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Uruará, Pará, Brazil
Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Plano catequético 2010 a 2014

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA DE URUARÁ. PRELAZIA DO XINGU


Objetivo geral da catequese na paróquia: Anunciar Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, formando discípulos missionários, com fé vivenciada e celebrada em comunidade, à luz da opção pelos excluídos, rumo à maturidade em Cristo (conf. Ef. 4,13).

PLANO DE CATEQUESE PAROQUIAL 2010 – 2014.

Espírito:
“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Lc 8,21)

Objetivo geral:
Inserir gradualmente o catequizando na vida litúrgica da Igreja e comunidade: oração, descoberta da importância do batismo, preparação para a celebração dos sacramentos da Eucaristia e da reconciliação; descobrindo o sentido cristão da vida e viver o projeto de Jesus em ordem a uma gradual personalização da fé e testemunho na comunidade


Objetivos específicos:
1. Descobrir que somos membro integrante de um povo eleito e Celebrar a alegria de sermos membros deste corpo que tem Cristo como cabeça, a Igreja.
2. Viver no amor verdadeiro, colocando-se a serviço dos irmãos a exemplo de Jesus.
3. Amar a Igreja e comprometer-se com a justiça sinal do reino de Deus.

4. Despertar e formar catequistas a partir da Palavra de Deus, a fim de que possam testemunhar Jesus Cristo e realizar sua missão profética, evangelizando as famílias, unindo fé e vida.

O que queremos.

Queremos envolver os pais das crianças e dos jovens na caminhada catequética. Fazendo-os sentir a Igreja como família. Desafiá-los para experiências mais estruturadas de aprofundamento da fé. E possam descobrir a Igreja como comunidade dos discípulos missionários de Jesus e fazer a experiência Eucarística como força que constrói a comunidade.

Fazer ecoar.
A palavra grega, que dá origem ao termo catequese, nos fornece mais luz para compreender o que seja catequese. KATA é algo que vem do alto com força. EKHÉO é eco, som que se expande por ter batido contra um obstáculo que o devolve e faz ressoar, repercutir para longe... ( Doc. Catequese Renovada, 31)
A Palavra de Deus vem dele, isto é, do alto. E vem com a força de sua autoridade divina. Ela entra pelos ouvidos e paira no coração da pessoa. Pela meditação esta palavra vai ecoando dentro desta pessoa, tomando conta dela, convertendo-a, transformando-a. Aos poucos a Palavra vai se manifestando: na vida da pessoa, no seu modo de seguir Jesus, na sua participação na comunidade eclesial e na missão que vai exercendo no mundo (família, trabalho, sociedade...).
É missão da catequese.
A missão da catequese é, portanto, ajudar o catequizando a escutar, com atitude de acolhida e disposição de conversão, a Palavra divina, estimulá-lo a deixar que a Palavra ecoe no coração e, também, que ela repercuta nas atitudes de uma vida nova no Senhor.
Catequistas mediadores do processo:
Esta compreensão do que seja catequese favorece, também, a compreensão da missão do catequista. Ele é um mediador para que o sujeito primeiro e principal da catequese, que é o catequizando, faça acontecer dentro de si um espaço e processo de escuta, eco e repercussão.
Não se trata, portanto, de um mero ato de “instruir”, “ensinar” as verdades cristãs, as normas do cristianismo, dar um cursinho de religião. É muito mais que isso. Primeiramente é preciso criar um clima próprio, específico, um clima de fé, um clima celebrativo, isto é, um clima de oração e meditativo, fundamental para acolher a Palavra e estabelecer o processo de conversão.

O catequista como mediador desta caminhada, deve ter conhecimento de alguns pontos fundamentais.

A) Ajudar.
É importante ajudar o catequizando a estabelecer o canal de diálogo e comunhão com Deus, que se oferece para entrar no seu coração e cativá-lo para si e para a missão;
B) O clima.
 O clima de comunidade de fé, amor e esperança é o meio ambiente propício para este processo. O testemunho, o apoio e o estímulo da comunidade facilitam o encontro pessoal com Deus-amor, no clima de nova evangelização, a catequese se reveste de características
evangelizadoras e reassume o modelo catecumenal da Igreja primitiva, como processo de educação e crescimento na fé. Neste clima de renovação e em obediência ao que propõe o Diretório Geral para a Catequese – DGC (1997), a CNBB no clima de nova evangelização, decidiu pela elaboração de um Diretório Nacional de Catequese..
C) A vida.
A vida com tudo o que ela acarreta, tem de estar bem presente no processo catequético, porque a Palavra vem para mexer profundamente com esta vida e transformá-la. É uma construção permanente.

 OUSAR EVANGELIZAR
A catequese na Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Uruará tem como alvo a evangelização das crianças, dos jovens e dos adultos e supõe uma visão de ação conjunta de todas as pastorais da paróquia, toda ela em atitude de permanente, isto é, “estado de catequese”. Esta atitude permanente de todas as comunidades em “estado de catequese” indica que, todos os membros das comunidades precisam, continuamente, de ser catequizados e toda a comunidade assume a missão de catequizar.
A catequese é um “estado” permanente da Igreja como mistério de comunhão e participação, que exprime a relação profunda da Igreja universal e da Igreja particular, na qual está a paróquia e as comunidades cristãs que a compõem. Esta se torna próxima e visível na rica experiência dos grupos de catequese e das comunidades onde os cristãos nascem e educam na fé e nela vivem: a família, a paróquia, as associações e movimentos cristãos e as comunidades eclesiais de base. São estes os lugares da catequese, isto é, os espaços comunitários, em que se realiza a catequese de iniciação cristã e a educação permanente da fé. (DC, n.º 253)
O crescimento da comunidade é, por sua vez, a meta a atingir pela catequese.
A qualidade da catequese reflete, em grande parte, da qualidade de uma comunidade cristã e de sua organização. O Diretório diz: “A comunidade cristã é a origem, o lugar e a meta da catequese. É sempre da comunidade cristã que nasce o anúncio do Evangelho, que convida os homens e as mulheres à conversão e a seguirem Cristo. E é esta mesma comunidade que acolhe aqueles que desejam conhecer o Senhor e comprometer-se numa vida nova. Ela acompanha os catecúmenos e os catequizandos, no seu itinerário catequético; e, com materna solicitude, chama-os a participar na sua própria experiência de fé e integra-os no seu seio” (DC. nº 254)
Trabalhar a catequese como elemento permanente do crescimento da comunidade cristã, levando em conta as etapas dos diversos momentos do processo de crescimento da fé cristã. É na catequese, que se dá o
dinamismo de aprofundamento, crescimento e fidelidade da fé. Não pode ser a primeira expressão da missão evangelizadora. O primeiro momento é querigmático, isto é, o anúncio de Jesus Cristo em ordem a suscitar a fé. A catequese supõe uma primeira evangelização. Estas etapas sempre foram mais claras na missão “ad gentes”, onde o primeiro anúncio leva ao catecumenato e à catequese.
Em região como nossa, que não existe ainda uma tradição religiosa local, mas tudo está em processo de formação. Vivemos em uma região que foi povoada nos anos 70, por pessoas vindas de diversas regiões trazendo seus costumes e tradições e cada qual tentando preservar a sua cultura, seus costumes e suas tradições. (Cf o histórico da paróquia.) É neste ambiente complexo que a Igreja, de maneira inculturada, procura levar à todos a Boa Nova do Reino de Deus e para muitos o primeiro anúncio.

Um grande desafio.
Para além do pequeno número de “não batizados”, o grupo mais significativo é de batizados “descrentes”, que nunca fizeram o processo de iniciação cristã, para os quais a fé não é um dinamismo de vida. Muitos dos pais das crianças das nossas catequeses estão nessa situação, em que a catequese supõe uma primeira evangelização: “Na situação que exige uma nova evangelização, a coordenação torna-se mais complexa, visto que, por vezes, quer-se ministrar uma catequese ordinária a jovens e adultos que, antes, necessitam de um tempo de anúncio e de serem despertados na sua adesão a Cristo.
 Surgem problemas semelhantes em relação à catequese para as crianças e para a formação dos seus pais. Outras vezes são oferecidas formas de catequese permanente para adultos, que, na realidade, necessitam mais de uma verdadeira catequese de iniciação cristã.
A situação atual da evangelização implica que as duas ações, o anúncio missionário e a catequese de iniciação cristã, sejam concebidos de maneira coordenada; e que, na Igreja particular, sejam propostas através de um projeto evangelizador missionário e catecumenal unitário. “Hoje, a catequese deve ser vista, sobretudo como a conseqüência de um anúncio missionário eficaz”. (DC nn.º 276-277)
Isto exige que a paróquia ofereça ações evangelizadoras, diferenciadas na própria pedagogia catequética, para as diversas situações dos destinatários em relação à fé: não batizados, batizados “descrentes” e batizados com fé. Esta é, certamente, uma das maiores exigências da catequese nas comunidades da nossa paróquia. A catequese é, neste quadro, uma expressão permanente da vitalidade das comunidades cristãs e recebe destas as características dinâmicas e a inspiração pedagógica.
A ação é de Deus.
A catequese parte da graça sobrenatural dos sacramentos da iniciação cristã e visa a “iluminação” da mente e do coração em ordem a uma vida cristã autêntica. Percebi que durante a caminhada catequética o cristão descobre e experimenta o que é viver como cristão, e percebe, no concreto da sua vida, qual é o caminho da fidelidade, a Deus, a Cristo, e à Igreja. Descobre a Igreja como “casa da comunhão” e caminho de salvação. É por isso que o catecumenato, como era praticado nos primeiros séculos da Igreja, continua a ser o modelo da catequese: é um caminhado, feito em comunidade eclesial, para descobrir toda a exigência e riqueza do batismo, sacramento que nos uniu a Jesus Cristo. Como diz o Diretório:
“O modelo de toda a catequese é o catecumenato batismal, que é a formação específica através da qual o adulto, convertido à fé, é levado à confissão da fé batismal, durante a Vigília Pascal. Esta formação catecumenal deve inspirar as outras formas de catequese, nos seus objetivos e no seu dinamismo”. ( DC n.º 59)
A caminhada catequética, aprofundando o batismo já recebido, prepara o catequizando para a confissão de fé, que ele deve exprimir na celebração litúrgica, na proclamação convicta do Evangelho e no testemunho da vida. É a isso que a Igreja chama iniciação cristã, como diz o Diretório:
“A catequese é, assim, um elemento fundamental da iniciação cristã e está estreitamente ligada aos sacramentos de iniciação, de modo particular ao Batismo, sacramento da fé. O elo que une a catequese ao Batismo é a profissão de fé, que é, ao mesmo tempo, o elemento interior deste sacramento e objetivo da catequese. A finalidade da ação catequética consiste precisamente nisto: favorecer uma profissão de fé viva, explícita e atuante. Para alcançar esta finalidade, a Igreja transmite aos catecúmenos e aos catequizando a sua fé e a sua viva experiência do Evangelho, a fim de que estes a assumam como sua e, por sua vez a professem”. (DC n.º 66)
A dimensão comunitária prevalece sobre a individual.
A caminhada catequética aqui da paróquia Nossa Senhora de Fátima de Uruará, faz-se em comunidade de fé. Na experiência da vida cristã, a dimensão comunitária prevalece sobre a individual. Neste aspecto, os grupos de catequese procuram ter a qualidade e a atuação de uma pequena comunidade, que caminham em conjunto, sempre com a consciência de que são parte de uma comunidade maior, com a qual celebram o culto dominical, celebração da palavra e a eucaristia quando tem a visita do padre.
Do enunciado desta característica ressalto que o processo da catequese, por aqui, não é só, nem, sobretudo, aprendizagem doutrinal. É descoberta progressiva da pessoa de Jesus, da Igreja, do mistério da salvação. A compreensão da mensagem de Jesus faz-se com a inteligência e com o coração, guiados pela Palavra de Deus, aprendendo a rezar e a celebrar, e ganhando gosto missionário de testemunhar a fé. Esta caminhada ajuda introduzir o catequizando na lógica da graça, fazendo-o a vencer uma visão naturalista da vida.

Envolver os pais na caminhada catequética da comunidade.

É neste quadro que se situa a hipótese de envolver os pais das crianças e dos jovens na caminhada catequética. Isso se torna mais difícil se a catequese for concebida apenas como comunicação doutrinal de conhecimentos. Trata-se de convidá-los a entrar num processo de vida que os seus filhos estão a percorrer.
Convém tipificar os pais na sua situação concreta em relação à vida cristã, como foi dito anteriormente, normalmente bastante diversificada aqui no contexto da nossa realidade: Há as famílias de tradição religiosa, em que os pais estão inseridos ativamente na vida da comunidade. A comunidade cristã faz parte de um processo natural na vida dessas famílias, é na comunidade que elas buscam na palavra de Deus e na eucaristia o alimento para o crescimento na fé. Entre estas famílias e a catequese existe sintonia e cooperação, porque de fato a primeira catequese acontece na família e a maioria dos catequistas pertence a essas famílias. Nestes casos a iniciação cristã se dá em casa.
Por outro lado há um grande número de famílias que não vem de uma tradição religiosa, não foram catequizados e não tem o conhecimento dos princípios da fé cristã, porém ainda inscrevem os seus filhos na catequese, mas que não sendo praticantes guardam uma atitude de fé elementar ou que, na prática, uma fé desligada da participação na vida da comunidade. Para este grupo, a pedagogia não pode ser a da catequese, mas a da primeira evangelização.
Qual a nossa atitude?
Valorizar o acolhimento dos pais no ato de inscrição. É um momento importante na sua missão de educadores. Dizer-lhes claramente o que a Igreja se propõe fazer com os seus filhos na caminhada catequética, o que pede, não apenas a sua aceitação, mas o seu empenhamento. Todo o acolhimento pastoral pode ser momento de primeiro anúncio da fé.
Desde o início o catequizando tem de se sentir bem acolhido para se abrir à experiência comunitária. Este acolhimento deverá atingir também a família do catequizando e toda a família comunitária. Nesta etapa entram diversos elementos, cada um com a sua missão específica: a comunidade como origem, lugar e meta da catequese, o catequista como delegado da comunidade, a família como suporte da vivência comunitária da fé; o catequizando como sujeito ativo da catequese. Todos são importantes e ninguém se deve demitir da sua missão porque esta é de todos.
Despertar o sentido missionário das crianças, jovens e adultos junto das próprias famílias. Na medida em que eles se vão “convertendo” a Jesus Cristo e à Igreja, tornam-se agentes de evangelização, começando por sua casa.
Aproveitar todos os contatos com os pais para lhes anunciar a fé, envolvendo-os o mais possível na caminhada da comunidade e no acompanhamento dos filhos.
Envolvê-los de simpatia e amor fraterno no contexto comunitário, fazendo-os sentir a Igreja como família. Desafiá-los para experiências mais estruturadas de aprofundamento da fé.


Obs: Esta é a primeira parte do Plano.


Pe. Jeová de Jesus Morais

Um comentário:

  1. simplesmente fantástico!
    vcs estão de parabéns
    espero sinceramente que este plano seja cumprido e rezo por isso!

    meu nome é Glauco e sou catequista de Crisma na comunidade Maria Imaculada, Diocese de Santo André, SP

    fiquem com Deus
    paz e bem!

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