No Evangelho deste 2º domingo do Advento, São João Baptista faz este apelo: «Arrepende-vos», isto é, reconhecei que sois pecadores, reconhecei que tendes pecados e, com a ajuda de Jesus, procurai obter o perdão dos pecados. Jesus veio ao mundo para tirar o pecado do mundo.

«Uma voz daquele que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor…’».
Segundo o texto de Isaías, aquele que clama é o Profeta, um arauto de Deus (uma figura do Baptista), a incitar a abrir o caminho do regresso do exílio, um caminho de Deus, isto é, um caminho que Deus proporciona ao seu povo que Ele quer reconduzir e salvar. Este regresso é concebido como um novo Êxodo, daí a referência ao deserto, noção muito rica:
lugar privilegiado de encontro com Deus, de aliança, de purificação, de desinstalação, de preparação para a entrada na terra prometida. Por isso era também no deserto que os essênios de Qumrã e de outros lugares se preparavam naqueles tempos para a vinda do Messias; no deserto pregava João e para o deserto se retirou Jesus no início da sua vida pública.
A FORÇA DO BATISMO.
O batismo de João não tinha a força de
produzir na alma a graça da justificação e só valia enquanto punha em evidência as boas disposições do sujeito e as confirmava, ajudando as pessoas a disporem-se para a iminente chegada do Messias.

O Batismo de Jesus.
O Batismo de Jesus é «no Espírito Santo e em fogo»: tem a virtude de produzir a graça pela ação de Cristo no sujeito e não pelos méritos de quem o recebe ou administra. O fogo parece ser antes uma imagem da eficácia purificadora e renovadora do Espírito Santo na alma do batizando.
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará.
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