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Igreja Católica Apostólica Romana, Una e Santa. Sua vida é missão.

sábado, 1 de maio de 2010

V domingo da páscoa. Cometário do evangelho

Jo 13, 31-35.
31 Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do homem, e Deus foi glorificado nele.
32 Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo e o glorificará logo.
33 Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco.
34 Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.
35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.
O amor, coração da dignidade cristã.
O novo mandamento enquadra-se no contexto da “partida” de Jesus (v. 33) É o mandamento do tempo da Igreja, que se concretiza como tempo no qual o Senhor não está mais visivelmente presente e os discípulos parece estar a mercê do ódio do mundo e da sua própria fraqueza e presunção (vv. 38-38) num certo sentido, o dom do mandamento novo é a resposta de Jesus a vós me buscareis. A comunhão fraterna é o lugar no qual cristo continua presente. Mas quais são as qualidades deste amor que é dom de Cristo? Jesus continuará no meio de seus discípulos pelo amor com que os amou e que lhes deixa como herança para que vivam nele e o realizem sempre nas suas relações com o próximo. “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13, 34). O amor recíproco, ajustado ao amor do Mestre, ou melhor, nascido dele, garante à comunidade cristã a presença de Jesus “nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13, 35). Assim a vida da Igreja começou amparada numa força de harmonia e de expansão totalmente nova e dotada de um poder extraordinário, porque fundamentada, não no amor humano que é sempre frágil e falho, mas no amor divino: o amor de Cristo revivido nas relações mútuas dos irmãos.

O mandamento do amor é um dom.

Com isso o evangelista nos liga a melhor tradição bíblica. A lei de Deus é dom, isso porque o mandamento do pai corresponde a nossa vocação mais profunda. A lei de Deus é para nós um caminha de vida é luz sobre nosso caminho.
O amor que Cristo ordena encontra Nele o modelo, a origem e a medida. O amor de Jesus torna-se para nós norma e modelo. Assim o amor de Cristo torna-se o motivo de nosso amor fraterno. É o fato de sermos amados por Cristo que nos leva a fraternidade, a fraternidade é a fidelidade ao amor de Deus.
Jesus fala da sua glorificação como se tratasse de uma realidade já presente, vinculada à sua Paixão: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele” (Jo 13, 31). O contraste é chocante, mas apenas aparente; na verdade, aceitando ser traído e entregue à morte para a salvação dos homens, Jesus cumpre a missão que recebera do Pai e isto constitui o motivo preciso da sua glorificação.

O amor ao próximo já estava ordenado no Antigo Testamento (cf. Lv 19, 18), e Jesus ratifica-o, dando-lhe o lugar que lhe corresponde no conjunto da Lei: o segundo mandamento. Este é semelhante ao primeiro: amar a Deus com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente (cf. MT 22, 37-40). Não se pode separar o amor ao próximo do amor de Deus: “O maior mandamento da Lei é amar a Deus de todo o coração, e ao próximo como a si mesmo (cf. MT 22, 37-40). Cristo fez deste mandamento do amor para com o próximo o seu mandamento, e enriqueceu-o com novo significado, identificando-se com os irmãos como objeto da caridade, dizendo: “o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes” (MT 25, 40).
 Na Eucaristia encontramos a força para amar como Jesus nos amou. Pois, “nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4, 19). Acolhamos a palavra de São Paulo: “Imitai a Deus como filhos queridos, agi com amor, como Cristo vos amou…” (Ef 5, 2).

Pe. Jeová de Jesus Morais
Pároco de Uruará

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