Rãs - Êxodo 8.1-15; 3ª Piolho - Êxodo 8.1-19; 4ª Moscas - Êxodo 9.20-32; 5ª Peste nos Animais - Êxodo 9.1-7; 6ª Úlceras Êxodo 9.8-12
7ª Chuva de Pedras- Êxodo 9.13-25; 8ª Gafanhotos-Êxodo 10.1-20; 9ª Trevas-Êxodo 10.21-29
10ª Morte dos Primogênitos-Êxodo 11.1-12,36
Êxodo 7-12; Sagradas Escrituras; comentário do Ed: Pastoral.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará - Prelazia do Xingu

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