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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O PECADO

Este texto tem como objetivo meditar as formas de pecado e também como nos envolvemos facilmente com o mal e quais as conseqüêncis.
Como conseqüência, nossa vida torna-se "pesada", angustiante, sofrida. E, na maioria das vezes, não sabemos ou não percebemos que esses sofrimentos são decorrências do pecado e como conseqüência o nosso afastamento da presença de Deus.
Ao contrário do que muitos pensam a origem do pecado de cada um não está fora, mas em nosso próprio coração.
É algo de dentro para fora e não o contrário. A raiz do pecado está em nossa livre vontade, em nossas escolhas, atitudes e ações, segundo o ensinamento do próprio Cristo: "é do coração que procedem as más inclinações, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações. São estas as coisas que tornam o ser humano impuro" - Mateus 15, 19-20 (Catecismo 1853).
A maldade presente no mundo não pode nos atingir se nós não permitirmos, principalmente, se estamos profundamente ligados a Deus. Mas, infelizmente, nos deixamos levar pelo ritmo da vida, do meio social, das más influências. O pecado é uma falta contra a verdade, contra a razão (bom senso, juízo, prudência, moral, direito, justiça) e contra a consciência reta (capacidade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados).
Pecado é ofensa a Deus. É uma falta contra o amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo. O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos corações. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana (Catecismo 1849). Pecado é a transgressão de um preceito religioso. Pecado é a auto-suficiência. Santo Agostinho diz que "o pecado é amor de si mesmo até o desprezo de Deus".
 Pode-se distinguir os pecados segundo os atos humanos, os mandamentos que eles contrariam e às virtudes a que se opõem. Podemos pecar por pensamentos, palavras, atos e omissões. Em relação à omissão, não praticamos um mal, mas deixamos de fazer um bem. O pecado é classificado, segundo sua gravidade, em venial e mortal.
PECADO VENIAL:  O pecado venial (desculpável, perdoável) ainda deixa existir a força e a ação da caridade, do amor em nossa vida, mas os ofende e fere. Ele enfraquece a graça de Deus em nós, mas não a destrói.
Os pecados veniais são faltas leves, perdoadas no Ato de Contrição, rezado durante a Santa Missa, desde que estejamos sinceramente arrependidos. Porém, a confissão regular de nossos pecados veniais nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más intenções, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida espiritual. Recebendo mais freqüentemente o perdão dos pecados e o dom da misericórdia do Pai, somos levados a sermos misericordiosos como Ele é misericordioso (Catecismo 1458). "O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas, esses pecados que chamamos leves, não os considerem insignificantes: se os considerar insignificantes ao pesá-los, treme ao contá-los. Um grande número de objetos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche um rio. Qual é então nossa esperança? Antes de tudo, a Confissão" (Santo Agostinho).
PECADO MORTAL: Já o pecado mortal destrói a caridade, destrói o amor no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, seu fim último, preferindo um bem inferior, sem valor (Catecismo 1855). O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor. O pecado mortal acarreta na perda da caridade, do amor e da privação da Graça Santificante, isto é, do estado de graça recebido no Batismo. Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso (Catecismo 1861).
Para que um pecado seja mortal requerem-se três condições ao mesmo tempo: ser matéria grave, cometido com consciência e deliberadamente. A matéria grave é baseada nos dez mandamentos: não mate, não cometa adultério, não levante falso testemunho, não roube, honre pai e mãe (Marcos 10, 19). Requer pleno conhecimento e consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento suficientemente deliberado (meditar no que se há de fazer, refletir, decidir) para ser uma escolha pessoal. A ignorância pode diminuir ou até dispensar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignora os princípios da lei moral, inscritos na consciência de todo ser humano.
Em todo caso, Deus, na sua infinita misericórdia e amor, nos deixou um caminho de volta. Ele está sempre de portas abertas para aceitar nossas sinceras desculpas, independentemente da falta que tenhamos cometido, desde que estejamos sinceramente arrependidos. O Sacramento da Confissão ou Reconciliação devolve-nos a graça de estarmos novamente no coração de Deus. Por isso, não deixe sua confissão para amanhã. Não tenha medo, receio ou vergonha de se abrir a um sacerdote, um ungido de Deus.
Ed: Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pa
Fonte: ASJ(Associação do Senhor Jesus)
Texto de Cássio Abreu - Jornalista

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