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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O PROFETA É PERSIQUIDO POR SUA FIDELIDADE A DEUS.

Naqueles dias, o profeta Elias chegou ao monte de Deus, o Horeb, e passou a noite numa gruta. O Senhor dirigiu-lhe a palavra, dizendo: «Sai e permanece no monte à espera do Senhor». Então, o Senhor passou. Diante d’Ele, uma forte rajada de vento fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, sentiu-se um terremoto; mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se uma ligeira brisa. Quando a ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou à entrada da gruta.
Temos aqui parte do relato da fuga do profeta Elias da perseguição do rei Acab, o 7º rei do reino do Norte, instigado pela sua mulher Jezabel, filha do rei de Tiro, que tinha jurado matá-lo, como desforra pelo extermínio dos sacerdotes do deus Baal (cf. 1 Re 18). O profeta, perseguido pela sua absoluta fidelidade ao único Deus da aliança, aparece-nos numa atitude de regresso às fontes da fé, precisamente onde a aliança mosaica tinha sido firmada, «a montanha de Deus», assim chamada, pois ali Ele se revelara (cf. Ex 19).
8 «O Horeb», nome que é dado ao «Sinai»:
O profeta é perseguido quando desmascara as aparências que encobrem um artifício opressor. Ameaçado de morte, Elias foge. Sua fuga, porém, se transforma na busca da fonte original, que é a fé em Javé. O monte Horeb (Sinai), lugar da aliança com Deus, é o ponto de partida para se formar uma sociedade justa e fraterna. Nessa experiência do Deus libertador, o profeta descobre os próximos passos a dar: reunir as pessoas fiéis ao projeto de Javé, criar um novo quadro social, e providenciar um substituto para a sua missão. A missão profética é imperativa e supõe que a pessoa a coloque, em primeiro lugar, acima dos próprios bens, família, trabalho e interesses pessoais.
11-12 «Uma ligeira brisa». Esta aparição divina tem certa semelhança com a que se relata em Ex 33, 21-23. Deste modo representa-se, por um lado, a imaterialidade divina, pois o Senhor não estava na «forte rajada de vento», nem no «terramoto» nem no «fogo», que não passam de sinais anunciadores da presença divina, aqual é algo que transcende estes fenómenos sensíveis tão violentos. Por outro lado, o relato pode dar a entender uma profunda lição: 
A vitória de Deus sobre o mal não tem de ser precipitada, de modo fulminante, repentina e espectacular, mas é preciso saber esperar a hora de Deus, da sua misericórdia; Elias terá de dominar o seu desespero e o seu zelo amargo, pois o Senhor diz-lhe: «desanda o teu caminho» (v. 15); Eliseu haveria de suceder-lhe para continuar e completar a sua obra
13 «Elias cobriu o rosto», numa atitude de respeito e de temor, não fosse ver a Deus e morrer (cf. Gen 16, 13; Is 6, 5).
Como procuramos o Senhor? E onde O procuramos? (1 Reis 19, 9a.11-13a)
Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará
Prelazia do Xingu

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