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domingo, 20 de fevereiro de 2011

SEDE PERFEITOS, ASSIM COMO VOSSO PAI CELESTE É PERFEITO.

«Vocês ouviram o que foi dito:‘Ame o seu próximo, e odeie o seu inimigo!’ Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês! Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque ele faz o sol nascer sobre maus e bons, e a chuva cair sobre justos e injustos. Pois, se vocês amam somente aqueles que os amam, que recompensa vocês terão?  Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se vocês cumprimentam somente seus irmãos, o que é que vocês fazem de extraordinário Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céus.  As palavras finais  SEDE PERFEITOS, ASSIM COMO VOSSO PAI CELESTE É PERFEITO, resumem de uma forma magnífica o ensinamento contido no discurso que Jesus Cristo faz usando antíteses: TENDES OUVIDO O QUE FOI DITO, EU, PORÉM, VOS DIGO.
O Concílio Vaticano II, fundamenta sobre esta relação profunda com o Senhor, a vocação de todos os cristãos à santidade, segundo o chamado de cada um, na Constituição Lumem Gentium (nn. 40 - 42). O mesmo Concílio baseia a possibilidade e o dever da participação plena, consciente e ativa de todo o povo de Deus à liturgia, sobre a participação à santidade de Deus recebida no batismo. Este dom divino permite fazer da própria existência, vivenciada na fé e na caridade, o culto ao Pai em Espírito e verdade, preanunciado pelo próprio Jesus à mulher de Samaria (cf. Constituição Sacrosanctum Concilium, nn. 14; 48).  É a motivação mais radical de nova interpretação da Lei de Moisés proposta por Jesus como norma de vida para o cristão: os discípulos devem viver com o olhar voltado para Deus, pois foram chamados a manifestar em sua vida a perfeição de Deus, cuja expressão mais perfeita é o amor incondicional a todos. A maior justiça proposta por Jesus exige de nós, cristãos, a superação do egoísmo de grupos e classes. Só é possível atingir tal objetivo se tivermos um relacionamento positivo com a pessoa do outro, por meio de atos concretos.
A nossa referência é a oração: «rezai por aqueles que vos perseguem» (Mt5,44). Na verdade, só na oração, sob a inspiração da graça divina, podemos compreender que o nosso inimigo é um autêntico médico e mestre; de fato, a nossa reação ao mal, provocado pelo inimigo, revela bem quem somos verdadeiramente. Perante a ofensa do inimigo, vêm ao de cima tantas coisas más que desconhecíamos em nós; vê-se, em muitas reações, até onde vai o nosso desejo de viver sem contar com os outros e contra os outros. Se chegarmos a rezar pelo inimigo, de algum modo, ele já deixou de ser nosso inimigo, para se tornar então o irmão perdido, que desejo reencontrar! A segunda indicação, de que é possível cumprir o desafio de Jesus, está ainda relacionada com a oração: é que esta perfeição da santidade não resulta, em primeiro lugar, de um esforço humano, mas é conseqüência da nossa condição de filhos, amados por este Pai, “que faz com que o sol se levante sobre os bom e os maus e faz cair a chuva sobre justos e pecadores” (Mt.5,45). e assim deixamo-nos afeiçoar por esse amor! Na verdade, o Pai que está nos céus, ama o meu inimigo, que não deixa de ser seu filho, mesmo se é, para mim, um irmão, “não grato”. (Mt 5,43-48) 
 Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará-Pará
Prelazia do Xingu

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