Recebereis a virtude do Espírito Santo que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até aos confins do mundo (At 1, 8). As últimas palavras pronunciadas por Cristo antes da Ascensão pareciam uma loucura. Num pequeno recanto esquecido do Império Romano, uns homens simples – nem ricos, nem sábios, nem influentes – tinham de levar a todo o mundo a mensagem do ressuscitado. Menos de trezentos anos depois, uma grande parte do mundo romano tinha-se convertido ao cristianismo. A doutrina do crucificado vencera as perseguições dos poderosos, o desprezo dos sábios. Só a graça de Deus o pode explicar. Porque a graça atuou através de uns homens que se sabiam investidos de uma missão, e a cumpriram.
Cristo não apresentou aos seus discípulos esta tarefa como uma possibilidade, mas como uma “missão indispensável”. Assim lemos em São Marcos: Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer, será condenado (Mc 16, 15-16).
E São Mateus recolhe as seguintes palavras de Cristo: Ide pois e ensinai a todas as gentes batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir todas as coisas que vos mandei. Eu estarei convosco todos os dias até ao fim do mundo (Mt 28, 19-20).
São palavras que trazem à nossa memória as pronunciadas por Cristo na Última Ceia – como Tu Me enviaste ao mundo, assim Eu os enviei ao mundo (Jo 17, 18) -, e o Concílio Vaticano II fez delas o seguinte comentário. «Este mandato solene de Cristo de anunciar a verdade salvadora, a Igreja recebeu-o dos Apóstolos, com a missão de o levar até aos confins da terra» (LG1).
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará






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